Mapa de João Teixeira Albernaz (1600-60)
No mapa de
Juan de La Cosa de 1500, talvez o primeiro mapa espanhol (após a escola catalã), aparece uma imagem de
São Cristovão, aludindo a uma relação entre as viagens do outro Cristovão - Colombo, e o santo padroeiro dos viajantes, cuja imagem era associada a transportar o menino Jesus.
Muitos mapas dos Séculos XVI (fins) e XVII aparecem decorados com figuras de Nossa Senhora e do menino, resultado da crescente da afirmação do catolicismo, que invocava uma devoção à Imaculada Conceição, tornando-se uma característica acentuada elevada a padroeira nacional em 1646. Na devoção nacional e espanhola, como marca distintiva de implantação do catolicismo no povo, Nossa Senhora vai substituir progressivamente o papel de Jesus Cristo, a ponto da maioria das procissões e festas populares lhe serem dedicadas, sendo talvez uma assinalável excepção as festas do Senhor Santo Cristo nos Açores.
É interessante que em paralelo começa a desenvolver-se em Portugal um culto a Santo António, associando-o também à imagem do menino Jesus, talvez por iniciativa dos franciscanos.
Nesse sentido, é curioso apresentar aqui um mapa de João Teixeira Albernaz, que coloca uma imagem de Nossa Senhora, central, mas o menino Jesus está ao colo de Santo António... a poente.
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Mapa de João Teixeira Albernaz (1600-60)
No mapa de
Juan de La Cosa de 1500, talvez o primeiro mapa espanhol (após a escola catalã), aparece uma imagem de
São Cristovão, aludindo a uma relação entre as viagens do outro Cristovão - Colombo, e o santo padroeiro dos viajantes, cuja imagem era associada a transportar o menino Jesus.
Muitos mapas dos Séculos XVI (fins) e XVII aparecem decorados com figuras de Nossa Senhora e do menino, resultado da crescente da afirmação do catolicismo, que invocava uma devoção à Imaculada Conceição, tornando-se uma característica acentuada elevada a padroeira nacional em 1646. Na devoção nacional e espanhola, como marca distintiva de implantação do catolicismo no povo, Nossa Senhora vai substituir progressivamente o papel de Jesus Cristo, a ponto da maioria das procissões e festas populares lhe serem dedicadas, sendo talvez uma assinalável excepção as festas do Senhor Santo Cristo nos Açores.
É interessante que em paralelo começa a desenvolver-se em Portugal um culto a Santo António, associando-o também à imagem do menino Jesus, talvez por iniciativa dos franciscanos.
Nesse sentido, é curioso apresentar aqui um mapa de João Teixeira Albernaz, que coloca uma imagem de Nossa Senhora, central, mas o menino Jesus está ao colo de Santo António... a poente.
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Luis Vaz de Camões (1524-80)
[quadro de José Malhoa]
Lusíadas (Canto IX)
91
Não eram senão prémios que repartePor feitos imortais e soberanosO mundo com os varões, que esforço e arteDivinos os fizeram, sendo humanos.Que Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte,Eneias e Quirino, e os dois Tebanos,Ceres, Palas e Juno, com Diana,Todos foram de fraca carne humana.
92
Mas a Fama, trombeta de obras tais,
Lhe deu no mundo nomes tão estranhos
De Deuses, Semideuses imortais,
Indígetes, Heróicos e de Magnos.
Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.- No dia da morte de Camões, que começou por ser feriado em Lisboa, por iniciativa de
Anselmo Braamcamp Freire, e que depois, em 1933, foi estabelecido como feriado nacional, fica aqui um registo apropriado ao tema dos posts anteriores.
No canto IX, nas estrofes 91 e 92, Camões explicita que alguns deuses mitológicos teriam sido humanos que a Fama elevara à condição divina... continua com um apelo heróico, que Dom Sebastião poderá ter levado demasiado a peito.
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Luis Vaz de Camões (1524-80)
[quadro de José Malhoa]
Lusíadas (Canto IX)
91
Não eram senão prémios que repartePor feitos imortais e soberanosO mundo com os varões, que esforço e arteDivinos os fizeram, sendo humanos.Que Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte,Eneias e Quirino, e os dois Tebanos,Ceres, Palas e Juno, com Diana,Todos foram de fraca carne humana.
92
Mas a Fama, trombeta de obras tais,
Lhe deu no mundo nomes tão estranhos
De Deuses, Semideuses imortais,
Indígetes, Heróicos e de Magnos.
Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.- No dia da morte de Camões, que começou por ser feriado em Lisboa, por iniciativa de
Anselmo Braamcamp Freire, e que depois, em 1933, foi estabelecido como feriado nacional, fica aqui um registo apropriado ao tema dos posts anteriores.
No canto IX, nas estrofes 91 e 92, Camões explicita que alguns deuses mitológicos teriam sido humanos que a Fama elevara à condição divina... continua com um apelo heróico, que Dom Sebastião poderá ter levado demasiado a peito.
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Luis Vaz de Camões (1524-80)
[quadro de José Malhoa]
Lusíadas (Canto IX)
91
Não eram senão prémios que repartePor feitos imortais e soberanosO mundo com os varões, que esforço e arteDivinos os fizeram, sendo humanos.Que Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte,Eneias e Quirino, e os dois Tebanos,Ceres, Palas e Juno, com Diana,Todos foram de fraca carne humana.
92
Mas a Fama, trombeta de obras tais,
Lhe deu no mundo nomes tão estranhos
De Deuses, Semideuses imortais,
Indígetes, Heróicos e de Magnos.
Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.- No dia da morte de Camões, que começou por ser feriado em Lisboa, por iniciativa de
Anselmo Braamcamp Freire, e que depois, em 1933, foi estabelecido como feriado nacional, fica aqui um registo apropriado ao tema dos posts anteriores.
No canto IX, nas estrofes 91 e 92, Camões explicita que alguns deuses mitológicos teriam sido humanos que a Fama elevara à condição divina... continua com um apelo heróico, que Dom Sebastião poderá ter levado demasiado a peito.
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Um poema notável, esquecido, que reporta a origem de Lisboa a Ulisses, foi o composto por António de Sousa Macedo (1606-1682)... talvez mais conhecido pelo seu "Flores de Espanha, Excelências de Portugal". Mais uma vez fomos encontrar Ulyssippo por digitalização da Biblioteca do Michigan... numa reedição de 1848.
A edição original será contemporânea da Restauração da Independência, notando-se que a chancela dos últimos inquisidores, para autorização de publicação, é já de 31 Outubro de 1640.
António de Sousa Macedo [imagem] António de Sousa Macedo, seria nomeado
Barão de Mullingar (Irlanda), por Carlos II de Inglaterra, tendo integrado a comitiva que acompanhou D. Catarina de Bragança. Foi ainda embaixador na Holanda. É justamente nesta altura que a Inglaterra, dá novo ímpeto à iniciativa Mayflower (... Flor de Maio), peregrinação que motivou os Estados Unidos da América. A influência da corte portuguesa de D. Catarina ficou homenageada no bairro Queens de Nova Iorque.
Curioso ainda, é o título dado a seu filho (Luís de Sousa Macedo): Barão da Ilha Grande de Joanes (identificada à Ilha de Marajó, na foz do Amazonas). A que Joanes se referiria essa Ilha Grande, na linha de demarcação do meridiano de Tordesilhas, se não a D. João II?
Colocamos aqui a primeira estrofe que é denominada Argumento, e nove outras primeiras estrofes, onde se torna claro que o mito da fundação de Lisboa por Ulisses, e toda a mitologia subjacente, estaria bem presente desde o fim do Séc. XV ao Séc. XIX. Não parece sério fazer qualquer História de Portugal, sem mencionar estes mitos que influenciavam o pensamento português. É até secundário saber da veracidade do mito, o que interessa é que esse mito influenciou, e muito, o pensamento português.
Não se trata de um estilo camoniano, mas permite entender completamente o verso dos Lusíadas
"Cessem do Sábio Grego e do Troiano" ficando claro que o Sábio Grego era indiscutivelmente Ulisses...
Argumento
O Rei Tartareo destruir procura Do sábio Ulysses a famosa armada; E defendendo-a o Céu nela assegura A cidade ab eterno decretada: Infausta sombra ao Grego em noite escura Dissuade da empresa começada Mas animado com celeste auspicio Porto lhe dá no Tejo o mar propício.
(ver outras primeiras estrofes no comentário anexo)
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Um poema notável, esquecido, que reporta a origem de Lisboa a Ulisses, foi o composto por António de Sousa Macedo (1606-1682)... talvez mais conhecido pelo seu "Flores de Espanha, Excelências de Portugal". Mais uma vez fomos encontrar Ulyssippo por digitalização da Biblioteca do Michigan... numa reedição de 1848.
A edição original será contemporânea da Restauração da Independência, notando-se que a chancela dos últimos inquisidores, para autorização de publicação, é já de 31 Outubro de 1640.
