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É frequentemente aqui citado o Tratado ou Livro de Marinharia de João de Lisboa, porém tinha-nos escapado um detalhe importante, que encontrámos na obra "História Geral do Brasil", do historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhagen (1816-78, visconde de Porto Seguro):
Francisco Varnhagen

A certa altura, sobre a viagem de Magalhães, Varnhagen começa por notar que Magalhães teria começado por tentar mudar o nome do Rio de Janeiro, para Baía de Santa Luzia... facto de menor importância, mas que ilustra que num dos objectivos da viagem de Magalhães se encontraria uma renomeação dos vários pontos geográficos conhecidos (página 31, do Tomo 1):
Façamos porém excepção em favor da pequena frota do primeiro circum-navegador Fernão de Magalhães. Em vão quiz este mudar para bahia de Santa Luzia o nome do golfo, em que aportou no dia do orago daquella santa, e ao qual os primeiros navegantes chamaram tão impropriamente Rio de Janeiro. Deixemo-lo passar adiante sem detença; que o resoluto nauta portuense tem reservadas para si paginas mais brilhantes na historia das navegações em torno do globo, que ele emprehendeu levar avante a preço da propria vida e do labéo, miseravelmente mal cabido, quando se trata de tão grande homem e de tão grande feito, de traidor a um rei e a um paiz que o não ajudavam. 
 Mas, a parte informativa mais importante é sem dúvida a seguinte:
Consignemos porém de passagem que com o Magalhães ia o piloto portuguez João de Lisboa, que já no Brazil havia estado antes, e que escreveu um livro sobre marinharia, cujo aparecimento seria talvez de trascendente importancia para a historia geographica.
Não restam dúvidas que o aparecimento do Tratado de Marinharia seria de transcendente importância... apesar de nunca ter sido dado como perdido!
A diferença é que se à data de Vernhagen ele seria "impublicável". 
Agora, apesar de estar acessível na internet, continua como se estivesse fechado no cofre mais seguro, ou perdido para sempre. 

Por muito que se fale da velocidade de propagação da informação na internet, isso é um puro mito... só funciona se tiver um circuito lubrificado que estimula o boato. Pela nossa parte, há um ano que temos mantido essa informação acessível, e certamente chegou a centenas de pessoas, mas não tem depois nenhum efeito retransmissor visível. 
O próprio interesse das pessoas é canalizado para assuntos de outra natureza, por boa fé na sociedade onde cresceram, e onde definiram os seus valores. Desconhecem como a História pode influenciar definitivamente a actualidade... no fundo, não querem largar o conforto maternal das certezas, e concluir todas as incertezas!

Esta informação adicional, só tem importância no contexto.
Afirmámos que os mapas de João de Lisboa, que tinham o Estreito de Magalhães, eram de 1514, anteriores à viagem... conforme datado no Livro.  A "Cola do Dragão" foi assim representada antes da viagem oficial, conforme já dissera António Galvão... 

Ao encontrarmos João de Lisboa como piloto de Magalhães, encaixam várias coisas... e coloca em causa a datação da sua morte. Pura e simplesmente, João de Lisboa não consta na lista de 18 sobreviventes da viagem. A história contada por Magalhães a Pigaffeta sobre um eventual mapa de Martin Behaim ganha ainda outros contornos de simples despiste ao cronista. 
Já tínhamos referido que Pedro e Jorge Reinel teriam ajudado Fernão de Magalhães com os mapas. Agora, conclui-se que ainda levava consigo João de Lisboa que tinha desenhado 5 anos antes um mapa com o Estreito, e que mais uma vez recordamos...
O facto de já estar escrito "estreito dos Magalhãis" aparenta ter sido uma "torta" inclusão posterior (conforme já extensamente mencionado). Aliás alguns dos nomes coincidem (São Julião... Puerto de San Julian, Baía de São Matias... Golfo de São Matias, Rio da Cruz... Rio de Santa Cruz), mas a maioria não... e de um modo geral, o contorno não corresponde a uma fiável linha de costa.
De entre os nomes que não coincidem... destacamos o singular nome:
Cabo dos Trabalhos
... e assim a expressão "cabo dos trabalhos" tem outro significado relacionado com esta empresa!

