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Por Tubal

28.05.10
O título será um pouco provocatório, já que "Por Tubal" se presta a uma semelhança a "Portugal", ainda que não haja qualquer dado objectivo nesse sentido.
A origem do termo Portugal sempre esteve ligada Portus Cale, o porto da cidade Cale, que seria o Porto. Daí a sua evolução de Portucale para Portugal, por evolução do C em G, como é suposto ter acontecido com outras palavras sob o domínio godo, neste caso suevo.

Este texto versa a sequência descrita por Damião Castro acerca dos reis no seu "tempo fabuloso", no prefácio do seu livro (ver post anterior). Apesar de denegrir essa versão que classifica de fábula, dá-nos várias pistas, que constituem um bom resumo dos múltiplos trabalhos anteriores.
Convém notar que em nenhum destes textos antigos aparece referência a nenhum culto a Endovélico, ou a outras entidades cujo nome foi popularizado, na transição do Séc. XIX/Séc. XX, por Leite de Vasconcelos.
Há um busto conhecido, com características de escultura grega, que tem sido associado a uma representação de Endovélico:
Com as precauções que já tomo nestas coisas, parece-me que a troca dos V pelos B, pode levar a:
EndoBélico
ou seja, literalmente a uma guerra interna. Na minha opinião, este nome pentassilábico e composto, parece-me ainda pouco normal para o tratamento comum a um deus.
Por outro lado, a referência tardia encontra-se bem justificada na sequência do fim da mitologia fabulosa, definitivamente encerrada por Herculano. Dos partidários de Tubal deixou de se ouvir falar, e foi rapidamente substituído por uma mitologia mais moderada, associada então a Endovélico.

Tomando o lado que deixou de ter voz, talvez encontremos aqui uma estátua com origem no período de influência grega na Lusitânia... também não é de negligenciar as várias estátuas de guerreiros, para evocações ainda anteriores (ver também blog Portugalliae):


Retomando a ordem cronológica de Damião Castro, enunciamos os vários reis, a partir do Dilúvio de Ogiges - nome associado a um Rei de Tebas, mas também a uma ilha Atlântica. Convirá desde já notar que os antigos historiadores portugueses e espanhóis procuraram associar, para além das referências toponímicas, alguns nomes da mitologia grega e egípcia.
Isto é curioso, pois é começando justamente em Tebas que encontramos o primeiro nome repartido pelo Egipto e pela Grécia - em ambos os casos encontramos uma cidade de Tebas, o que sempre se terá prestado a naturais confusões.
De Tebas segue-se este nome Tubal, cuja construção fonética não é muito diferente.
  • 0. Dilúvio de Ogiges (Tebas)
  • 1. Tubal e Tarsis chegam à península.
  • Fundação da "República de Setúbal"... a primeira República.
  • 2. Hibero, filho de Tubal, de onde viria o nome Ibéria
  • 3. Jubaldo, o astrónomo
  • 4. Brigo, o povoador, que teria fundado Lacobriga~Lagos, Medobriga~Portalegre
  • 5. Tago, de memória imortal
  • 6. Beto, associado a Bétis, no Guadalquivir.
De acordo com Damião Castro, os antigos historiadores apontavam aqui a entrada de um rei impostor, de nome Gerião, que teria morto Beto. Por sua vez Gerião teria sido morto por Júpiter Osíris... um rei herói (externo) disposto a irradicar tiranos.
O nome Júpiter Osíris associa num único rei as duas principais divindades dos Panteões Romano e Egípcio. Isto parece claro exagero, mas pode ser explicado por diversas razões, talvez a mais plausível será haver uma necessidade cristã de invocar uma origem humana para os cultos de Júpiter/Osíris, o que se enquadrava nesta versão de historiadores posteriores.

