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Conforme referi no "ponto de situação" é tempo de embarcar por uma estória da história.
Alguém me fez notar que não é acidental não termos duas palavras e assim não distinguimos uma história contada da História passada. Talvez sempre se tivesse achado que tudo eram apenas "histórias", com importância relativa e não absoluta... como se a verdade fosse sempre impossível de escrutinar. 
Portanto, contamos aqui uma história ou estória, e nada mais que isso.

De Gelo ao Degelo.
Vamos retomar então o contexto no momento em que os invasores indo-europeus chegam à Europa.
Nessa altura haveria neandertais ou descendentes, que ligamos às primeiras pinturas rupestres. Já teriam tido contacto com outros sapiens, mas não com os arianos. Esse contacto seria talvez competitivo, mas não agressivo... Provavelmente a civilização desenvolvia-se em torno de pequenas aldeias-tribo, sem maior necessidade de contacto que o da vizinhança no tradicional território de caça. Haveria populações de grande estatura, quase gigantes, especialmente na zona da Bósnia-Croácia, mas também não seriam hostis... seriam depois forçados a migrar para paragens escandinavas.

A chegada dos invasores Oceânicos à Índia teria introduzido o sistema de castas, e ao fim de poucos milénios a estrutura social teria sido implementada com uma hierarquização brutal. Os invadidos eram tratados como escravos, isso não teria novidade, mas a própria hierarquia teria produzido novos estratos entre os invasores. Essa sociedade seria mais brutal do que sofisticada... mais sacrificial, ao género Azteca, mas sem a monumentalidade associada.
Para evitar o conflito interno iria ocorrer nova migração, sob a forma de força invasora na rota do ocidente. O oriente já teria ensinado que o desfecho de conflitos internos levaria praticamente a uma auto-destruição, de onde restariam apenas um ou dois clãs. Esses clãs teriam praticamente refeito do zero a população asiática, nas vertentes siberianas e chinesas. Para evitar o mesmo desfecho, a elite ariana seria impelida a uma invasão ocidental.
Começariam por ser mais agressivos com os povos mesopotâmicos, visando também uma entrada em África. Porém, a paisagem africana não se adequaria a aventuras invasoras. Os conflitos anteriores em África já teriam definido uma população esquiva, com tradições comuns às da própria Nova Guiné. Ninguém invade uma selva, a menos que se queira estabelecer como colono agricultor. As intenções dessa elite indo-europeia seriam outras... visariam replicar o sistema hierárquico nas paragens ocidentais.

Nesta altura a zona habitável seria reduzida. Latitudes acima do paralelo 45º seriam pouco convidativas. O início do degelo abriria novas paisagens, novas passagens, e seria por aí que avançaria a população indo-europeia ariana, evitando o contacto com uma população mediterrânica, mais avisada pelos embates na zona persa-mesopotâmica.
Seria então no avanço pela Europa central que se consolidaria o domínio indo-europeu e a invasão para ocidente, ficando o enorme lago mediterrânico cercado a norte.
O embate traria novidades para a comunidade indo-europeia, e essas inovações apareceriam em todo o continente euro-asiático.
Subitamente, para além da maior agressividade indo-europeia, ariana, uma nova componente mais criativa, resultante do embate com os místicos pintores rupestres iria catapultar a civilização.

Nesta história, haverá um fundador inicial, um Brama (Vrama), que pode ligar-se a Urano, na posterior tradição grega. A ideia de ter 10 Prajapati (... ou "praia-p'a-ti") que o aliviariam da regência do mundo... mas se os Vedas significam "conhecimento", também sabemos que "veda" é para vedar um conhecimento (que não se "chiba"). 
De qualquer forma percebe-se que actividades principais seriam medicina, música-dança, e uma arte militar muito ligada ao conjunto arco-flecha (dhanur-veda). Seria ainda a "onda" da Oceania, mais especificamente uma onda de Java... ilha de onde teriam emigrado os invasores indo-europeus.
Eventualmente a sequência poderá parecer parva, mas "parva" é também uma palavra hindu para livro.