António de Sousa Macedo [imagem] António de Sousa Macedo, seria nomeado
Barão de Mullingar (Irlanda), por Carlos II de Inglaterra, tendo integrado a comitiva que acompanhou D. Catarina de Bragança. Foi ainda embaixador na Holanda. É justamente nesta altura que a Inglaterra, dá novo ímpeto à iniciativa Mayflower (... Flor de Maio), peregrinação que motivou os Estados Unidos da América. A influência da corte portuguesa de D. Catarina ficou homenageada no bairro Queens de Nova Iorque.
Curioso ainda, é o título dado a seu filho (Luís de Sousa Macedo): Barão da Ilha Grande de Joanes (identificada à Ilha de Marajó, na foz do Amazonas). A que Joanes se referiria essa Ilha Grande, na linha de demarcação do meridiano de Tordesilhas, se não a D. João II?
Colocamos aqui a primeira estrofe que é denominada Argumento, e nove outras primeiras estrofes, onde se torna claro que o mito da fundação de Lisboa por Ulisses, e toda a mitologia subjacente, estaria bem presente desde o fim do Séc. XV ao Séc. XIX. Não parece sério fazer qualquer História de Portugal, sem mencionar estes mitos que influenciavam o pensamento português. É até secundário saber da veracidade do mito, o que interessa é que esse mito influenciou, e muito, o pensamento português.
Não se trata de um estilo camoniano, mas permite entender completamente o verso dos Lusíadas
"Cessem do Sábio Grego e do Troiano" ficando claro que o Sábio Grego era indiscutivelmente Ulisses...
Argumento
O Rei Tartareo destruir procura Do sábio Ulysses a famosa armada; E defendendo-a o Céu nela assegura A cidade ab eterno decretada: Infausta sombra ao Grego em noite escura Dissuade da empresa começada Mas animado com celeste auspicio Porto lhe dá no Tejo o mar propício.
(ver outras primeiras estrofes no comentário anexo)
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Um poema notável, esquecido, que reporta a origem de Lisboa a Ulisses, foi o composto por António de Sousa Macedo (1606-1682)... talvez mais conhecido pelo seu "Flores de Espanha, Excelências de Portugal". Mais uma vez fomos encontrar Ulyssippo por digitalização da Biblioteca do Michigan... numa reedição de 1848.
A edição original será contemporânea da Restauração da Independência, notando-se que a chancela dos últimos inquisidores, para autorização de publicação, é já de 31 Outubro de 1640.
António de Sousa Macedo
António de Sousa Macedo, seria nomeado
Barão de Mullingar (Irlanda), por Carlos II de Inglaterra, tendo integrado a comitiva que acompanhou D. Catarina de Bragança. Foi ainda embaixador na Holanda. É justamente nesta altura que a Inglaterra, dá novo ímpeto à iniciativa Mayflower (... Flor de Maio), peregrinação que motivou os Estados Unidos da América. A influência da corte portuguesa de D. Catarina ficou homenageada no bairro Queens de Nova Iorque.
Curioso ainda, é o título dado a seu filho (Luís de Sousa Macedo): Barão da Ilha Grande de Joanes (identificada à Ilha de Marajó, na foz do Amazonas). A que Joanes se referiria essa Ilha Grande, na linha de demarcação do meridiano de Tordesilhas, se não a D. João II?
Colocamos aqui a primeira estrofe que é denominada Argumento, e nove outras primeiras estrofes, onde se torna claro que o mito da fundação de Lisboa por Ulisses, e toda a mitologia subjacente, estaria bem presente desde o fim do Séc. XV ao Séc. XIX. Não parece sério fazer qualquer História de Portugal, sem mencionar estes mitos que influenciavam o pensamento português. É até secundário saber da veracidade do mito, o que interessa é que esse mito influenciou, e muito, o pensamento português.
Não se trata de um estilo camoniano, mas permite entender completamente o verso dos Lusíadas
"Cessem do Sábio Grego e do Troiano" ficando claro que o Sábio Grego era indiscutivelmente Ulisses...
Argumento
O Rei Tartareo destruir procura
Do sábio Ulysses a famosa armada;
E defendendo-a o Céu nela assegura
A cidade ab eterno decretada:
Infausta sombra ao Grego em noite escura
Dissuade da empresa começada
Mas animado com celeste auspicio
Porto lhe dá no Tejo o mar propício.
(ver outras primeiras estrofes no comentário anexo)
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O nome
Academia dos Humildes e Ignorantes é sugestivo... e pode levar-nos longe!
Começámos com um excerto musical da
Academia dos Singulares... que recria aqui "Salve Regina", tema de um compositor português Filipe da
Madre de Deus (1630-1687), do final renascentista - início do barroco, obra provavelmente dedicada à Rainha Luísa de Gusmão.
