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_____________ Comentário de Amélia Saavedra (29 Janeiro 2014)

Encontrar um fio condutor na história da humanidade é obra… não é tarefa fácil, pois temos que incluir uma infinidade de variáveis. É muita informação para analisar… e absorver.
Desde as variáveis físicas/naturais…a começar pelo próprio corpo humano (o que temos de único – o cérebro; as nossas limitações físicas – que nos impeliram a desenvolver instrumentos/tecnologia), passando pela geografia (morfologia, hidrografia, clima, etc.) até às variáveis históricas, sociais e económicas… É uma infinidade de informação… e como se isso não fosse suficiente, ainda temos que considerar o que está lá “fora”… do nosso planeta… É mesmo muita informação!

A nossa origem ainda é uma incógnita, mesmo para a ciência (apesar das inúmeras descobertas feitas, nomeadamente na genética, a questão é que ainda não temos uma resposta única).
Depois há que ter em conta a capacidade extraordinária do ser humano em adaptar-se ao meio envolvente. Logo aqui conseguimos perceber as diferenças que (ainda) existem entre os vários povos no mundo. Vejam os vários exemplos de sociedades que resultam das especificidades locais, como por exemplo: desertos, tundras, estepes, savanas, montanhas, ilhas, etc. A presença de rios e o acesso ao mar também têm um grande impacto – são as chamadas localizações estratégicas ou privilegiadas que fazem com que certas cidades e países tenham uma maior importância face a outros locais. Não esquecer, além da água e dos alimentos (plantas e animais), outros recursos naturais, como os minerais (ferro, cobre, ouro, prata, crude, etc). Não há sociedade que não necessite de consumir energia. Tal como o ser humano precisa de energia (comida e água) para viver, também as civilizações não conseguem sobreviver sem fontes energéticas. E foram diversas as fontes de energia que fizeram florescer e aniquilar impérios ao longo da história (dependendo do tipo de recursos surgiram tipos diferentes de rotas comerciais – por terra e por mar). 

Temos então os registos históricos (que já percebemos serem facilmente moldados conforme as conveniências politicas, económicas e até mesmo religiosas) que vão desde os registos fósseis, passando pelos arqueológicos, culturais, etc.
São muitos eteceteras…. ;)
Juntar estas peças todas de forma ordenada e cronológica não é tarefa fácil. Além de que todas elas marcaram e marcam a nossa forma de pensar e de estar no mundo. Estamos condicionados, mais do que possamos pensar (ou até aceitar) … A somar a isto, temos a variável mais critica – a variável humana (o factor humano que é de natureza por vezes imprevisível).
_____________

As questões abordadas neste comentário são muito pertinentes, questionando a possibilidade de enquadramento global pela inerente complexidade global. Como esse é o propósito primeiro deste blog - o enquadramento global, importaria questionar a possibilidade disso, desde logo.

Poderia ser algo demagógico e referir que a imensidão do mar não foi impedimento de construir um batel para nos aventurarmos nele, e tem sido um pouco essa a nossa postura face a grandes desconhecidos - ter consciência do desafio, mas não temer naufragar na primeira vaga, ainda que se possa meter alguma água.
Porém, parece-me mais adequada outra imagem. Podemos perder tempo a analisar cada um dos detalhes com que nos deparamos, mas qual é o referencial global para isso?
Ou seja, caminhamos pelo simples acidente casual da inspiração que nos faz inventar ou descobrir coisas, ou há uma lógica nessa pesquisa, que não é o simples acaso de uma invenção suceder a outra, uma descoberta suceder a outra?
Foi por aí que decidi ir há quatro anos atrás, pelo questionar se haveria uma lógica global. Por um lado a lógica global na maquinação humana - associada à "teoria da conspiração". E é engraçado o teor pejorativo que o termo ganhou, porque todo o historiador tem que reconhecer as múltiplas conspirações que sempre existiram na História, mas por outro lado é quase proibido pensar que hoje existe, ou que foi prolongada por quase todo o tempo histórico.
Ou seja, quem fala em pequenas conspirações é historiador, quem fala em grandes conspirações é maluco... Ora, sendo inquestionável a presença de conspirações ao longo da História, só há uns interessados óbvios em que não se fale em conspiração - são os conspiradores!