Templo a Trimurti - a trindade «Brama, Visnu, Chiva» (Prambanan, Java, Indonesia)

Com a saída da Índia dá-se uma divisão principal, que se nota não só na diferença dos haplogrupos R1a (India e Europa-oriental) e R1b (Europa-ocidental), mas também na diferença linguística... sendo coincidentes na forma geográfica de forma surpreendente.
Centum vs. Satem - diferença da raiz da palavra 100 nas línguas indo-europeias.
O mapa coincide com a diferença entre R1a e R1b (as múmias Tocharian em Tarim eram R1b)

No lado ocidental terá havido mais uma confluência de culturas, já que o que restaria da herança neandertal seria europeu, mas separado de outras populações mediterrânicas. O estabelecimento dos arianos pode ter sido feito com alguns e contra os restantes. A língua base seria a dos indo-europeus forçados a migrar, mas talvez se tivesse mantido uma língua original (basca), dos invadidos. Essa distinção seria depois usada como factor elitista no novo poder que se iria consolidar. Das encostas dos Himalaias, onde dominavam a Índia, a nova migração usaria as encostas dos Pirinéus para definir um novo poder... atlântico, atlante.

Esta será uma época de transição de gelo para degelo, e uma época de primeiras navegações... as navegações atlantes, que vão chegar à América, em particular ao Canadá, onde há um registo R1b antigo (curiosamente existe na India uma linguagem chamada Kannada).
Esses atlantes americanos encontram também na América as populações que teriam migrado da Oceania pela orla do Pacífico, e que seriam os ascendentes da maioria da população índia americana.
Estes atlantes iriam sair da sua base nos Pirinéus e definir cidades chave na costa atlântica... talvez as sete cidades. Controlariam o vasto território ocidental, tendo praticamente perdido o contacto com a civilização indiana e ariana... excepto ao nível mais elevado, da casta sacerdotal dos magos. 
Detinham um certo avanço tecnológico, especialmente marítimo, mas também ao nível dos artefactos, nomeadamente com o metal. Esse conhecimento era ainda mágico, ou seja dos magos, da classe sacerdotal, e não estaria difundido na população. 
Durante os milénios seguintes, até à fase crítica do degelo, iriam demonstrar a sua superioridade como deuses. Por vezes entrariam como cavaleiros que passavam por centauros, doutras vezes apareceriam no seu baile de máscaras como mistura divina homem-animal. Os povos mediterrânicos, que antes tinham evitado, passavam a ser usados como crianças órfãs, para passatempo em jogos divinais, e o objectivo principal seria mantê-los ignotos.

O Dilúvio
Uma hipótese que me parece interessante, e que levaria à queda parcial do poder atlante, seria a ameaça progressiva da subida das águas. A certa altura tal subida poderá ter sido mais abrupta, devastadora, levando ao colapso das principais cidades costeiras, onde os atlantes definiam o seu poder.
Até onde subiriam as águas?
Também na Índia encontramos um registo semelhante ao de Noé, com um sobrevivente humano... Manu, em conjunto com "sete sábios"...
Matsya - avatar peixe de Vishnu - salva o homem Manu e os sete sábios

Tal aumento marítimo deveria ter conduzido a um colapso social dessa sociedade atlante.
Os sete sábios atlantes teriam que tentar a sua sorte com outros povos para definir nova mão-de-obra operacional... os restantes atlantes entrariam em revolta, num caos social que demoraria a estabilizar, e que já não seria cooperativo com o poder xamã, dos magos, dos sábios, dos sacerdotes.
O reínicio dos magos pode ter sido feito de novo com a ajuda de um poder centralizado nos Himalaias.
Pelo lado ocidental seria consolidado na zona turca do Cáucaso, preparando-se no monte Ararat uma embarcação colossal para uma eventual subida dramática das águas.
Essa seria a ligação ao mito da "arca de Noé".
O estabelecimento de nomes como Ibéria e Albânia traduziria essa ligação às penínsulas ibérica e itálica, perdidas... não tanto pelo risco de submersão, mas mais pelo risco de subversão. 
Os magos tinham perdido o seu poder na parte atlântica.
Por sua vez, a Cólquida deveria referir as paisagens perdidas por submersão no lado americano, muito provavelmente na zona da Terra Nova e também das Caraíbas.