Já nos tínhamos apercebido ser duvidosa a data da morte de João de Lisboa em 1525, aliás Vernhagen acaba por dizer em nota, que se sabia que em 1535 era morto, pois nessa data Heitor de Coimbra pedia o seu lugar de "piloto mor do Reino". Apesar do seu nome não constar no desembarque com Sebastian Elcano, não é de excluir que João de Lisboa tenha desembarcado num qualquer outro ponto do império português (afinal a nau Trinidad acabaria por ser capturada). Apesar do serviço a esta empreitada espanhola, continuaria como "piloto mor do reino"?

Todo o registo histórico é suficientemente estranho, e apenas claro no sentido de mostrar que a viagem de Magalhães acabou por servir mais como uma formalidade necessária, acordada talvez uma ajuda adicional de D. Manuel a Carlos V, para consumar a partilha dos hemisférios.
Varnhagen parece ir no mesmo sentido, ainda que escudado pela menção à história brasileira:
A navegação de Magalhães, com respeito à historia do Brazil, só interessa pelo facto da conquista das Molucas, que fez descubrir as primeiras dúvidas na intelligencia dos pontos questionáveis do tratado de Tordesilhas, pontos que a historia hoje elucida; mas que em direito nunca se aclararam, apezar dos muitos gastos e esforços ostensivos feitos pelas duas coroas, como veremos.
Esta aventura conjunta, ou consentida, terá profundas consequências na demarcação do anti-meridiano. A obstinação de D. Sebastião em recusar a união com a casa de Filipe II, que oferecia as Filipinas como dote da sua filha, teria consequências irreversíveis para Portugal.

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publicado às 19:16

É frequentemente aqui citado o Tratado ou Livro de Marinharia de João de Lisboa, porém tinha-nos escapado um detalhe importante, que encontrámos na obra "História Geral do Brasil", do historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhagen (1816-78, visconde de Porto Seguro):
Francisco Varnhagen

A certa altura, sobre a viagem de Magalhães, Varnhagen começa por notar que Magalhães teria começado por tentar mudar o nome do Rio de Janeiro, para Baía de Santa Luzia... facto de menor importância, mas que ilustra que num dos objectivos da viagem de Magalhães se encontraria uma renomeação dos vários pontos geográficos conhecidos (página 31, do Tomo 1):
Façamos porém excepção em favor da pequena frota do primeiro circum-navegador Fernão de Magalhães. Em vão quiz este mudar para bahia de Santa Luzia o nome do golfo, em que aportou no dia do orago daquella santa, e ao qual os primeiros navegantes chamaram tão impropriamente Rio de Janeiro. Deixemo-lo passar adiante sem detença; que o resoluto nauta portuense tem reservadas para si paginas mais brilhantes na historia das navegações em torno do globo, que ele emprehendeu levar avante a preço da propria vida e do labéo, miseravelmente mal cabido, quando se trata de tão grande homem e de tão grande feito, de traidor a um rei e a um paiz que o não ajudavam. 
 Mas, a parte informativa mais importante é sem dúvida a seguinte:
Consignemos porém de passagem que com o Magalhães ia o piloto portuguez João de Lisboa, que já no Brazil havia estado antes, e que escreveu um livro sobre marinharia, cujo aparecimento seria talvez de trascendente importancia para a historia geographica.
Não restam dúvidas que o aparecimento do Tratado de Marinharia seria de transcendente importância... apesar de nunca ter sido dado como perdido!
A diferença é que se à data de Vernhagen ele seria "impublicável". 
Agora, apesar de estar acessível na internet, continua como se estivesse fechado no cofre mais seguro, ou perdido para sempre. 

Por muito que se fale da velocidade de propagação da informação na internet, isso é um puro mito... só funciona se tiver um circuito lubrificado que estimula o boato. Pela nossa parte, há um ano que temos mantido essa informação acessível, e certamente chegou a centenas de pessoas, mas não tem depois nenhum efeito retransmissor visível. 
O próprio interesse das pessoas é canalizado para assuntos de outra natureza, por boa fé na sociedade onde cresceram, e onde definiram os seus valores. Desconhecem como a História pode influenciar definitivamente a actualidade... no fundo, não querem largar o conforto maternal das certezas, e concluir todas as incertezas!

Esta informação adicional, só tem importância no contexto.
Afirmámos que os mapas de João de Lisboa, que tinham o Estreito de Magalhães, eram de 1514, anteriores à viagem... conforme datado no Livro.  A "Cola do Dragão" foi assim representada antes da viagem oficial, conforme já dissera António Galvão... 