Isso é pelo lado humano, mas o que mais me surpreendeu foi começar a ver uma lógica que transcendia a própria componente humana conspirativa. Ou seja, se os humanos trabalhavam ardilosamente, quais abelhinhas, numa conspiração que servia interesses dalguns, desenhava-se uma outra "conspiração", muitíssimo mais poderosa, que usara múltiplos mecanismos evolutivos, dos quais os humanos eram apenas o resultado mais recente. Poderia falar-se em "conspiração divina"? Talvez, ou ET, conforme os gostos, mas ainda que isso fosse uma parte explicativa, não era suficiente... antes da galinha há sempre o ovo, e antes de qualquer Fénix há sempre a sua geração. Antes da inteligência houve o não-inteligente. Por muitas semelhanças que se vejam, há sempre diferenças, porque o processo informativo é uma espiral sem fim. Não devemos afundar na simplificação do remoinho de Caribdis, nem permanecer imóveis dirigindo-nos contra a rocha de Scila... há um compromisso entre o querer tudo conhecer e o recusar conhecer.
Assim, o próprio processo do acordar da consciência é inerentemente conspirativo, e replica a sua estrutura, fecundando incessantemente novos filhos, sempre semelhantes, sempre diferentes. E isso é natural, é matemático, é lógico, é inevitável. O Universo é uma mulher caprichosa, e o Homem (com letra maiúscula) saiu duma sua costela. Porquê? Porque esta bela rainha precisava de um espelho, que não fosse apenas uma réplica de si mesma. As réplicas seriam iguais, mas havendo diferença teriam que ser criados olhos que o vissem. Haverá alguém mais bela que eu? Oh, minha rainha, se não vemos maior perfeição é pelos pobres olhos que nos deste... resposta errada! Como poderia alguém perfeito fazer tal imperfeição? Por isso, e como não queremos apanhar com a ira de tal potência caprichosa, devemos lembrar Vénus que tem no passado o perfil fecundo da mãe neolítica, como presente a graciosidade da amante grega, mas será também uma filha com futuro. Por isso há um entrelaçar de papéis, numa história complementar entre ovo e galinha, entre masculino e feminino.

É claro que as ideias seriam todas equivalentes, mesmo as mais absurdas, quando não se tem um referencial de raciocínio... e isso pagou-se caro, com a vida. Raciocínios desajustados à realidade eram colocados "fora de jogo" rapidamente, pela pragmática sobrevivência. A partir desse momento, as ideias não passaram a ser todas equivalentes. Umas ajustam-se mais que outras à lógica que presenciamos. Não creio que a nossa origem seja nenhuma incógnita. Mas haverá sempre quem persista em manter dúvida sobre tudo... quem persista em ideias absurdas, e até isso se pode compreender como necessário, faz parte das contradições e dúvidas que esse grande feminino exige à certeza da boa escolha no pequeno masculino. No fundo, a cognição presente evidencia a imperfeição passada, e a ideia da perfeição futura permanecerá como canção do bandido... até que seja unânime, não o podendo ser. Complicado, mas natural.

Portanto, há um avanço pelo detalhe, pela análise, em que a ciência faz o seu papel, mas é bom não descurar o avanço pelo geral, pela síntese, mais próprio da filosofia. As duas coisas em simultâneo não será possível, aí seria a tal pretensão do conhecimento universal, esmagador, fora de alcance.
Mas há essas duas componentes, a multiplicidade da divisão na análise, no detalhe, que vejo como lado feminino, e uma visão mais unitária, sintética, determinada, pelo lado masculino, com vista a uma conciliação. É claro que uma é sempre alvo de crítica da outra. Uma não se ajustará logo à outra.
Mas alguém quereria que a história terminasse? Onde ficaria o futuro?

Lá está, acabei por parar a série "Estória Alternativa", porque cedi ao lado do detalhe, e em vez de prosseguir no âmbito geral, comecei a tentar colar todos os detalhes... algo manifestamente desajustado nesta fase.


Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:59

_____________ Comentário de Amélia Saavedra (29 Janeiro 2014)

Encontrar um fio condutor na história da humanidade é obra… não é tarefa fácil, pois temos que incluir uma infinidade de variáveis. É muita informação para analisar… e absorver.
Desde as variáveis físicas/naturais…a começar pelo próprio corpo humano (o que temos de único – o cérebro; as nossas limitações físicas – que nos impeliram a desenvolver instrumentos/tecnologia), passando pela geografia (morfologia, hidrografia, clima, etc.) até às variáveis históricas, sociais e económicas… É uma infinidade de informação… e como se isso não fosse suficiente, ainda temos que considerar o que está lá “fora”… do nosso planeta… É mesmo muita informação!