É tempo de reconstruir a sociedade mágica, e os magos vão precisar de reeducar as tribos incipientes que antes amedrontavam e exploravam. É tempo de fazer nascer impérios e culturas no médio-oriente. Começa aqui o tempo da história contada, não sem antes fazer desaparecer o que restava da história pelo lado ocidental. Com a ajuda dos magos exilados, feitos deuses, é tempo dos gregos derrotarem as populações atlantes, fragilizadas, que se refaziam do colapso social. Este seria o orgulho grego que os sacerdotes de Heliópolis contariam a Sólon. 

Porém, essa restante sociedade ocidental atlante, quebrada pela subida de águas e pela manipulação dos magos sobreviventes, emigrados em paragens caucasianas, tentaria recompor-se de novo, várias vezes.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:36

Conforme referi no "ponto de situação" é tempo de embarcar por uma estória da história.
Alguém me fez notar que não é acidental não termos duas palavras e assim não distinguimos uma história contada da História passada. Talvez sempre se tivesse achado que tudo eram apenas "histórias", com importância relativa e não absoluta... como se a verdade fosse sempre impossível de escrutinar. 
Portanto, contamos aqui uma história ou estória, e nada mais que isso.

De Gelo ao Degelo.
Vamos retomar então o contexto no momento em que os invasores indo-europeus chegam à Europa.
Nessa altura haveria neandertais ou descendentes, que ligamos às primeiras pinturas rupestres. Já teriam tido contacto com outros sapiens, mas não com os arianos. Esse contacto seria talvez competitivo, mas não agressivo... Provavelmente a civilização desenvolvia-se em torno de pequenas aldeias-tribo, sem maior necessidade de contacto que o da vizinhança no tradicional território de caça. Haveria populações de grande estatura, quase gigantes, especialmente na zona da Bósnia-Croácia, mas também não seriam hostis... seriam depois forçados a migrar para paragens escandinavas.

A chegada dos invasores Oceânicos à Índia teria introduzido o sistema de castas, e ao fim de poucos milénios a estrutura social teria sido implementada com uma hierarquização brutal. Os invadidos eram tratados como escravos, isso não teria novidade, mas a própria hierarquia teria produzido novos estratos entre os invasores. Essa sociedade seria mais brutal do que sofisticada... mais sacrificial, ao género Azteca, mas sem a monumentalidade associada.
Para evitar o conflito interno iria ocorrer nova migração, sob a forma de força invasora na rota do ocidente. O oriente já teria ensinado que o desfecho de conflitos internos levaria praticamente a uma auto-destruição, de onde restariam apenas um ou dois clãs. Esses clãs teriam praticamente refeito do zero a população asiática, nas vertentes siberianas e chinesas. Para evitar o mesmo desfecho, a elite ariana seria impelida a uma invasão ocidental.
Começariam por ser mais agressivos com os povos mesopotâmicos, visando também uma entrada em África. Porém, a paisagem africana não se adequaria a aventuras invasoras. Os conflitos anteriores em África já teriam definido uma população esquiva, com tradições comuns às da própria Nova Guiné. Ninguém invade uma selva, a menos que se queira estabelecer como colono agricultor. As intenções dessa elite indo-europeia seriam outras... visariam replicar o sistema hierárquico nas paragens ocidentais.

Nesta altura a zona habitável seria reduzida. Latitudes acima do paralelo 45º seriam pouco convidativas. O início do degelo abriria novas paisagens, novas passagens, e seria por aí que avançaria a população indo-europeia ariana, evitando o contacto com uma população mediterrânica, mais avisada pelos embates na zona persa-mesopotâmica.
Seria então no avanço pela Europa central que se consolidaria o domínio indo-europeu e a invasão para ocidente, ficando o enorme lago mediterrânico cercado a norte.
O embate traria novidades para a comunidade indo-europeia, e essas inovações apareceriam em todo o continente euro-asiático.
Subitamente, para além da maior agressividade indo-europeia, ariana, uma nova componente mais criativa, resultante do embate com os místicos pintores rupestres iria catapultar a civilização.