Independentemente disso, o nome Júpiter Osíris será seguido pelo filho Hórus Hércules Líbico, que vingará a morte do pai às mãos dos Lomínios, filhos de Gerião. Mais uma vez mistura-se a descendência (de facto, Hércules descende de Júpiter, tal como Hórus descende de Osíris), misturando com uma parte diversa humana, que envolve Gerião e os filhos.
  • 7. Gerião, rei impostor
  • 8. Júpiter Osíris, rei herói, que depõe tiranos, matando Gerião na sua vinda à Ibéria
  • 9. Lomínios, filhos de Gerião, matam Júpiter Osíris
  • 10. Hórus Hércules Líbico, filho de Júpiter Osíris, mata os Lomínios
  • - funda em Sagres (Promontório Sacro), um Templo a Tubal
  • - parte para Itália, deixando Hispalo como sucessor
  • 11. Hispalo, funda Hispalis~Sevilha
  • 12. Hispano, de onde viria o nome Espanha
  • 13. Hespero, renomeia Espanha como Hesperia
  • 14. Atlante Italo, irmão de Hórus Hércules
De acordo com Damião Castro, o primeiro historiador romano, Fabio Pictor (Séc. III BCE), apontaria a filha de Atlante Italo, de nome Roma, como fundadora da cidade.
  • 15. Sicoro, sucede a Atlante Italo
  • 16. Sicano, forma uma colónia na Sicília
  • 17. Siceleo
  • 18. Luso, o memorável, de onde se teria originado o nome Lusitânia
  • 19. Siculo, o último rei antes de um breve período de anarquia.
Aproveitando esse período de anarquia, surge Baco, considerado impostor, que conseguirá que o seu filho Lísias seja aceite... fazendo crer que transporta a alma do defunto Luso.
  • 20. Baco, impostor, filho de Semele (e de Jupiter, de acordo com a lenda romana)
  • 21. Lísias, filho de Baco, renomeia a Lusitânia como Lisitânia
  • 22. Licínio Caco, capitão de Baco
  • 23. Trogo Pompeo - Justino
  • 24. Gorgoris, o Rei à Época da Guerra de Tróia
Gorgoris é suposto ser o pai e avô de Abidis, e também o pai de Calipso. Abidis, crescido abandonado numa mata de Santarém, será o último rei da Lusitânia no "tempo fabuloso".
De acordo com Damião Castro, é Gorgoris que irá ceder a sua filha Calipso a Ulisses, rei de Ítaca, após a Guerra de Tróia.
  • 25. Ulisses
  • 26. Diomedes
  • 27. Teucro
  • 28. Mnesteo
  • 29. Coleo de Samos
  • 30. Abidis
Ulisses é o fundador de Lisboa, de acordo com vários historiadores antigos (Platão, Marciano Capela, Solino, Asclepíades, ... ), ainda que Damião Castro insista numa possível confusão entre Olisipo (atlântica) e uma Ulisipo (mediterrânica, mas perto de Málaga). Diz ainda que o próprio Heródoto coloca viagens de Ulisses fora do Estreito de Gibraltar, visitando ilhas de Aea e Ogigia. Por outro lado, diz que é natural que tenha partido num navio fenício saído de Smirna, já que a sua armada teria sido destruída por Telemon, rei de Salamina, pai de Ajax (que perdendo para Ulisses as armas de Aquiles, se suicida na Guerra de Tróia).

Diomedes e Teucro, também elementos da Guerra de Tróia são apontados em expedições ao Minho e à Galiza. Aponta ainda como rei Mnesteo, que é normalmente considerado um troiano, companheiro de Eneias.
Apontando os relatos anteriores como pouco credíveis, acaba ainda assim por ir contra a opinião de Gouguette (historiador francês, comissionado por Luis XIV) que recusava qualquer presença grega na Península Ibética.
Para isso diz não poder ignorar essa presença grega pelo menos em Cadiz pelas viagens de Coleo de Samos, referido por Heródoto, dizendo ainda que nessa altura haveria um comércio com hebreus em Tiro, no tempo do Rei Salomão.
Aceita ainda um contacto com Fenícios e Gregos de Focea e de Rodes, por esta altura.
Com os Fenícios, no tempo do Rei Hirão, refere ainda uma diferença entre Paletiro (a Tiro libanesa) e a ilha de Tiro, que faz corresponder a Medina-Sidonia, ou seja a Cadiz. Nesse tempo haveria um culto de Hércules no Promontório de Sagres. Por outro lado, pela parte dos gregos de Focea, associa Sagunto (Valência) e a ilha de Zacinto, e pela parte dos gregos de Rodes, a fundação de Roda, na Andaluzia.

