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10) Sobre a genética
Quais as conclusões que podemos retirar do que entretanto foi escrito?
Primeiro, que há evidências mais que suficientes de registos terrestres para construir uma "história humana", ainda que com muitas e naturais incertezas, ela não se afastará demasiado da história oficial... excepto na questão da ocultação.
Por um lado, há todo um registo fóssil e genético que parece concordar nalguns pontos fundamentais:
- Primeiro, uma evolução genética animal, acompanhada de registos fósseis, que leva dos mais pequenos seres até aos homens. No entanto, só aparentemente parecerá uma evolução aleatória - não foi. 
Volto a insistir, evoluções haveria muitas, umas poderiam nunca gerar vida, outras gerariam vida complexa vegetal, mas não animal, outras poderiam nunca permitir seres inteligentes. O único universo que ganharia consciência da sua existência teria que permitir (e justificar) vida inteligente. Bom, mas para falar disso convenientemente teria que começar por explicar o que é vida, distinguindo matéria inerte da animada, e distinguindo a singularidade da racionalidade humana. Já falei sobre o assunto, mas não em detalhe, nem o vou fazer agora. Estas perguntas são muitas vezes colocadas filosoficamente, mas com respostas que se enredam na retórica, e do ponto de vista científico nem se tenta a resposta...

- Segundo, houve uma evolução, cujo traço genético também se pode acompanhar com o registo de ossadas, com a genética, e ainda com a própria evolução do embrião.
A evolução do embrião tem a própria história do desenvolvimento humano, e pela comparação com o desenvolvimento de outros fetos podemos seguir o percurso evolutivo global, que é replicado, desde a formação do ovo, uma primeira divisão, depois a formação da blástula e gástrula - que é distintiva dos animais, a formação do sistema nervoso, etc... Até determinada altura, a diferença entre o embrião humano e o embrião de um outro animal é apenas potencial. Mas, rapidamente, torna-se completamente diferente.
Embriologia comparativa (de antranik.org)

Este tipo de evolução não tem a ver com o nexo darwinista da evolução lenta e aleatória, que contrariava aliás os registos fósseis - que apresentavam "grandes catástrofes". No entanto, como se mostra na primeira linha da figura, há uma flagrante semelhança externa entre embriões de vários animais.
Curiosamente, há uma distinção vertebrada logo no início da formação da gástrula... muito antes da fase apresentada na figura. Se o tubo digestivo abre primeiro pela boca, vamos parar a seres invertebrados... insectos, lulas, polvos, etc. No caso dos animais vertebrados o tubo digestivo abre primeiro pelo... outro lado! Por isso, ficámos geneticamente na classe dos peixinhos (deuterostomas) e não dos polvos (protostomas)...

Bom, para quem procura intervenções extra-terrestres para a génese humana, ficaria por explicar todo o traço natural consistente... ou seja, dados os registos, do ponto de vista material a grande dificuldade está em explicar a origem da vida, já que sobre a evolução ou desenvolvimento, essa intervenção só faria sentido com uma paciência divina.

Convém perceber que a codificação genética é apenas uma chave que funciona numa porta. É dentro do ambiente terrestre que se formaram materialmente as portas e as chaves... Ou seja, aquilo que aparece desapegado da essência evolutiva é que a Terra foi um útero participante no desenvolvimento. Por exemplo, no caso dos répteis, o ovo pode eclodir sem presença materna... isso dá a ideia de que a sua formação é independente do progenitor. Curiosamente, isso já não acontecerá com as aves, e obviamente não acontecerá com os mamíferos. Dependem de um ambiente viável e dedicação dos progenitores para que haja sucesso do seu descendente. Conceptualmente há uma diferença significativa - um réptil poderia encarar que "nascera do nada", o mesmo conceito não se aplica a aves e mamíferos, que têm um acompanhamento externo, que inevitavelmente entrará na formação da sua cognição.

Por isso, os mitos criacionistas ligados à figura do ovo da serpente, são focados na perspectiva da serpente que ignora o ovo que a formou. Assim, qualquer cognição do universo não pode deixar de questionar a própria formação da cognição, e remetê-la para uma origem anterior à cognição. De forma figurada ou não, depende do grau de misticismo, a formação humana num útero materno parece simular a própria evolução humana no útero terrestre, com os diversos passos que levaram à formação da espécie.