É um bom exemplo actual de recuperação de legados quase esquecidos...
No Séc. XVII e XVIII apareceram em Portugal academias com nomes talvez bizarros como Academia dos Generosos (1647), Academia dos Singulares (1667), e depois em 1717, por iniciativa do Conde de Ericeira, a Academia de Portugal, e a de História (1720), fixando-se uma única em 1780 a conhecida Academia das Ciências de Lisboa.
Até aqui não há grande novidade, e não haveria razão para este artigo.
O facto curioso ocorre em 1758, na altura do Processo dos Távoras, com uma série de conferências de uma outra academia de anónimos, cujo nome é notável:
Academia dos Humildes e Ignorantes
A única identificação serão as iniciais: D.F.J.C.D.S.R.B.H. que aparece na obra:
Diálogo entre um Teólogo, um Filósofo, um Ermitão e um Soldado
dividida em 8 volumes, com quase 50 conferências cada, num total que se aproxima das 4000 páginas.
Um nome manuscrito na versão copiada da
Biblioteca do Michigan é Joaquim de Santa Rita, que é associado como autor... mas poderá ser apenas o nome de proprietário (Nota: Frei Joaquim de Santa Rita Botelho, é um bispo de Cochim, mas em período posterior).
Sendo pouco conhecida, houve alguma alma generosa que se deu ao trabalho de disponibilizar os 8 volumes nos
Google Books. Foi aí que a encontrei, e este link
permite aceder ao primeiro e restantes volumes (links no final dessa página).
É talvez o primeiro grande projecto enciclopédico português, pensado na base de reconstruir a informação perdida após o Terramoto de 1755. Os personagens encontram-se na Praia da Consolação, perto de Peniche, e perante uma audiência que vai aumentando, enunciam os seus conhecimentos.
Há uma descrição mais detalhada da história do Rei Tubal e parte inicial, cf. Tomo 1 (Conf. XII, pág.89), que depois é continuada, cf. Tomo 2 (Conf. XVII, pág. 129).
A obra é de tal forma vasta, que não ouso avançar desde já no seu conteúdo...
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O nome
Academia dos Humildes e Ignorantes é sugestivo... e pode levar-nos longe!
Começámos com um excerto musical da
Academia dos Singulares... que recria aqui "Salve Regina", tema de um compositor português Filipe da
Madre de Deus (1630-1687), do final renascentista - início do barroco, obra provavelmente dedicada à Rainha Luísa de Gusmão.
É um bom exemplo actual de recuperação de legados quase esquecidos...
No Séc. XVII e XVIII apareceram em Portugal academias com nomes talvez bizarros como Academia dos Generosos (1647), Academia dos Singulares (1667), e depois em 1717, por iniciativa do Conde de Ericeira, a Academia de Portugal, e a de História (1720), fixando-se uma única em 1780 a conhecida Academia das Ciências de Lisboa.
Até aqui não há grande novidade, e não haveria razão para este artigo.
O facto curioso ocorre em 1758, na altura do Processo dos Távoras, com uma série de conferências de uma outra academia de anónimos, cujo nome é notável:
Academia dos Humildes e Ignorantes
A única identificação serão as iniciais: D.F.J.C.D.S.R.B.H. que aparece na obra:
Diálogo entre um Teólogo, um Filósofo, um Ermitão e um Soldado
dividida em 8 volumes, com quase 50 conferências cada, num total que se aproxima das 4000 páginas.
Um nome manuscrito na versão copiada da
Biblioteca do Michigan é Joaquim de Santa Rita, que é associado como autor... mas poderá ser apenas o nome de proprietário (Nota: Frei Joaquim de Santa Rita Botelho, é um bispo de Cochim, mas em período posterior).
Sendo pouco conhecida, houve alguma alma generosa que se deu ao trabalho de disponibilizar os 8 volumes nos
Google Books. Foi aí que a encontrei, e este link
permite aceder ao primeiro e restantes volumes (links no final dessa página).
É talvez o primeiro grande projecto enciclopédico português, pensado na base de reconstruir a informação perdida após o Terramoto de 1755. Os personagens encontram-se na Praia da Consolação, perto de Peniche, e perante uma audiência que vai aumentando, enunciam os seus conhecimentos.
Há uma descrição mais detalhada da história do Rei Tubal e parte inicial, cf. Tomo 1 (Conf. XII, pág.89), que depois é continuada, cf. Tomo 2 (Conf. XVII, pág. 129).
A obra é de tal forma vasta, que não ouso avançar desde já no seu conteúdo...
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