Após o último rei lusitano, Abidis, neto de Gorgoris, que é associado ao mito de ter sido criado selvagem numa mata de Santarém por uma cerva, apresenta um período de Anarquia, a que se teriam seguido, só então, as invasões celtas, por Ambigato. Teria havido uma divisão entre Turdulos e Turdetanos, exceptuando-se a parte norte, da Galiza aos Pirinéus.
- Um pormenor curioso será associar o nome de Elvas a uma fixação de Celtas Helvéticos, citando André Resende (1500-73).

Não deixa de dizer que ignora, por achar que nem merecem referência, histórias fabulosas (no tempo escuro, antes do Dilúvio) sobre Tritões, as suas viagens a Ocidente e Oriente, e batalhas que fariam tremer a terra, com Gigantes e Deuses, e ainda com um despótico Rei Tártaro, que teria vindo dos infernos...

Observação 1: Por tudo aquilo que afirma no Prefácio que irá omitir no Livro, Damião Castro acaba no entanto por ser uma das referências mais sólidas sobre estas lendas, parecendo querer passar esses registos fabulosos, criticando-os mas com argumentos pouco convincentes.
Observação 2: É ainda interessante ver esta associação romana/egípcia entre deuses e personagens históricos, sabendo-se que em ambas as culturas essa deificação de antepassados era um ponto cultural comum. A duplicação de nomes é ainda interessante, já que se repete por homónimos noutros casos, para além de Tebas, há o exemplo do Monte Ida - em Creta é o local do nascimento de Júpiter; já na Turquia, o outro Monte Ida seria a origem de Páris.
Observação 3: Para além desta referência à presença grega na península ibérica, é ainda de considerar em que consiste a ligação a Tróia, não devendo ser excluída a hipótese de Tróia ser uma cidade ibérica. Para isso, um candidato óbvio e natural será ainda Setúbal e a sua península de Tróia (ainda que nada seja sugerido a esse respeito por Damião Castro).
Observação 4: A presença cartaginesa na península é actualmente quase consensual. Podemos ir um pouco mais longe? Porque não considerar os Fenícios como nome alternativo para os originários da península ibérica... que se estabeleceram em Tiro e Cartago, reparando numa composição do nome, partida de Tago ou Tagus:
Car-Tago, Car-Tagus

Observação 5: Por sugestão de um comentário [Maria da Fonte, no blog Portugalliae], as siglas poveiras (que ainda hoje são usadas pelos pescadores da Póvoa de Varzim), por exemplo:

fazem em muito lembrar inscrições em estelas lusitanas (estela da Abóbada)

Por outro lado, esta forma de escrita não se afasta muito de uma primitiva escrita fenícia, tendo até semelhanças com eventuais inscrições fenícias encontradas no Brasil.
Mais, estas inscrições não são muito diferentes das que constituem símbolos de pedras rúnicas, fazendo uma ligação cultural, por via marítima, que uniria toda a costa Atlântica à América (dir-se-ia quase uma ligação NATO...)
Esta pista, sempre dentro do "tempo fabuloso", levar-nos-ia para eventuais ligações remotas por via Atlântica. Afinal a "ilha que era do tamanho de um continente" conforme Platão descreve a Atlântida, foi por várias vezes identificada à América - até que toda essa convicção se voltou a perder nos Séculos XVIII, XIX e XX.
Todas essas hipóteses foram excluídas e consideradas fantasiosas.
No entanto essa recusa de conhecimento anterior, levanta "enigmas históricos", como é o caso dos Povos do Mar, cujas invasões são referidas por diferentes culturas na bacia mediterrânica, ajustando-se à descrição que Platão tenta fazer de uma tentativa de conquista atlante repelida por Atenas, conforme os sacerdotes egípcios tinham contado a Sólon.
Porém... que credibilidade dar a Platão, e a tantos outros, comparando com os mais sábios historiadores franceses e ingleses da Idade Moderna que formataram a história actual?

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publicado às 04:15


25 comentários

De Anónimo a 03.06.2010 às 00:27

Caro Da Maia,
presumo que esteja interessado no texto "A new explanation of the name of London", Richard Coates. Eu tenho esse artigo se estiver interessado diga que eu envio-lhe (o mesmo se aplica se mais alguém estiver interessado).

Calisto

De Anónimo a 04.06.2010 às 02:36

Caro Calisto

Se poder dar-nos um mail público para onde o contactar, agradeço-lhe, porque como é evidente esse texto também me interessa.