A nossa origem ainda é uma incógnita, mesmo para a ciência (apesar das inúmeras descobertas feitas, nomeadamente na genética, a questão é que ainda não temos uma resposta única).
Depois há que ter em conta a capacidade extraordinária do ser humano em adaptar-se ao meio envolvente. Logo aqui conseguimos perceber as diferenças que (ainda) existem entre os vários povos no mundo. Vejam os vários exemplos de sociedades que resultam das especificidades locais, como por exemplo: desertos, tundras, estepes, savanas, montanhas, ilhas, etc. A presença de rios e o acesso ao mar também têm um grande impacto – são as chamadas localizações estratégicas ou privilegiadas que fazem com que certas cidades e países tenham uma maior importância face a outros locais. Não esquecer, além da água e dos alimentos (plantas e animais), outros recursos naturais, como os minerais (ferro, cobre, ouro, prata, crude, etc). Não há sociedade que não necessite de consumir energia. Tal como o ser humano precisa de energia (comida e água) para viver, também as civilizações não conseguem sobreviver sem fontes energéticas. E foram diversas as fontes de energia que fizeram florescer e aniquilar impérios ao longo da história (dependendo do tipo de recursos surgiram tipos diferentes de rotas comerciais – por terra e por mar). 

Temos então os registos históricos (que já percebemos serem facilmente moldados conforme as conveniências politicas, económicas e até mesmo religiosas) que vão desde os registos fósseis, passando pelos arqueológicos, culturais, etc.
São muitos eteceteras…. ;)
Juntar estas peças todas de forma ordenada e cronológica não é tarefa fácil. Além de que todas elas marcaram e marcam a nossa forma de pensar e de estar no mundo. Estamos condicionados, mais do que possamos pensar (ou até aceitar) … A somar a isto, temos a variável mais critica – a variável humana (o factor humano que é de natureza por vezes imprevisível).
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As questões abordadas neste comentário são muito pertinentes, questionando a possibilidade de enquadramento global pela inerente complexidade global. Como esse é o propósito primeiro deste blog - o enquadramento global, importaria questionar a possibilidade disso, desde logo.

Poderia ser algo demagógico e referir que a imensidão do mar não foi impedimento de construir um batel para nos aventurarmos nele, e tem sido um pouco essa a nossa postura face a grandes desconhecidos - ter consciência do desafio, mas não temer naufragar na primeira vaga, ainda que se possa meter alguma água.
Porém, parece-me mais adequada outra imagem. Podemos perder tempo a analisar cada um dos detalhes com que nos deparamos, mas qual é o referencial global para isso?
Ou seja, caminhamos pelo simples acidente casual da inspiração que nos faz inventar ou descobrir coisas, ou há uma lógica nessa pesquisa, que não é o simples acaso de uma invenção suceder a outra, uma descoberta suceder a outra?
Foi por aí que decidi ir há quatro anos atrás, pelo questionar se haveria uma lógica global. Por um lado a lógica global na maquinação humana - associada à "teoria da conspiração". E é engraçado o teor pejorativo que o termo ganhou, porque todo o historiador tem que reconhecer as múltiplas conspirações que sempre existiram na História, mas por outro lado é quase proibido pensar que hoje existe, ou que foi prolongada por quase todo o tempo histórico.
Ou seja, quem fala em pequenas conspirações é historiador, quem fala em grandes conspirações é maluco... Ora, sendo inquestionável a presença de conspirações ao longo da História, só há uns interessados óbvios em que não se fale em conspiração - são os conspiradores!

Isso é pelo lado humano, mas o que mais me surpreendeu foi começar a ver uma lógica que transcendia a própria componente humana conspirativa. Ou seja, se os humanos trabalhavam ardilosamente, quais abelhinhas, numa conspiração que servia interesses dalguns, desenhava-se uma outra "conspiração", muitíssimo mais poderosa, que usara múltiplos mecanismos evolutivos, dos quais os humanos eram apenas o resultado mais recente. Poderia falar-se em "conspiração divina"? Talvez, ou ET, conforme os gostos, mas ainda que isso fosse uma parte explicativa, não era suficiente... antes da galinha há sempre o ovo, e antes de qualquer Fénix há sempre a sua geração. Antes da inteligência houve o não-inteligente. Por muitas semelhanças que se vejam, há sempre diferenças, porque o processo informativo é uma espiral sem fim. Não devemos afundar na simplificação do remoinho de Caribdis, nem permanecer imóveis dirigindo-nos contra a rocha de Scila... há um compromisso entre o querer tudo conhecer e o recusar conhecer.
Assim, o próprio processo do acordar da consciência é inerentemente conspirativo, e replica a sua estrutura, fecundando incessantemente novos filhos, sempre semelhantes, sempre diferentes. E isso é natural, é matemático, é lógico, é inevitável. O Universo é uma mulher caprichosa, e o Homem (com letra maiúscula) saiu duma sua costela. Porquê? Porque esta bela rainha precisava de um espelho, que não fosse apenas uma réplica de si mesma. As réplicas seriam iguais, mas havendo diferença teriam que ser criados olhos que o vissem. Haverá alguém mais bela que eu? Oh, minha rainha, se não vemos maior perfeição é pelos pobres olhos que nos deste... resposta errada! Como poderia alguém perfeito fazer tal imperfeição? Por isso, e como não queremos apanhar com a ira de tal potência caprichosa, devemos lembrar Vénus que tem no passado o perfil fecundo da mãe neolítica, como presente a graciosidade da amante grega, mas será também uma filha com futuro. Por isso há um entrelaçar de papéis, numa história complementar entre ovo e galinha, entre masculino e feminino.