Ao encontrarmos João de Lisboa como piloto de Magalhães, encaixam várias coisas... e coloca em causa a datação da sua morte. Pura e simplesmente, João de Lisboa não consta na lista de 18 sobreviventes da viagem. A história contada por Magalhães a Pigaffeta sobre um eventual mapa de Martin Behaim ganha ainda outros contornos de simples despiste ao cronista. 
Já tínhamos referido que Pedro e Jorge Reinel teriam ajudado Fernão de Magalhães com os mapas. Agora, conclui-se que ainda levava consigo João de Lisboa que tinha desenhado 5 anos antes um mapa com o Estreito, e que mais uma vez recordamos...
O facto de já estar escrito "estreito dos Magalhãis" aparenta ter sido uma "torta" inclusão posterior (conforme já extensamente mencionado). Aliás alguns dos nomes coincidem (São Julião... Puerto de San Julian, Baía de São Matias... Golfo de São Matias, Rio da Cruz... Rio de Santa Cruz), mas a maioria não... e de um modo geral, o contorno não corresponde a uma fiável linha de costa.
De entre os nomes que não coincidem... destacamos o singular nome:
Cabo dos Trabalhos
... e assim a expressão "cabo dos trabalhos" tem outro significado relacionado com esta empresa!

Já nos tínhamos apercebido ser duvidosa a data da morte de João de Lisboa em 1525, aliás Vernhagen acaba por dizer em nota, que se sabia que em 1535 era morto, pois nessa data Heitor de Coimbra pedia o seu lugar de "piloto mor do Reino". Apesar do seu nome não constar no desembarque com Sebastian Elcano, não é de excluir que João de Lisboa tenha desembarcado num qualquer outro ponto do império português (afinal a nau Trinidad acabaria por ser capturada). Apesar do serviço a esta empreitada espanhola, continuaria como "piloto mor do reino"?

Todo o registo histórico é suficientemente estranho, e apenas claro no sentido de mostrar que a viagem de Magalhães acabou por servir mais como uma formalidade necessária, acordada talvez uma ajuda adicional de D. Manuel a Carlos V, para consumar a partilha dos hemisférios.
Varnhagen parece ir no mesmo sentido, ainda que escudado pela menção à história brasileira:
A navegação de Magalhães, com respeito à historia do Brazil, só interessa pelo facto da conquista das Molucas, que fez descubrir as primeiras dúvidas na intelligencia dos pontos questionáveis do tratado de Tordesilhas, pontos que a historia hoje elucida; mas que em direito nunca se aclararam, apezar dos muitos gastos e esforços ostensivos feitos pelas duas coroas, como veremos.
Esta aventura conjunta, ou consentida, terá profundas consequências na demarcação do anti-meridiano. A obstinação de D. Sebastião em recusar a união com a casa de Filipe II, que oferecia as Filipinas como dote da sua filha, teria consequências irreversíveis para Portugal.

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É frequentemente aqui citado o Tratado ou Livro de Marinharia de João de Lisboa, porém tinha-nos escapado um detalhe importante, que encontrámos na obra "História Geral do Brasil", do historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhagen (1816-78, visconde de Porto Seguro):
Francisco Varnhagen

A certa altura, sobre a viagem de Magalhães, Varnhagen começa por notar que Magalhães teria começado por tentar mudar o nome do Rio de Janeiro, para Baía de Santa Luzia... facto de menor importância, mas que ilustra que num dos objectivos da viagem de Magalhães se encontraria uma renomeação dos vários pontos geográficos conhecidos (página 31, do Tomo 1):
Façamos porém excepção em favor da pequena frota do primeiro circum-navegador Fernão de Magalhães. Em vão quiz este mudar para bahia de Santa Luzia o nome do golfo, em que aportou no dia do orago daquella santa, e ao qual os primeiros navegantes chamaram tão impropriamente Rio de Janeiro. Deixemo-lo passar adiante sem detença; que o resoluto nauta portuense tem reservadas para si paginas mais brilhantes na historia das navegações em torno do globo, que ele emprehendeu levar avante a preço da propria vida e do labéo, miseravelmente mal cabido, quando se trata de tão grande homem e de tão grande feito, de traidor a um rei e a um paiz que o não ajudavam. 
 Mas, a parte informativa mais importante é sem dúvida a seguinte:
Consignemos porém de passagem que com o Magalhães ia o piloto portuguez João de Lisboa, que já no Brazil havia estado antes, e que escreveu um livro sobre marinharia, cujo aparecimento seria talvez de trascendente importancia para a historia geographica.
Não restam dúvidas que o aparecimento do Tratado de Marinharia seria de transcendente importância... apesar de nunca ter sido dado como perdido!
A diferença é que se à data de Vernhagen ele seria "impublicável". 
Agora, apesar de estar acessível na internet, continua como se estivesse fechado no cofre mais seguro, ou perdido para sempre. 