Ninguém o faz... mas podemos questionar coisas estranhas. 
Se olharmos para a duplicação de células, ela é feita pela mitose, que é um processo fundamental na formação dos tecidos dos indivíduos... no entanto, não há nenhum animal que se "duplique" dessa forma. Só nalgum filme de ficção científica poderíamos ver um ser a duplicar-se... e no entanto, não seria propriamente impossível do ponto de vista físico. A duplicação exige um crescimento, ou seja, os mais novos estariam em aparente desvantagem face aos já existentes... e isso seria definitivo sem o processo de morte. Essa desvantagem dos mais novos face aos já existentes só terminaria se terminasse a competição e se houvesse uma lógica cooperativa. Repare-se que se a duplicação fosse do próprio, os duplos, gémeos, ficariam em imediata igualdade - se tivessem uma lógica competitiva procurariam aniquilar-se imediatamente.
Há muitas outras perguntas... por exemplo, por que razão a nossa cognição não recebe informação interna explícita? Ou seja, o nosso corpo trata da sua defesa interna automaticamente, sem nunca nos informar sobre o que se está a passar... envia os seus glóbulos, tenta conter infecções, mas só temos informação disso por manifestações externas. Na prática é como se o nosso corpo nos fosse externo, e temos um limitado uso dele, na obediência a algumas acções conscientes. Do ponto de vista da evolução natural seria expectável que teria mais sucesso um organismo capaz de exercer maior controlo sobre o seu corpo. Isto já para nem falar nas vantagens de alguns pequenos animais - como a salamandra - que têm a possibilidade de regenerar os seus membros, mesmos quando são cortados.
A conclusão que se retira é que somos confrontados com uma existência, mesmo material, que nos oculta o próprio funcionamento do corpo que a suporta. Se quisermos saber, temos que fazer uma introspecção... médica, e precisamos de considerável aparelhagem para isso. Essa mesma existência dá-nos uma pequena margem de manobra sobre o corpo, muito circunscrita à sobrevivência alimentar, de resto a nossa função resumir-se-ia a uma lógica de espectadores-actores (muito limitados).

11) Sobre a mitologia
O registo fenício de Sanchoniato permite ver uma perspectiva completamente diferente do habitual. Ou seja, parece que os fenícios não teriam visto a necessidade de introduzir deuses no seu panteão. Se o faziam, não era pela linha filosófica de Taautus, seria por uma questão de acompanhar o ânimo da população.
É claro que quando as linhas filosóficas estão desajustadas da cognição da população, entrava-se no esquema de suprir isso com uma alegoria de divindades reconfortantes. Por exemplo, na China há vários templos dedicados a divindades particulares, que são mais ou menos populares consoante têm mais ou menos "milagres" associados. Acaba por ser uma efectiva competição divina, as pessoas dirigem-se aos maiores templos, porque eles foram erigidos como recompensa humana ao maior número de milagres. Se o deus quer ter maior protagonismo, tem que fazer mais milagres... 
Depois, é claro, há as outras religiões mais filosóficas, mas que não se adaptam bem ao desejos mundanos... o espectador-actor pura e simplesmente pretende que o filme lhe seja favorável, quando não consegue mais no enquadramento, com as suas limitadas acções.

Como vimos ainda, pelo registo de Beroso, parece ter havido uma interferência externa na civilização suméria. Os anedotos, ou os Anunaki, conforme lhe queiramos chamar, teriam educado alguns preceitos fundamentais, e apareciam como divindades... neste caso como homens-bacalhau. 
O registo genético dá-nos algumas informações curiosas. As populações de registo A, B, C, D mantiveram ao longo das diversas gerações uma tradição que as prendeu a uma forma de vida adaptada à sua sobrevivência. Devido ao relativo sucesso dessa cultura, algumas não mudam a sua forma de vida há muitos milénios.
Nos primeiros tempos a competição entre humanos deve ter sido pontual... a ideia seria "quem não está bem, muda-se". Assim, é razoavelmente fácil de prever uma migração dos mais novos para outros territórios de caça, já que os anteriores estavam ocupados. Isso teria um limite, e as coisas complicavam-se numa glaciação, ou por períodos de seca... alguns dos territórios passavam a inúteis, e começava-se a cobiçar, ou a entrar no território dos vizinhos, com os conflitos inerentes. Porém, isso só deverá ter acontecido quando houve uma cobertura humana quase completa do território terrestre. Ao ponto, de alguns, mais novos, não terem outra possibilidade senão migrar para paragens americanas. O grupo Q é um dos mais recentes, e no entanto tanto encontraríamos civilizações complexas, como Aztecas e Maias, ou outras civilizações que manteriam um estilo de vida semelhante às tribos africanas, australianas, ou da Nova Guiné. Esse grupo tem o mesmo antecedente que o grupo R, que se iria depois instalar na Europa Ocidental chegando à Índia, definindo talvez uma tradição comum indo-europeia.