É claro que as ideias seriam todas equivalentes, mesmo as mais absurdas, quando não se tem um referencial de raciocínio... e isso pagou-se caro, com a vida. Raciocínios desajustados à realidade eram colocados "fora de jogo" rapidamente, pela pragmática sobrevivência. A partir desse momento, as ideias não passaram a ser todas equivalentes. Umas ajustam-se mais que outras à lógica que presenciamos. Não creio que a nossa origem seja nenhuma incógnita. Mas haverá sempre quem persista em manter dúvida sobre tudo... quem persista em ideias absurdas, e até isso se pode compreender como necessário, faz parte das contradições e dúvidas que esse grande feminino exige à certeza da boa escolha no pequeno masculino. No fundo, a cognição presente evidencia a imperfeição passada, e a ideia da perfeição futura permanecerá como canção do bandido... até que seja unânime, não o podendo ser. Complicado, mas natural.

Portanto, há um avanço pelo detalhe, pela análise, em que a ciência faz o seu papel, mas é bom não descurar o avanço pelo geral, pela síntese, mais próprio da filosofia. As duas coisas em simultâneo não será possível, aí seria a tal pretensão do conhecimento universal, esmagador, fora de alcance.
Mas há essas duas componentes, a multiplicidade da divisão na análise, no detalhe, que vejo como lado feminino, e uma visão mais unitária, sintética, determinada, pelo lado masculino, com vista a uma conciliação. É claro que uma é sempre alvo de crítica da outra. Uma não se ajustará logo à outra.
Mas alguém quereria que a história terminasse? Onde ficaria o futuro?

Lá está, acabei por parar a série "Estória Alternativa", porque cedi ao lado do detalhe, e em vez de prosseguir no âmbito geral, comecei a tentar colar todos os detalhes... algo manifestamente desajustado nesta fase.


Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:59

Inicio aqui uma sequência de posts com base nos comentários recebidos.
Não se trata de repetir necessariamente o que foi dito, mas mais procurar juntar a informação e dar-lhe um corpo comum, com alguma consistência, quando isso me parece possível e relevante para a matéria que aqui se discute. Não me vou comprometer com nenhuma periodicidade, nem ordem especial, nem com muito escrutínio objectivo... aparece o que aparecer, quando aparecer.

Começo com uma contribuição de Paulo Cruz, que tem introduzido múltiplos comentários, a maioria dos quais dificilmente relacionáveis com o blog, mas que avançou aqui com uma teoria de uma Lua recente, muito interessante, sendo fundada em registos antigos. Sendo claro que a hipótese se presta a actuais interpretações extra-terrestres, preferi ver o assunto como uma eventual possibilidade astronómica acidental. De que forma?
Coloco uma figura ilustrativa para melhor compreensão.
O sistema solar, especialmente entre Marte e Júpiter tem uma enorme cintura de milhões de asteróides, a maioria dos quais 4 vezes mais pequenos do que a da Lua (são conhecidos 200 com mais de 100 Km de diâmetro, e apenas dezenas de milhar estão identificados).
Ora uma tal quantidade de corpos celestes tem alguma instabilidade orbital, piorada pela passagem ocasional de algum cometa. Assim, poderia perfeitamente ter ocorrido uma colisão com um cometa, ou até entre dois asteróides.
Assim na pequena caixa à direita coloco a hipótese de que a Lua poderia estar na cintura de asteróides, e um embate com um corpo menor, poderia ter alterado a sua órbita. Para abreviar, junto logo a hipótese de Fobos e Deimos, satélites de Marte, serem dois outros fragmentos grandes desse embate.
O resultado desse impacto não seria um mergulhar da Lua em direcção ao Sol, já que velocidade principal, muitíssimo superior, é a velocidade de translação em torno do Sol. A Lua, Fobos e Deimos continuariam assim a rodar em torno do Sol, mas tinham essa componente de aproximação crescente.
Ao fim de algum tempo (difícil de estimar), a Lua e os outros corpos resultantes desse embate, iriam aproximar-se, primeiro da órbita de Marte - daí a hipótese de Fobos e Deimos serem capturados por Marte, e depois da órbita da Terra. A Lua poderia ter escapado à atracção de Marte, pela sua grande dimensão. Pode até ter feito Marte afastar-se, ou aproximar-se do Sol, perturbando a sua órbita.
A Lua teria sido capturada depois, pela Terra, formando um corpo conjunto cujo centro de gravidade está ao nível da superfície da Terra. Antes disso, outros corpos mais pequenos podem ter embatido no planeta com alguma violência.