Fazem-nos fata as datas, para podermos perceber quem é quem.

Por exemplo, eu tenho um Heremon e um Heber, são ambos filhos de Gallamb de Mileto, nascido na Líbia em 853 A.C.
Sabemos que nesse tempo se chamava Líbia a todo o território do Norte de África que ía do Egipto, ao Atlântico.
O nosso Gallamb de Mileto, morre em Tara, que em Koni significa Terra, D´Tanais, no Mar de Azov.
Portanto em Terra de Tanais no Mar de Azov.
Qual será a Terra dos Tanais, que seguramente são Tainos ou Ainos, no Mar de Azov?
Será a Terra da Múmia "A Bela Triste"?

De Heber não encontro dados, mas de Heremon, descendem os Reis de Aireyanum, como Phasael, que foi Rei de Aireyanum Veija, ou Aireyanum Beija.
Phasael morre na Batalha de Belgadain, no Mar de Azov, mas o seu filho Aeneas Olmucaidh, vem a ser o Rei de Aireyanum Dania, e morre em Carman Oium.
Não tenho a data de nascimento ou da morte de Aeneas, mas o seu filho Rothectaid Rigderg, que nasceu em Terra de Aireyanum, no Mar de Azov, foi Rei de Aireyanum Párthia, e o filho deste Deman, príncipe de Aireyanum, é morto em 29 A.C. por Marcus Licíneos Crassus.

Mas Gallamb de Mileto, nascido na Líbia e Príncipe da Ibéria ou Ivéria, era filho de Milwati de Millwanda e de Bilis, Rei dos Brigavantes (889 A.C. a 839 A.C.), que era filho de Breogan II Brath, linhagem Gryphon, que foi o fundador de Bregantia, na Ibéria ou Hispânia, que actualmente conhecemos por Bragança.

Breogan II, Rei de Galicia, de Andalusia, de Múrcia de Castilla e de Portugal, completou a conquista do Nordeste da Hibéria, e fundou a Cidade de Bregantia (Bragança).

Afinal já não temos só 900 anos, já vimos de cerca de 1000 A.C., o que confere a idade aproximada de 3 900 anos.

Curioso, se pensarmos nas Múmias do Taklamakan com cerca de 4 000 anos!

Pelo que só nos restam duas soluções, ou vamos escavar todas as Ruínas até ao fundo, o que até seria uma actividade de interesse público, altamente meritória, para essas empresas de Construção Civil, que ganham todos os Ajustes Directos... ou escavamos as palavras, e descobrimos que andámos toda a vida enganados.

Cumprimentos a todos, particularmente ao Caro José Manuel, que nos trouxe os Famosos Cães de Água Bregantia, ou Bragança.

Maria da Fonte

De Anónimo a 04.06.2010 às 02:38

Errata:

Deve lêr-se:
Se puder...

Maria da Fonte

De Anónimo a 04.06.2010 às 10:01

Cara Maria da Fonte,

Com a devida permissão,e não querendo ser abusivo no uso do campo dos comentários aqui vai: calistobarbuda@gmail.com

Com os melhores cumprimentos,

Calisto

De Anónimo a 07.06.2010 às 03:47

Caro Calisto

Irei então enviar-lhe o meu mail, até porque toda esta questão das Brumas de Avalon, é complexa, não só devido ao Nome Pendragon, que derivará de Pedrógão, e Penashel, que derivará de ... Peniche, que há cerca de Mil anos era uma Ilha?
É que há quem defenda que o nome Peniche, deriva de Phénix, nome de uma antiga cidade da Ilha de Creta.
Mas como toda a História está invertida, é bem provável que tenha sido o contrário.

Até porque o Espinheiro-Alvar, que se diz ser o arbusto de que foi feita a Coroa de Espinhos de Jesus, e que floriu no Bordão de José de Arimateia, é nativo das Zonas temperadas da Europa, e tem um Nome sugestivo:

Crataegus, que em alemão é Hagedom.

Talvez a Abadia de Glastonbury, afinal não faça parte deste Capítulo da História, e as brumas de Avalon, se dissipem finalmente...mas noutro local, onde um estranho Forte,com 12 Celas Principais e mais 8 nas Muralhas, está ligado à Ilha por uma não menos estranha ponte, talhada nas rochas.