Nesta história, haverá um fundador inicial, um Brama (Vrama), que pode ligar-se a Urano, na posterior tradição grega. A ideia de ter 10 Prajapati (... ou "praia-p'a-ti") que o aliviariam da regência do mundo... mas se os Vedas significam "conhecimento", também sabemos que "veda" é para vedar um conhecimento (que não se "chiba"). 
De qualquer forma percebe-se que actividades principais seriam medicina, música-dança, e uma arte militar muito ligada ao conjunto arco-flecha (dhanur-veda). Seria ainda a "onda" da Oceania, mais especificamente uma onda de Java... ilha de onde teriam emigrado os invasores indo-europeus.
Eventualmente a sequência poderá parecer parva, mas "parva" é também uma palavra hindu para livro.

Templo a Trimurti - a trindade «Brama, Visnu, Chiva» (Prambanan, Java, Indonesia)

Com a saída da Índia dá-se uma divisão principal, que se nota não só na diferença dos haplogrupos R1a (India e Europa-oriental) e R1b (Europa-ocidental), mas também na diferença linguística... sendo coincidentes na forma geográfica de forma surpreendente.
Centum vs. Satem - diferença da raiz da palavra 100 nas línguas indo-europeias.
O mapa coincide com a diferença entre R1a e R1b (as múmias Tocharian em Tarim eram R1b)

No lado ocidental terá havido mais uma confluência de culturas, já que o que restaria da herança neandertal seria europeu, mas separado de outras populações mediterrânicas. O estabelecimento dos arianos pode ter sido feito com alguns e contra os restantes. A língua base seria a dos indo-europeus forçados a migrar, mas talvez se tivesse mantido uma língua original (basca), dos invadidos. Essa distinção seria depois usada como factor elitista no novo poder que se iria consolidar. Das encostas dos Himalaias, onde dominavam a Índia, a nova migração usaria as encostas dos Pirinéus para definir um novo poder... atlântico, atlante.

Esta será uma época de transição de gelo para degelo, e uma época de primeiras navegações... as navegações atlantes, que vão chegar à América, em particular ao Canadá, onde há um registo R1b antigo (curiosamente existe na India uma linguagem chamada Kannada).
Esses atlantes americanos encontram também na América as populações que teriam migrado da Oceania pela orla do Pacífico, e que seriam os ascendentes da maioria da população índia americana.
Estes atlantes iriam sair da sua base nos Pirinéus e definir cidades chave na costa atlântica... talvez as sete cidades. Controlariam o vasto território ocidental, tendo praticamente perdido o contacto com a civilização indiana e ariana... excepto ao nível mais elevado, da casta sacerdotal dos magos. 
Detinham um certo avanço tecnológico, especialmente marítimo, mas também ao nível dos artefactos, nomeadamente com o metal. Esse conhecimento era ainda mágico, ou seja dos magos, da classe sacerdotal, e não estaria difundido na população. 
Durante os milénios seguintes, até à fase crítica do degelo, iriam demonstrar a sua superioridade como deuses. Por vezes entrariam como cavaleiros que passavam por centauros, doutras vezes apareceriam no seu baile de máscaras como mistura divina homem-animal. Os povos mediterrânicos, que antes tinham evitado, passavam a ser usados como crianças órfãs, para passatempo em jogos divinais, e o objectivo principal seria mantê-los ignotos.

O Dilúvio
Uma hipótese que me parece interessante, e que levaria à queda parcial do poder atlante, seria a ameaça progressiva da subida das águas. A certa altura tal subida poderá ter sido mais abrupta, devastadora, levando ao colapso das principais cidades costeiras, onde os atlantes definiam o seu poder.
Até onde subiriam as águas?
Também na Índia encontramos um registo semelhante ao de Noé, com um sobrevivente humano... Manu, em conjunto com "sete sábios"...
Matsya - avatar peixe de Vishnu - salva o homem Manu e os sete sábios