A aproximação lunar seria um acontecimento possivelmente catastrófico, porque a sincronização demoraria tempo a ocorrer, e há uma efectiva alteração de marés pela simples atracção lunar. Isso poderia justificar enormes marés - de centenas ou até milhares de metros, em vez das actuais que não chegam a ter 10 metros de amplitude. Tudo dependeria da aproximação que a Lua tivesse tido. Um fenómeno desse género praticamente levantaria uma massa de água em suspensão, antes de a libertar novamente... pareceria algo mágico, dificilmente explicável naturalmente, podendo ver-se o fundo do mar a centenas de metros. Tão depressa a gravidade tornaria as coisas mais pesadas, como mais leves... dependendo da fase de uma Lua, que seria enorme, na aproximação, e pequena ao afastar-se. 

Acresce que esta teoria de impacto pode justificar uma face lunar sempre virada para a Terra. Porquê? Porque seria a face não danificada pelo embate, a face danificada ficaria do outro lado, por ter menos massa de atracção. 
Convém notar que, relativamente ao Sol, não há propriamente uma rotação da Lua em torno da Terra, ambos rodam maioritariamente em torno do Sol, a Lua acelerando de quarto crescente (onde aparece atrás da Terra) até quarto minguante (onde aparece à frente, no caminho orbital comum). Por isso, a questão de captura pode nem ter ocorrido logo, se a Lua estivesse animada de maior velocidade... mas a cada passagem pelo campo gravítico terrestre, a velocidade lunar seria abrandada. 
Esta aproximação da Lua poderia afastar ligeira, mas significativamente, a Terra do Sol, ao ser atraída pelo corpo externo. Rodando a maior velocidade (como todos os asteróides, o sistema pode ter aumentado a velocidade do conjunto, diminuindo o tempo dos anos, compensando a órbita maior). Só depois da aproximação completa e ao sincronizar-se, o sistema aproximar-se-ia de novo do Sol, devido à tendência dessa Lua errante.

A composição da Lua, de Fobos e de Deimos, parece ser muito semelhante à dos asteróides, e as formas irregulares de Fobos e Deimos só reforçam esta hipótese de "asteróides capturados" pela gravidade marciana. É natural que a dimensão exagerada da Lua fosse um factor de instabilidade numa cintura polvilhada por milhares de asteróides, e as colisões podem ter sido mais frequentes - prova das crateras de alguma dimensão. Aquelas crateras num sistema Terra-Lua dificilmente se explicam na parte visível, virada para a Terra, porque a gravidade terrestre, sendo muito maior, atrairia a esmagadora maioria dos corpos que passasse pela zona intermédia.

Não é de excluir que a Luna 3 em 1959, e seguintes, ao tempo de Kennedy e Kruschev, e da crise de Cuba, tenham evidenciado isso mesmo, ou seja, uma Lua menos redonda do lado oposto. É admitida uma Lua "mais massacrada" do lado oposto, mas isso é natural... Falamos de uma proporção mais significativa. Não conheço imagens russas de perfil - metade lado visível, metade invisível, mas há esta primeira, só do lado do disco invisível, que não é suficientemente esclarecedora, ainda que se vejam sombras denunciando enorme profundidade uma para luz solar frontal.
Luna 3 - imagem do lado oculto da Lua (1959).