Sem entrar em mais conjecturas, é possível que os assírios, que tinham um registo de "reis pastores", tivessem sofrido uma influência de uma cultura ligeiramente mais avançada, mas que permitiria iludir tribos mais antigas, por meio de algumas inovações criativas. Essa diferença de desenvolvimento poderia ser brutal, no espaço de umas centenas de anos... se as outras tribos permanecessem agarradas à sua tradição milenar.
No entanto, isto não significa que a civilização mais avançada se aproveitasse simplesmente das restantes... no caso assírio nota-se uma tentativa de ensinar, que depois será ainda complementada com os ensinamentos de Zoroastro. No entanto não iria interferir sempre, procuraria controlar os acontecimentos à distância... como nos viemos a habituar. Apoiaria a potência e prepararia um rival que se opusesse, equilibrando tanto quanto possível os acontecimentos na zona Euro-asiática.

É interessante citar aqui os Ainos, uma daquelas tribos que manteve o seu registo civilizacional durante milénios. Alguns antropólogos do Séc. XIX foram estudá-los e notaram a grande diferença civilizacional, tendo ficado impressionados com a sua dificuldade de comunicação... a conversa seria coisa entre pais e crianças, para passar a informação existente. Não havendo conversa entre adultos, seria complicada uma evolução (por outro lado não perderiam tempo com rumores e ofensas).
Assim, a informação às crianças era passada através de alegorias em contos. 
Um deles é instrutivo para o efeito deste texto. Tratava de uma lenda da coruja e do rato.
O rato teria roubado sementes à coruja, e esta acabou por encontrá-lo exigindo a devolução. O esperto rato pediu desculpa e disse que iria compensá-la com um segredo que lhe daria prazeres incríveis. 
A coruja concedeu, e o rato disse que ela deveria subir a um pau e depois deixar-se cair. A coruja assim fez, e só depois de empalada é que deu conta que tinha sido enganada de novo. 
A partir daí as corujas nunca deixaram de perseguir os ratos.

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publicado às 07:49

10) Sobre a genética
Quais as conclusões que podemos retirar do que entretanto foi escrito?
Primeiro, que há evidências mais que suficientes de registos terrestres para construir uma "história humana", ainda que com muitas e naturais incertezas, ela não se afastará demasiado da história oficial... excepto na questão da ocultação.
Por um lado, há todo um registo fóssil e genético que parece concordar nalguns pontos fundamentais:
- Primeiro, uma evolução genética animal, acompanhada de registos fósseis, que leva dos mais pequenos seres até aos homens. No entanto, só aparentemente parecerá uma evolução aleatória - não foi. 
Volto a insistir, evoluções haveria muitas, umas poderiam nunca gerar vida, outras gerariam vida complexa vegetal, mas não animal, outras poderiam nunca permitir seres inteligentes. O único universo que ganharia consciência da sua existência teria que permitir (e justificar) vida inteligente. Bom, mas para falar disso convenientemente teria que começar por explicar o que é vida, distinguindo matéria inerte da animada, e distinguindo a singularidade da racionalidade humana. Já falei sobre o assunto, mas não em detalhe, nem o vou fazer agora. Estas perguntas são muitas vezes colocadas filosoficamente, mas com respostas que se enredam na retórica, e do ponto de vista científico nem se tenta a resposta...

- Segundo, houve uma evolução, cujo traço genético também se pode acompanhar com o registo de ossadas, com a genética, e ainda com a própria evolução do embrião.
A evolução do embrião tem a própria história do desenvolvimento humano, e pela comparação com o desenvolvimento de outros fetos podemos seguir o percurso evolutivo global, que é replicado, desde a formação do ovo, uma primeira divisão, depois a formação da blástula e gástrula - que é distintiva dos animais, a formação do sistema nervoso, etc... Até determinada altura, a diferença entre o embrião humano e o embrião de um outro animal é apenas potencial. Mas, rapidamente, torna-se completamente diferente.
Embriologia comparativa (de antranik.org)

Este tipo de evolução não tem a ver com o nexo darwinista da evolução lenta e aleatória, que contrariava aliás os registos fósseis - que apresentavam "grandes catástrofes". No entanto, como se mostra na primeira linha da figura, há uma flagrante semelhança externa entre embriões de vários animais.
Curiosamente, há uma distinção vertebrada logo no início da formação da gástrula... muito antes da fase apresentada na figura. Se o tubo digestivo abre primeiro pela boca, vamos parar a seres invertebrados... insectos, lulas, polvos, etc. No caso dos animais vertebrados o tubo digestivo abre primeiro pelo... outro lado! Por isso, ficámos geneticamente na classe dos peixinhos (deuterostomas) e não dos polvos (protostomas)...