Tal aumento marítimo deveria ter conduzido a um colapso social dessa sociedade atlante.
Os sete sábios atlantes teriam que tentar a sua sorte com outros povos para definir nova mão-de-obra operacional... os restantes atlantes entrariam em revolta, num caos social que demoraria a estabilizar, e que já não seria cooperativo com o poder xamã, dos magos, dos sábios, dos sacerdotes.
O reínicio dos magos pode ter sido feito de novo com a ajuda de um poder centralizado nos Himalaias.
Pelo lado ocidental seria consolidado na zona turca do Cáucaso, preparando-se no monte Ararat uma embarcação colossal para uma eventual subida dramática das águas.
Essa seria a ligação ao mito da "arca de Noé".
O estabelecimento de nomes como Ibéria e Albânia traduziria essa ligação às penínsulas ibérica e itálica, perdidas... não tanto pelo risco de submersão, mas mais pelo risco de subversão. 
Os magos tinham perdido o seu poder na parte atlântica.
Por sua vez, a Cólquida deveria referir as paisagens perdidas por submersão no lado americano, muito provavelmente na zona da Terra Nova e também das Caraíbas.

É tempo de reconstruir a sociedade mágica, e os magos vão precisar de reeducar as tribos incipientes que antes amedrontavam e exploravam. É tempo de fazer nascer impérios e culturas no médio-oriente. Começa aqui o tempo da história contada, não sem antes fazer desaparecer o que restava da história pelo lado ocidental. Com a ajuda dos magos exilados, feitos deuses, é tempo dos gregos derrotarem as populações atlantes, fragilizadas, que se refaziam do colapso social. Este seria o orgulho grego que os sacerdotes de Heliópolis contariam a Sólon. 

Porém, essa restante sociedade ocidental atlante, quebrada pela subida de águas e pela manipulação dos magos sobreviventes, emigrados em paragens caucasianas, tentaria recompor-se de novo, várias vezes.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:36

Até aqui tenho basicamente colocado informações sobre as quais tenho informação considerável.
A informação fica solta, e fiz várias tentativas de prosseguir colando a diversa informação... porém, o problema acaba por ser escolher uma das múltiplas vias.
Se damos mais valor ao registo mítico acabamos por versões demasiado especulativas, com pouca base na informação disponível. Se nos deixamos ficar pelo material mais fiável, paramos... mas não é por isso que deixam de se colocar várias hipóteses que fazem sentido.

Em concreto, podemos seguir a linha de Ludwig Schwennahagen, que me parece ser quem melhor procurou compilar a informação antiga. No entanto, fazer aparecer uma Atlântida do nada, como faz Schwennagen, não me satisfaz, porque deixa tantas ou mais perguntas. Tem a vantagem de acompanhar o registo bíblico das viagens de Salomão...

Surgiu uma hipótese que estou a considerar, mas faltam-me muitos dados ainda para a tornar mais sólida.
Em poucas palavras, a ideia seria que o propalado "Império Atlante" não saiu do nada... foi resultado uma evolução migratória que começou noutras ilhas remotas, a oriente, na Oceania, e marchou como uma invasão imparável, com duas vertentes coordenadas. A vertente oriental que se consolidou na China, e uma vertente ocidental que se consolidou na Índia e depois no Atlântico, dando origem à ligação indo-europeia. A Índia poderá ter servido de charneira na ligação entre estes dois pólos geográficos, que depois se autonomizaram consideravelmente.

Na Idade do Gelo ter-se-ia consolidado uma vertente ocidental, europeia, que teria acolhido o ímpeto agressivo dos invasores indo-europeus, incorporando o registo místico dos pintores rupestres. Aceitar um espasmo artístico cavernoso sem outra continuidade parece-nos redutor.
Essa incorporação definiria um poder completamente diferente. À componente secreta do poder sacerdotal dos invasores acrescia um misticismo mágico dos invadidos. O ilusionismo poderia adquirir estatuto de pragmatismo no poder. As elites iriam manipular e jogar com a ignorância dos povos.
À distância ficavam os restantes povos mediterrânicos e africanos, de outra ascendência, condicionados por manobras de bastidores. Essa nova elite actuaria sem se revelar, condicionando tribos, fabricando mitos e deuses. Se apareciam montados em cavalos, eram centauros que roubavam mulheres gregas, e disfarçados numa mistura animal-humana podiam aparecer como deuses de vários panteões.
Esses "atlânticos" só entrariam no Mediterrâneo, um lago na Idade do Gelo, pelo estabelecimento em ilhas chave... esse espaço serviria de recreio para essa "elite atlântica", autênticos deuses que presidiriam à construção e destruição de impérios.
Ainda na Idade do Gelo, o poder atlântico consolidar-se-ia pelo estabelecimento próximo, numa Europa Atlântica que ligaria à Mauritânia, mas também pelo estabelecimento distante... em paragens idílicas, em Hespérides, na zona das Caraíbas, e em outras paragens americanas. Essa seria a parte que mais sofreria com o degelo posterior.