Associadas a estas observações, aparece então o relato de Aristóteles (ver comentários) e de outros autores greco-romanos, acusando esse registo de tempos dos povos Pelasgos e Arcádios, onde não haveria Lua, chamando-se mesmo povos pré-selenes. 
É claro que os historiadores fazem uma selecção no menú dos registos que agradam e não agradam à teoria oficial. Interessava aqui mostrar que uma hipótese de Lua recente não é assim tão absurda, ainda que me pareça pouco verosímil que seja tão recente quanto ao ponto de ser registada por civilizações recentes... e por isso é mais plausível falar de outros tempos e outros dílúvios.

_____________ excertos dos comentários _____________
(10  a 12 Janeiro de 2014)

http://alvor-silves.blogspot.pt/2014/01/ponto-de-situacao.html 

Paulo Cruz
Depois disso vou colocar mais algum resultado da minha pesquisa e...http://www.sofadasala.com/extraterrestre/lua2007.htm
"Os sábios da Grécia Antiga e de Roma mencionam um tempo quando "a Lua não estava próxima da Terra". Registros se referem a um povo conhecido como Pelasgos (pelasgians), Proselene [antes da Lua - Selene] e Arcádios. Pertenceram a raças arcaicas que habitaram a Terra "quando não havia Lua".
Aristóteles (384-322 a.C.) escreve que antes dos Helenos ocuparem a Arcádia, a região era habitada por um povo chamado "Pelasgos". Eles ...ocuparam aquela terra antes mesmo da lua estar nos céus sobre a Terra. O historiador grego Plutarco (46-127 d.C.) confirma a informação:"Existiram os Arcádios... os chamados povos pré-lunares.
Também o poeta romano Ovídio (43a.C.-17d.C.) se refere a uma civilização pré-Lunar. Em seus escritos consta que os Arcádios possuíram a terra antes do nascimento de Jove [Lua]; eram um povo mais velho que a Lua.
da Maia
o link http://www.sofadasala.com/extraterrestre/lua2007.htm  parece-me bem feito, e apresenta informação importante, que eu não conhecia, e tem boa consistência. Obrigado.Como já disse, e até acabei por incluir num dos últimos posts, a alteração do sistema Terra-Lua poderia justificar um dilúvio.Essas informações vêm exactamente nesse sentido - talvez a Lua estivesse fora, ou muito mais longe, e uma perturbação por algum impacto fez uma aproximação perigosa, a ponto de ter levado a grandes marés, antes de estabilizar a órbita, onde ficou.No entanto, isso é bastante diferente de assumir que isso foi feito intencionalmente.
Paulo Cruz
É impossível vir um objecto,a Lua,com 1/4 da Terra em colisão e ser apanhada pelo seu campo gravitacional. Se isso fosse real,talvez,um planeta do tamanho de Júpiter é que tinha hipótese que isso acontecesse e se essa fosse mesmo uma probabilidade a qualquer objecto teria de circular numa forma elíptica e não circular.
da Maia
A Lua pode ter estado na cintura de asteróides, e como corpo demasiado grande (3.5 vezes maior que Ceres), ter atraído alguma colisão com outro asteróide, de forma que se afastou progressivamente da cintura, tendo-se aproximado primeiro da órbita de Marte, e depois da órbita da Terra.É muito natural que Febos e Deimos tenham sido capturados por Marte como resultado do corpo que embateu na Lua, ou de outros asteróides.No caso da Terra, isso teria levado à captura da Lua... mas não em rota de colisão. 
A Lua simplesmente continuava a orbitar o Sol - resultante da velocidade intrínseca dos asteróides na translação ao Sol (entre 3 e 6 anos), mas iria começar a encurtar a órbita dirigindo-se ano após ano cada vez mais próximo do Sol, devido à velocidade de impacto que lhe alterou a direcção.Ao fim de umas centenas de anos, ou milénios, estaria a girar próximo da Terra, em paralelo, mas a velocidade diferente.
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publicado às 15:38

Inicio aqui uma sequência de posts com base nos comentários recebidos.
Não se trata de repetir necessariamente o que foi dito, mas mais procurar juntar a informação e dar-lhe um corpo comum, com alguma consistência, quando isso me parece possível e relevante para a matéria que aqui se discute. Não me vou comprometer com nenhuma periodicidade, nem ordem especial, nem com muito escrutínio objectivo... aparece o que aparecer, quando aparecer.