Por muito que se fale da velocidade de propagação da informação na internet, isso é um puro mito... só funciona se tiver um circuito lubrificado que estimula o boato. Pela nossa parte, há um ano que temos mantido essa informação acessível, e certamente chegou a centenas de pessoas, mas não tem depois nenhum efeito retransmissor visível. 
O próprio interesse das pessoas é canalizado para assuntos de outra natureza, por boa fé na sociedade onde cresceram, e onde definiram os seus valores. Desconhecem como a História pode influenciar definitivamente a actualidade... no fundo, não querem largar o conforto maternal das certezas, e concluir todas as incertezas!

Esta informação adicional, só tem importância no contexto.
Afirmámos que os mapas de João de Lisboa, que tinham o Estreito de Magalhães, eram de 1514, anteriores à viagem... conforme datado no Livro.  A "Cola do Dragão" foi assim representada antes da viagem oficial, conforme já dissera António Galvão... 

Ao encontrarmos João de Lisboa como piloto de Magalhães, encaixam várias coisas... e coloca em causa a datação da sua morte. Pura e simplesmente, João de Lisboa não consta na lista de 18 sobreviventes da viagem. A história contada por Magalhães a Pigaffeta sobre um eventual mapa de Martin Behaim ganha ainda outros contornos de simples despiste ao cronista. 
Já tínhamos referido que Pedro e Jorge Reinel teriam ajudado Fernão de Magalhães com os mapas. Agora, conclui-se que ainda levava consigo João de Lisboa que tinha desenhado 5 anos antes um mapa com o Estreito, e que mais uma vez recordamos...
O facto de já estar escrito "estreito dos Magalhãis" aparenta ter sido uma "torta" inclusão posterior (conforme já extensamente mencionado). Aliás alguns dos nomes coincidem (São Julião... Puerto de San Julian, Baía de São Matias... Golfo de São Matias, Rio da Cruz... Rio de Santa Cruz), mas a maioria não... e de um modo geral, o contorno não corresponde a uma fiável linha de costa.
De entre os nomes que não coincidem... destacamos o singular nome:
Cabo dos Trabalhos
... e assim a expressão "cabo dos trabalhos" tem outro significado relacionado com esta empresa!

Já nos tínhamos apercebido ser duvidosa a data da morte de João de Lisboa em 1525, aliás Vernhagen acaba por dizer em nota, que se sabia que em 1535 era morto, pois nessa data Heitor de Coimbra pedia o seu lugar de "piloto mor do Reino". Apesar do seu nome não constar no desembarque com Sebastian Elcano, não é de excluir que João de Lisboa tenha desembarcado num qualquer outro ponto do império português (afinal a nau Trinidad acabaria por ser capturada). Apesar do serviço a esta empreitada espanhola, continuaria como "piloto mor do reino"?

Todo o registo histórico é suficientemente estranho, e apenas claro no sentido de mostrar que a viagem de Magalhães acabou por servir mais como uma formalidade necessária, acordada talvez uma ajuda adicional de D. Manuel a Carlos V, para consumar a partilha dos hemisférios.
Varnhagen parece ir no mesmo sentido, ainda que escudado pela menção à história brasileira:
A navegação de Magalhães, com respeito à historia do Brazil, só interessa pelo facto da conquista das Molucas, que fez descubrir as primeiras dúvidas na intelligencia dos pontos questionáveis do tratado de Tordesilhas, pontos que a historia hoje elucida; mas que em direito nunca se aclararam, apezar dos muitos gastos e esforços ostensivos feitos pelas duas coroas, como veremos.
Esta aventura conjunta, ou consentida, terá profundas consequências na demarcação do anti-meridiano. A obstinação de D. Sebastião em recusar a união com a casa de Filipe II, que oferecia as Filipinas como dote da sua filha, teria consequências irreversíveis para Portugal.

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