É natural que o crescente aumento do nível das águas determinasse uma instabilidade social, e um eventual colapso hierárquico nessa estrutura "atlântica". O império pode ter colapsado pela base, separando a elite atlântica da maioria da população europeia, desagregada da sua antiga estrutura de poder...
Esta hipótese serve para justificar o aparente retrocesso civilizacional da população europeia, que se viu forçada a uma reconstrução social, tendo provavelmente criado os primeiros ensaios tribais republicanos.
A plebe atlante estaria sujeita ao ataque das estruturas civilizacionais mediterrânicas, apadrinhadas pelo imperialismo duma elite sacerdotal remanescente, mas ausente.

Surge agora a "novidade", que é uma simples conjectura, até reúna outras evidências. 
Podemos especular que, perante o avanço do degelo, a "migração de Noé" para o Cáucaso tenha sido mais uma organizada navegação lacustre, com o objectivo de estabelecer na Ásia Menor uma reedição das paragens atlânticas que iam ficando submersas pelo avanço dessas águas. Em desespero de causa, talvez os partidários de Noé tenham mesmo pensado em fazer uma enorme arca no topo do monte Ararat, último refúgio, caso tudo o resto falhasse. Quando dizemos isto, apontamos para a reprodução de nomes na península turca, e em particular para a existência de uma Ibéria e Albânia caucasiana... a Cólquida pode representar assim a parte ocidental, para sempre submergida.
Seria essa nova Cólquida que encerraria o Velo de Ouro, o símbolo do velho poder atlante mergulhado no Dilúvio. Os "deuses do antigo poder" passariam a reunir-se em paragens Olímpicas bem altas, temendo novo colapso diluviano. Restabelecido o poder em torno do Cáucaso, da Turquia, da Grécia, o mar não subiria tanto quanto temido, e as populações abandonadas tenderiam a reorganizar-se autonomamente.
A mesopotâmia ibérica com as suas províncias de Entre-Rios pode ter esboçado uma reorganização independente, ausente que estava o poder em paragens caucasianas... podem ter erguido grandes torres, desafiando o antigo poder, e sofreriam consequências. Aguardaria aos deportados uma nova Mesopotâmia, colocada em lugar mais próximo do Cáucaso, mais facilmente controlável... uma Babilónia onde sempre chorariam Cião. A história seria recontada partindo do oriente, lugar bem central, que só foi chamado oriente relativamente ao ocidente perdido.
O ocidente tem que se erguer de novo, de restos sobreviventes, mas com um considerável atraso. É tempo dos grandes monumentos na Mesopotâmia... pelo lado europeu refaz-se uma cerâmica campaniforme. Entretanto o mar pára de subir, Jasão tem autorização divina para fazer a sua viagem exploratória pela passagem norte, pelos pântanos polacos, que em breve fechariam o Mar Negro à entrada norte.

Os gregos dominariam temporariamente os mares, mas despertaria de novo o lado ocidental pelos "galos", celtas e venetos etruscos, é então altura de Tarsis, e da tentativa de colocar na Fenícia um posto marítimo avançado, em Ur, Tur, Tiro. Os galos fenícios disputarão o Mediterrâneo com os gregos. O galo passaria a ser a ave fénix fenícia, e reergueria nas suas velas as riscas alvi-rubras, as vezes necessárias.