Melhores Cumprimentos

Maria da Fonte

De Anónimo a 07.06.2010 às 04:53

Caro Alvor Silves

Não sei se está a pensar em Celorico da Beira- Guarda, que terá sido fundada por Brigo IV, Rei de Hispânia, nem se conhece referências aos Konii anteriores ao Grego Apiano, que foi Procurador do Imperador António Pio, pensa-se que no Egipto, onde teve acesso a toda a Documentação do império.
De qualquer modo, Apieno baseia muitos dos seus escritos em Políbio c.203 a.C.
Avieno, embora porterior também refere os Cónios, descrevendo nas "Orla Marítima", viagens que remontam ao sécolo VI a.C., incluindo a Viagem de Himilco à Bretanha, terra do Estanho, e de Circunavegação de Hanom, ambos Fenícios (Phoinix- Vermelhos), de Cartago.Na Orla Marítima há inclusivé uma referência a Sagres que seria dedicado a Saturno.

Não sei se era isto que queria...
Melhores Cumprimentos

Maria da Fonte

De AlvorSilves a 07.06.2010 às 05:12

Cara Maria da Fonte,

Konii = Cónios...
Sabe que às vezes somos estúpidos ao ponto de não notar que coisas diferentes são a mesma coisa, apenas porque se escrevem de forma diferente!
Reconheço a minha ligeireza e às vezes esses vícios impedem-nos de ver mais longe!

Sagres é um ponto ao que parece dedicado a muitos personagens, inclusivé a Tubal, a Hercules, a S. Vicente...

Acabei de descobrir uma fonte riquissima de informação:
Academia dos Humildes e Ignorantes
se não conhece, vai ver que tem lá muito material que lhe irá interessar!
Está no post seguinte.

Curiosamente associam Bragança~Brigantia a Brigo.

Cumprimentos!

De José Cirilo Rodrigues a 19.08.2013 às 04:38

Caros blogistas,

Parabéns pela quantidade e qualidade de jnformação, Excelente.

Também concordo com a Maria da Fonte, que diz, para descobrirmos mais sobre a nossa verdadeira origem "..ou escavamos todas as ruínas ... ou escavamos todas as palavras..",

Pois, as nossas origens remontam ao megalitismo, sete milénios de ruinas recentemente colocadas á luz do conhecimento, mas, sem registos escritos, é dificil. Ás únicas inscrições são as estelas cónias do sec VIII a.c. e que fundamentam as novas teorias inglesas sobre a origem celta.

Mais cedo ou mais tarde a verdade é como o azeite na água, venm sempre à superficie, Será que não existem linguistas portugueses para escavar palavras. Temos, mas são poucos com coragem para contrariar as teorias germanicas e sem medo de cairem no riduculo. Têm um nome,, uma escola a defender e não podem ter idéias próprias, para não colidirem com os modelos linguisticos preconcebidos para validar a superioridade da "raça pura" ariana ou nórdica,

Aliás, nem é preciso ir tão longe para encontrarmos a rivalidade norte-sul, sem sair de Portugal temos essa mania dos auto denominados lusitanos como a raça nobre dos Portugueses saidos do livro de Camões, e criados pelos romanos para ignorarem a verdadeira origem megalitica nas quatro letras do alfabeto megalitico A, B, O, e R, Esta ultima letra soava como RÁ, hoje dizemos erre ou rê.

São estas as quamesmas quatro letras que estão na origem do nome da cidade de ÉVORA capital da origem do megalitismo hà sete milénios

Como sabemos astas quatro letras lidas `à maneira arabe seria roba, mas se trovarmos o b pelo v e se pronunciarmos em vez dr erre ou rê dissermos je obtemos a tal palavra

JEOVÁ

Será que tenho razão e então e a origem da palavra Arrábida?

Simples, se considerarmos a terminação (da) como a romanização da palavra original vem da seguinte expressão em lingua megalitica, A Rá Bi, Onde A (alfa-origem) significava montanha Rá seria o sol e o B tinha e tem o valor dois.