Começo com uma contribuição de Paulo Cruz, que tem introduzido múltiplos comentários, a maioria dos quais dificilmente relacionáveis com o blog, mas que avançou aqui com uma teoria de uma Lua recente, muito interessante, sendo fundada em registos antigos. Sendo claro que a hipótese se presta a actuais interpretações extra-terrestres, preferi ver o assunto como uma eventual possibilidade astronómica acidental. De que forma?
Coloco uma figura ilustrativa para melhor compreensão.
O sistema solar, especialmente entre Marte e Júpiter tem uma enorme cintura de milhões de asteróides, a maioria dos quais 4 vezes mais pequenos do que a da Lua (são conhecidos 200 com mais de 100 Km de diâmetro, e apenas dezenas de milhar estão identificados).
Ora uma tal quantidade de corpos celestes tem alguma instabilidade orbital, piorada pela passagem ocasional de algum cometa. Assim, poderia perfeitamente ter ocorrido uma colisão com um cometa, ou até entre dois asteróides.
Assim na pequena caixa à direita coloco a hipótese de que a Lua poderia estar na cintura de asteróides, e um embate com um corpo menor, poderia ter alterado a sua órbita. Para abreviar, junto logo a hipótese de Fobos e Deimos, satélites de Marte, serem dois outros fragmentos grandes desse embate.
O resultado desse impacto não seria um mergulhar da Lua em direcção ao Sol, já que velocidade principal, muitíssimo superior, é a velocidade de translação em torno do Sol. A Lua, Fobos e Deimos continuariam assim a rodar em torno do Sol, mas tinham essa componente de aproximação crescente.
Ao fim de algum tempo (difícil de estimar), a Lua e os outros corpos resultantes desse embate, iriam aproximar-se, primeiro da órbita de Marte - daí a hipótese de Fobos e Deimos serem capturados por Marte, e depois da órbita da Terra. A Lua poderia ter escapado à atracção de Marte, pela sua grande dimensão. Pode até ter feito Marte afastar-se, ou aproximar-se do Sol, perturbando a sua órbita.
A Lua teria sido capturada depois, pela Terra, formando um corpo conjunto cujo centro de gravidade está ao nível da superfície da Terra. Antes disso, outros corpos mais pequenos podem ter embatido no planeta com alguma violência.

A aproximação lunar seria um acontecimento possivelmente catastrófico, porque a sincronização demoraria tempo a ocorrer, e há uma efectiva alteração de marés pela simples atracção lunar. Isso poderia justificar enormes marés - de centenas ou até milhares de metros, em vez das actuais que não chegam a ter 10 metros de amplitude. Tudo dependeria da aproximação que a Lua tivesse tido. Um fenómeno desse género praticamente levantaria uma massa de água em suspensão, antes de a libertar novamente... pareceria algo mágico, dificilmente explicável naturalmente, podendo ver-se o fundo do mar a centenas de metros. Tão depressa a gravidade tornaria as coisas mais pesadas, como mais leves... dependendo da fase de uma Lua, que seria enorme, na aproximação, e pequena ao afastar-se. 

Acresce que esta teoria de impacto pode justificar uma face lunar sempre virada para a Terra. Porquê? Porque seria a face não danificada pelo embate, a face danificada ficaria do outro lado, por ter menos massa de atracção. 
Convém notar que, relativamente ao Sol, não há propriamente uma rotação da Lua em torno da Terra, ambos rodam maioritariamente em torno do Sol, a Lua acelerando de quarto crescente (onde aparece atrás da Terra) até quarto minguante (onde aparece à frente, no caminho orbital comum). Por isso, a questão de captura pode nem ter ocorrido logo, se a Lua estivesse animada de maior velocidade... mas a cada passagem pelo campo gravítico terrestre, a velocidade lunar seria abrandada. 
Esta aproximação da Lua poderia afastar ligeira, mas significativamente, a Terra do Sol, ao ser atraída pelo corpo externo. Rodando a maior velocidade (como todos os asteróides, o sistema pode ter aumentado a velocidade do conjunto, diminuindo o tempo dos anos, compensando a órbita maior). Só depois da aproximação completa e ao sincronizar-se, o sistema aproximar-se-ia de novo do Sol, devido à tendência dessa Lua errante.

A composição da Lua, de Fobos e de Deimos, parece ser muito semelhante à dos asteróides, e as formas irregulares de Fobos e Deimos só reforçam esta hipótese de "asteróides capturados" pela gravidade marciana. É natural que a dimensão exagerada da Lua fosse um factor de instabilidade numa cintura polvilhada por milhares de asteróides, e as colisões podem ter sido mais frequentes - prova das crateras de alguma dimensão. Aquelas crateras num sistema Terra-Lua dificilmente se explicam na parte visível, virada para a Terra, porque a gravidade terrestre, sendo muito maior, atrairia a esmagadora maioria dos corpos que passasse pela zona intermédia.