Egipto, Grécia, Pérsia e depois Roma, serão palco de disputas internas religiosas de índole política.
No Egipto, o monoteísmo de Akenaton, centrado num Rá solar, e também os segredos de Hermes Trimegisto... opunham-se de certa forma à panóplia de divindades tradicionais. Algo semelhante ocorre com o Zoroastrismo na Pérsia, que de alguma forma vai substituir as divindades antigas.
O mesmo se passa na Grécia, onde as várias vertentes filosóficas mais racionais embatem contra o panteão clássico de divindades. Na Índia com o budismo, na China com o taoísmo, aparece esse movimento global, que dá um estatuto filosófico à religião, ainda que ela mantenha um certo carácter popular.
Em Roma a principal disputa será entre o cristianismo e o panteão clássico de divindades, mas inicialmente este cristianismo é gnóstico, ligado a essa vertente filosófica hermética.

Esta instabilidade acaba por seguir, grosso modo, a transmissão do poder mundial, de acordo com as "monarquias universais" de Figueiredo.
Tentarei nos próximos textos dar alguma sequência mais detalhada a estas ideias.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 06:38

Até aqui tenho basicamente colocado informações sobre as quais tenho informação considerável.
A informação fica solta, e fiz várias tentativas de prosseguir colando a diversa informação... porém, o problema acaba por ser escolher uma das múltiplas vias.
Se damos mais valor ao registo mítico acabamos por versões demasiado especulativas, com pouca base na informação disponível. Se nos deixamos ficar pelo material mais fiável, paramos... mas não é por isso que deixam de se colocar várias hipóteses que fazem sentido.

Em concreto, podemos seguir a linha de Ludwig Schwennahagen, que me parece ser quem melhor procurou compilar a informação antiga. No entanto, fazer aparecer uma Atlântida do nada, como faz Schwennagen, não me satisfaz, porque deixa tantas ou mais perguntas. Tem a vantagem de acompanhar o registo bíblico das viagens de Salomão...

Surgiu uma hipótese que estou a considerar, mas faltam-me muitos dados ainda para a tornar mais sólida.
Em poucas palavras, a ideia seria que o propalado "Império Atlante" não saiu do nada... foi resultado uma evolução migratória que começou noutras ilhas remotas, a oriente, na Oceania, e marchou como uma invasão imparável, com duas vertentes coordenadas. A vertente oriental que se consolidou na China, e uma vertente ocidental que se consolidou na Índia e depois no Atlântico, dando origem à ligação indo-europeia. A Índia poderá ter servido de charneira na ligação entre estes dois pólos geográficos, que depois se autonomizaram consideravelmente.

Na Idade do Gelo ter-se-ia consolidado uma vertente ocidental, europeia, que teria acolhido o ímpeto agressivo dos invasores indo-europeus, incorporando o registo místico dos pintores rupestres. Aceitar um espasmo artístico cavernoso sem outra continuidade parece-nos redutor.
Essa incorporação definiria um poder completamente diferente. À componente secreta do poder sacerdotal dos invasores acrescia um misticismo mágico dos invadidos. O ilusionismo poderia adquirir estatuto de pragmatismo no poder. As elites iriam manipular e jogar com a ignorância dos povos.
À distância ficavam os restantes povos mediterrânicos e africanos, de outra ascendência, condicionados por manobras de bastidores. Essa nova elite actuaria sem se revelar, condicionando tribos, fabricando mitos e deuses. Se apareciam montados em cavalos, eram centauros que roubavam mulheres gregas, e disfarçados numa mistura animal-humana podiam aparecer como deuses de vários panteões.
Esses "atlânticos" só entrariam no Mediterrâneo, um lago na Idade do Gelo, pelo estabelecimento em ilhas chave... esse espaço serviria de recreio para essa "elite atlântica", autênticos deuses que presidiriam à construção e destruição de impérios.
Ainda na Idade do Gelo, o poder atlântico consolidar-se-ia pelo estabelecimento próximo, numa Europa Atlântica que ligaria à Mauritânia, mas também pelo estabelecimento distante... em paragens idílicas, em Hespérides, na zona das Caraíbas, e em outras paragens americanas. Essa seria a parte que mais sofreria com o degelo posterior.