Ou seja os arabes e os hebreus (Évora, Iberus) celtas e lusitanos têm origem comum no sul de Portugal, vêm dos povos megaliticos que construiram os Cromeleque de Almendres, verdadeiras universidade das linhagens de sabedoria ancestral e de poder dos povos pré históricos confundidos com os atlantes, em resumo, os koni hão-de sair das profundezas das antas e contarem a sua verdadeira história.

Não podemos construir mas reconstruir o passado o que são duas coisas bastante diferentes.

Cumprimentos




[mensagem reencaminhada de http://alvorsilves.blogs.sapo.pt/82023.html ]

De da Maia a 19.08.2013 às 05:10

Caro José Cirilo Rodrigues,

muito obrigado pelo comentário.
Acho que as palavras mostram muito, mas é complicado ter certezas, tudo se sujeita a muita especulação.
No entanto, o português parece-me ser a língua que mais se presta a um estudo com origens remotas, mais que o latim. Como dizia o Cardeal Saraiva, o português não deriva do latim... é mais natural que tenha sido na outra direcção.
Ou seja, o latim surge como uma erudição gramatical resultante das diversas línguas latinas, e não o contrário.

A sua teoria relativamente a EVORA e a possibilidade de ROBA/ROVA levar a Jeová, é muito interessante.
Há uns anos coloquei uma outra hipótese:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/05/chefe.html

Ligar o nome de Evora, Ebora, aos Ebreus é também uma boa indicação, talvez melhor que a do rio Ebro.
Aliás, a própria Iberia sugere ligar a palavra a uma Ibreia:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/01/ebreus-do-ebro.html

... e de facto há uma ligação à Bretanha, que não pode ser ignorada:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/12/torre-vitrea-de-nennius.html

O problema, acho eu, resultou de uma invasão indo-europeia das populações primitivas, os mouros, que estavam na Europa, e na Iberia em particular. A hipótese mais recente que levantei está em textos mais recentes, por exemplo:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/07/pontas-da-lingua-3.html

As invasões bárbaras acabaram por ser uma espécie de reedição dessa invasão anterior, a que se seguiu uma movimentação árabe, chamada "moura" para a confusão habitual.
As lendas das "mouras encantadas" remetiam aos primeiros mouros e não aos árabes.
Parece ter havido uma corrupção propositada na linguagem.

A verdade, como o azeite, deve vir ao de cima, mas ainda há quem esteja a deitar muita água para não deixar subir.

Mais uma vez obrigado, e cumprimentos,
da Maia

De Cirilo a 19.08.2013 às 11:28

Caro Da Maia,

Em primeiro lugar e mais uma vez, não agradeça o meu comentário, sou eu a agradecer o fato de terem considerado e recolocado o meu coméntário inicialmente no blog inativo do sapo.

Também peço desculpa pela minha escrita atabalhoada e com erros do meu primeiro post acima, mas é que fiquei entusiasmado por encontrar tantas pessoas com os mesmos focos de curiosidade que nem tive tempo de reler o que escrevi.

Claro que este espaço não é suficiente para expor com maior clareza o raciocinio e para mais este tipo de matérias (linguistica histórica) por natureza presta-se a especulações engraçadas.

Também concordo com a origem da palavra e dos próprios bretões, Foram os nossos antepassados "especialistas" da idade da pedra, técnicos no fabrico de utensilios em pedra (os briteiros) que emigraram para inglaterra com a introdução das novas tecnologias metalurgicas na peninsula ibérica por volta do terceiro milénio antes de Cristo.

Digo isto porque no meu anterior post a minha referência a Arrábida fica completamente descabida sem ir ao local estudar a sua origem. O local para compreender a origem do nome da Serra é em Cabrela de onde foi obtida esta foto.
http://www.panoramio.com/photo/33249222
Estive errado durante mais de trinta anos pensando que Arrábida era só a formação montanhosa junto da costa da peninsula e que a serre de São Luis, Arrábida já não. Exatamente para ver melhor temos que nos afastar só assim podemos ver a floresta.

Assim, se observar essa foto vê as duas serras na direção do sol; dito em linguagem primitiva seria A R(á) B(i)

Claro tanto os hebreus como os arabes têm origem neste pequeno jardim (do Éden) á beira mar plantado, Os hebreus com a romana Ebora e os arabes com Arrábida que nunca sairam do sitio de onde estão e ninguém veio cá ensinar-nos a falar.

Cumprimentos,

Cirilo

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