Bom, para quem procura intervenções extra-terrestres para a génese humana, ficaria por explicar todo o traço natural consistente... ou seja, dados os registos, do ponto de vista material a grande dificuldade está em explicar a origem da vida, já que sobre a evolução ou desenvolvimento, essa intervenção só faria sentido com uma paciência divina.

Convém perceber que a codificação genética é apenas uma chave que funciona numa porta. É dentro do ambiente terrestre que se formaram materialmente as portas e as chaves... Ou seja, aquilo que aparece desapegado da essência evolutiva é que a Terra foi um útero participante no desenvolvimento. Por exemplo, no caso dos répteis, o ovo pode eclodir sem presença materna... isso dá a ideia de que a sua formação é independente do progenitor. Curiosamente, isso já não acontecerá com as aves, e obviamente não acontecerá com os mamíferos. Dependem de um ambiente viável e dedicação dos progenitores para que haja sucesso do seu descendente. Conceptualmente há uma diferença significativa - um réptil poderia encarar que "nascera do nada", o mesmo conceito não se aplica a aves e mamíferos, que têm um acompanhamento externo, que inevitavelmente entrará na formação da sua cognição.

Por isso, os mitos criacionistas ligados à figura do ovo da serpente, são focados na perspectiva da serpente que ignora o ovo que a formou. Assim, qualquer cognição do universo não pode deixar de questionar a própria formação da cognição, e remetê-la para uma origem anterior à cognição. De forma figurada ou não, depende do grau de misticismo, a formação humana num útero materno parece simular a própria evolução humana no útero terrestre, com os diversos passos que levaram à formação da espécie.

Ninguém o faz... mas podemos questionar coisas estranhas. 
Se olharmos para a duplicação de células, ela é feita pela mitose, que é um processo fundamental na formação dos tecidos dos indivíduos... no entanto, não há nenhum animal que se "duplique" dessa forma. Só nalgum filme de ficção científica poderíamos ver um ser a duplicar-se... e no entanto, não seria propriamente impossível do ponto de vista físico. A duplicação exige um crescimento, ou seja, os mais novos estariam em aparente desvantagem face aos já existentes... e isso seria definitivo sem o processo de morte. Essa desvantagem dos mais novos face aos já existentes só terminaria se terminasse a competição e se houvesse uma lógica cooperativa. Repare-se que se a duplicação fosse do próprio, os duplos, gémeos, ficariam em imediata igualdade - se tivessem uma lógica competitiva procurariam aniquilar-se imediatamente.
Há muitas outras perguntas... por exemplo, por que razão a nossa cognição não recebe informação interna explícita? Ou seja, o nosso corpo trata da sua defesa interna automaticamente, sem nunca nos informar sobre o que se está a passar... envia os seus glóbulos, tenta conter infecções, mas só temos informação disso por manifestações externas. Na prática é como se o nosso corpo nos fosse externo, e temos um limitado uso dele, na obediência a algumas acções conscientes. Do ponto de vista da evolução natural seria expectável que teria mais sucesso um organismo capaz de exercer maior controlo sobre o seu corpo. Isto já para nem falar nas vantagens de alguns pequenos animais - como a salamandra - que têm a possibilidade de regenerar os seus membros, mesmos quando são cortados.
A conclusão que se retira é que somos confrontados com uma existência, mesmo material, que nos oculta o próprio funcionamento do corpo que a suporta. Se quisermos saber, temos que fazer uma introspecção... médica, e precisamos de considerável aparelhagem para isso. Essa mesma existência dá-nos uma pequena margem de manobra sobre o corpo, muito circunscrita à sobrevivência alimentar, de resto a nossa função resumir-se-ia a uma lógica de espectadores-actores (muito limitados).