Não é de excluir que a Luna 3 em 1959, e seguintes, ao tempo de Kennedy e Kruschev, e da crise de Cuba, tenham evidenciado isso mesmo, ou seja, uma Lua menos redonda do lado oposto. É admitida uma Lua "mais massacrada" do lado oposto, mas isso é natural... Falamos de uma proporção mais significativa. Não conheço imagens russas de perfil - metade lado visível, metade invisível, mas há esta primeira, só do lado do disco invisível, que não é suficientemente esclarecedora, ainda que se vejam sombras denunciando enorme profundidade uma para luz solar frontal.
Luna 3 - imagem do lado oculto da Lua (1959).

Associadas a estas observações, aparece então o relato de Aristóteles (ver comentários) e de outros autores greco-romanos, acusando esse registo de tempos dos povos Pelasgos e Arcádios, onde não haveria Lua, chamando-se mesmo povos pré-selenes. 
É claro que os historiadores fazem uma selecção no menú dos registos que agradam e não agradam à teoria oficial. Interessava aqui mostrar que uma hipótese de Lua recente não é assim tão absurda, ainda que me pareça pouco verosímil que seja tão recente quanto ao ponto de ser registada por civilizações recentes... e por isso é mais plausível falar de outros tempos e outros dílúvios.

_____________ excertos dos comentários _____________
(10  a 12 Janeiro de 2014)

http://alvor-silves.blogspot.pt/2014/01/ponto-de-situacao.html 

Paulo Cruz
Depois disso vou colocar mais algum resultado da minha pesquisa e...http://www.sofadasala.com/extraterrestre/lua2007.htm
"Os sábios da Grécia Antiga e de Roma mencionam um tempo quando "a Lua não estava próxima da Terra". Registros se referem a um povo conhecido como Pelasgos (pelasgians), Proselene [antes da Lua - Selene] e Arcádios. Pertenceram a raças arcaicas que habitaram a Terra "quando não havia Lua".
Aristóteles (384-322 a.C.) escreve que antes dos Helenos ocuparem a Arcádia, a região era habitada por um povo chamado "Pelasgos". Eles ...ocuparam aquela terra antes mesmo da lua estar nos céus sobre a Terra. O historiador grego Plutarco (46-127 d.C.) confirma a informação:"Existiram os Arcádios... os chamados povos pré-lunares.
Também o poeta romano Ovídio (43a.C.-17d.C.) se refere a uma civilização pré-Lunar. Em seus escritos consta que os Arcádios possuíram a terra antes do nascimento de Jove [Lua]; eram um povo mais velho que a Lua.
da Maia
o link http://www.sofadasala.com/extraterrestre/lua2007.htm  parece-me bem feito, e apresenta informação importante, que eu não conhecia, e tem boa consistência. Obrigado.Como já disse, e até acabei por incluir num dos últimos posts, a alteração do sistema Terra-Lua poderia justificar um dilúvio.Essas informações vêm exactamente nesse sentido - talvez a Lua estivesse fora, ou muito mais longe, e uma perturbação por algum impacto fez uma aproximação perigosa, a ponto de ter levado a grandes marés, antes de estabilizar a órbita, onde ficou.No entanto, isso é bastante diferente de assumir que isso foi feito intencionalmente.
Paulo Cruz
É impossível vir um objecto,a Lua,com 1/4 da Terra em colisão e ser apanhada pelo seu campo gravitacional. Se isso fosse real,talvez,um planeta do tamanho de Júpiter é que tinha hipótese que isso acontecesse e se essa fosse mesmo uma probabilidade a qualquer objecto teria de circular numa forma elíptica e não circular.
da Maia
A Lua pode ter estado na cintura de asteróides, e como corpo demasiado grande (3.5 vezes maior que Ceres), ter atraído alguma colisão com outro asteróide, de forma que se afastou progressivamente da cintura, tendo-se aproximado primeiro da órbita de Marte, e depois da órbita da Terra.É muito natural que Febos e Deimos tenham sido capturados por Marte como resultado do corpo que embateu na Lua, ou de outros asteróides.No caso da Terra, isso teria levado à captura da Lua... mas não em rota de colisão. 
A Lua simplesmente continuava a orbitar o Sol - resultante da velocidade intrínseca dos asteróides na translação ao Sol (entre 3 e 6 anos), mas iria começar a encurtar a órbita dirigindo-se ano após ano cada vez mais próximo do Sol, devido à velocidade de impacto que lhe alterou a direcção.Ao fim de umas centenas de anos, ou milénios, estaria a girar próximo da Terra, em paralelo, mas a velocidade diferente.
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