É natural que o crescente aumento do nível das águas determinasse uma instabilidade social, e um eventual colapso hierárquico nessa estrutura "atlântica". O império pode ter colapsado pela base, separando a elite atlântica da maioria da população europeia, desagregada da sua antiga estrutura de poder...
Esta hipótese serve para justificar o aparente retrocesso civilizacional da população europeia, que se viu forçada a uma reconstrução social, tendo provavelmente criado os primeiros ensaios tribais republicanos.
A plebe atlante estaria sujeita ao ataque das estruturas civilizacionais mediterrânicas, apadrinhadas pelo imperialismo duma elite sacerdotal remanescente, mas ausente.

Surge agora a "novidade", que é uma simples conjectura, até reúna outras evidências. 
Podemos especular que, perante o avanço do degelo, a "migração de Noé" para o Cáucaso tenha sido mais uma organizada navegação lacustre, com o objectivo de estabelecer na Ásia Menor uma reedição das paragens atlânticas que iam ficando submersas pelo avanço dessas águas. Em desespero de causa, talvez os partidários de Noé tenham mesmo pensado em fazer uma enorme arca no topo do monte Ararat, último refúgio, caso tudo o resto falhasse. Quando dizemos isto, apontamos para a reprodução de nomes na península turca, e em particular para a existência de uma Ibéria e Albânia caucasiana... a Cólquida pode representar assim a parte ocidental, para sempre submergida.
Seria essa nova Cólquida que encerraria o Velo de Ouro, o símbolo do velho poder atlante mergulhado no Dilúvio. Os "deuses do antigo poder" passariam a reunir-se em paragens Olímpicas bem altas, temendo novo colapso diluviano. Restabelecido o poder em torno do Cáucaso, da Turquia, da Grécia, o mar não subiria tanto quanto temido, e as populações abandonadas tenderiam a reorganizar-se autonomamente.
A mesopotâmia ibérica com as suas províncias de Entre-Rios pode ter esboçado uma reorganização independente, ausente que estava o poder em paragens caucasianas... podem ter erguido grandes torres, desafiando o antigo poder, e sofreriam consequências. Aguardaria aos deportados uma nova Mesopotâmia, colocada em lugar mais próximo do Cáucaso, mais facilmente controlável... uma Babilónia onde sempre chorariam Cião. A história seria recontada partindo do oriente, lugar bem central, que só foi chamado oriente relativamente ao ocidente perdido.
O ocidente tem que se erguer de novo, de restos sobreviventes, mas com um considerável atraso. É tempo dos grandes monumentos na Mesopotâmia... pelo lado europeu refaz-se uma cerâmica campaniforme. Entretanto o mar pára de subir, Jasão tem autorização divina para fazer a sua viagem exploratória pela passagem norte, pelos pântanos polacos, que em breve fechariam o Mar Negro à entrada norte.

Os gregos dominariam temporariamente os mares, mas despertaria de novo o lado ocidental pelos "galos", celtas e venetos etruscos, é então altura de Tarsis, e da tentativa de colocar na Fenícia um posto marítimo avançado, em Ur, Tur, Tiro. Os galos fenícios disputarão o Mediterrâneo com os gregos. O galo passaria a ser a ave fénix fenícia, e reergueria nas suas velas as riscas alvi-rubras, as vezes necessárias.

Egipto, Grécia, Pérsia e depois Roma, serão palco de disputas internas religiosas de índole política.
No Egipto, o monoteísmo de Akenaton, centrado num Rá solar, e também os segredos de Hermes Trimegisto... opunham-se de certa forma à panóplia de divindades tradicionais. Algo semelhante ocorre com o Zoroastrismo na Pérsia, que de alguma forma vai substituir as divindades antigas.
O mesmo se passa na Grécia, onde as várias vertentes filosóficas mais racionais embatem contra o panteão clássico de divindades. Na Índia com o budismo, na China com o taoísmo, aparece esse movimento global, que dá um estatuto filosófico à religião, ainda que ela mantenha um certo carácter popular.
Em Roma a principal disputa será entre o cristianismo e o panteão clássico de divindades, mas inicialmente este cristianismo é gnóstico, ligado a essa vertente filosófica hermética.

Esta instabilidade acaba por seguir, grosso modo, a transmissão do poder mundial, de acordo com as "monarquias universais" de Figueiredo.
Tentarei nos próximos textos dar alguma sequência mais detalhada a estas ideias.

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