11) Sobre a mitologia
O registo fenício de Sanchoniato permite ver uma perspectiva completamente diferente do habitual. Ou seja, parece que os fenícios não teriam visto a necessidade de introduzir deuses no seu panteão. Se o faziam, não era pela linha filosófica de Taautus, seria por uma questão de acompanhar o ânimo da população.
É claro que quando as linhas filosóficas estão desajustadas da cognição da população, entrava-se no esquema de suprir isso com uma alegoria de divindades reconfortantes. Por exemplo, na China há vários templos dedicados a divindades particulares, que são mais ou menos populares consoante têm mais ou menos "milagres" associados. Acaba por ser uma efectiva competição divina, as pessoas dirigem-se aos maiores templos, porque eles foram erigidos como recompensa humana ao maior número de milagres. Se o deus quer ter maior protagonismo, tem que fazer mais milagres... 
Depois, é claro, há as outras religiões mais filosóficas, mas que não se adaptam bem ao desejos mundanos... o espectador-actor pura e simplesmente pretende que o filme lhe seja favorável, quando não consegue mais no enquadramento, com as suas limitadas acções.

Como vimos ainda, pelo registo de Beroso, parece ter havido uma interferência externa na civilização suméria. Os anedotos, ou os Anunaki, conforme lhe queiramos chamar, teriam educado alguns preceitos fundamentais, e apareciam como divindades... neste caso como homens-bacalhau. 
O registo genético dá-nos algumas informações curiosas. As populações de registo A, B, C, D mantiveram ao longo das diversas gerações uma tradição que as prendeu a uma forma de vida adaptada à sua sobrevivência. Devido ao relativo sucesso dessa cultura, algumas não mudam a sua forma de vida há muitos milénios.
Nos primeiros tempos a competição entre humanos deve ter sido pontual... a ideia seria "quem não está bem, muda-se". Assim, é razoavelmente fácil de prever uma migração dos mais novos para outros territórios de caça, já que os anteriores estavam ocupados. Isso teria um limite, e as coisas complicavam-se numa glaciação, ou por períodos de seca... alguns dos territórios passavam a inúteis, e começava-se a cobiçar, ou a entrar no território dos vizinhos, com os conflitos inerentes. Porém, isso só deverá ter acontecido quando houve uma cobertura humana quase completa do território terrestre. Ao ponto, de alguns, mais novos, não terem outra possibilidade senão migrar para paragens americanas. O grupo Q é um dos mais recentes, e no entanto tanto encontraríamos civilizações complexas, como Aztecas e Maias, ou outras civilizações que manteriam um estilo de vida semelhante às tribos africanas, australianas, ou da Nova Guiné. Esse grupo tem o mesmo antecedente que o grupo R, que se iria depois instalar na Europa Ocidental chegando à Índia, definindo talvez uma tradição comum indo-europeia.

Sem entrar em mais conjecturas, é possível que os assírios, que tinham um registo de "reis pastores", tivessem sofrido uma influência de uma cultura ligeiramente mais avançada, mas que permitiria iludir tribos mais antigas, por meio de algumas inovações criativas. Essa diferença de desenvolvimento poderia ser brutal, no espaço de umas centenas de anos... se as outras tribos permanecessem agarradas à sua tradição milenar.
No entanto, isto não significa que a civilização mais avançada se aproveitasse simplesmente das restantes... no caso assírio nota-se uma tentativa de ensinar, que depois será ainda complementada com os ensinamentos de Zoroastro. No entanto não iria interferir sempre, procuraria controlar os acontecimentos à distância... como nos viemos a habituar. Apoiaria a potência e prepararia um rival que se opusesse, equilibrando tanto quanto possível os acontecimentos na zona Euro-asiática.

É interessante citar aqui os Ainos, uma daquelas tribos que manteve o seu registo civilizacional durante milénios. Alguns antropólogos do Séc. XIX foram estudá-los e notaram a grande diferença civilizacional, tendo ficado impressionados com a sua dificuldade de comunicação... a conversa seria coisa entre pais e crianças, para passar a informação existente. Não havendo conversa entre adultos, seria complicada uma evolução (por outro lado não perderiam tempo com rumores e ofensas).
Assim, a informação às crianças era passada através de alegorias em contos. 
Um deles é instrutivo para o efeito deste texto. Tratava de uma lenda da coruja e do rato.
O rato teria roubado sementes à coruja, e esta acabou por encontrá-lo exigindo a devolução. O esperto rato pediu desculpa e disse que iria compensá-la com um segredo que lhe daria prazeres incríveis. 
A coruja concedeu, e o rato disse que ela deveria subir a um pau e depois deixar-se cair. A coruja assim fez, e só depois de empalada é que deu conta que tinha sido enganada de novo. 
A partir daí as corujas nunca deixaram de perseguir os ratos.

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