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No seu 100º aniversário, "A Grande Guerra Marciana" narra a história de acontecimentos catastróficos e horrores inimagináveis de 1913-17, quando a Humanidade teve de lutar contra uma invasão de selvagens alienígenas. Com fortes e detalhados paralelismos à Primeira Guerra Mundial, a Grande Guerra Marciana funde ficção científica com uma realidade factual histórica muito específica, para explorar as tragédias do mundo real e horror único da Primeira Guerra Mundial.
No seu 100º aniversário, "A Grande Guerra Marciana" narra a história de acontecimentos catastróficos e horrores inimagináveis de 1913-17, quando a Humanidade teve de lutar contra uma invasão de selvagens alienígenas. Com fortes e detalhados paralelismos à Primeira Guerra Mundial, a Grande Guerra Marciana funde ficção científica com uma realidade factual histórica muito específica, para explorar as tragédias do mundo real e horror único da Primeira Guerra Mundial.
Se déssemos crédito a alguns Authores, seriam os Portuguezes os que achassem esta nova Pedra Filosofal, do caminho às Índias pelo Norte da América(1), em que tanto trabalharam até nossos dias as Nações Marítimas da Europa (...)
(1) Referiremos (ainda que sem lhe dar credito) o que dizem dois modernos Escritores a respeito deste nosso pretendido descobrimento. He o primeiro o Duque de Almodovar em a Historia Politica de los Establecimentos Ultramarinos de las Naciones Europeas Tom. IV. pag. 584, onde conta que Lourenço Ferrer Maldonado, Hespanhol de origem, se embarcara em 1588 no Porto de Lisboa, em hum navio de que era Piloto João Martins, natural do Algarve; e dirigindo o seu rumo pelo Nordeste á Terra do Lavrador, passando o Estreito de Davis, desembocou pelos 75 gráos de Latitude em o Mar glacial: depois navegando ao Oeste quarta de Sudueste, se achou em o Estreito de Anian, que dista de Hespanha 1750 legoas, segundo a sua derrota, e desembocou no Mar do Sul pelos 60º. Na ida atravessou o Estreito em Fevereiro, e saiho da sua boca em Março, pelo que padeceo muitíssimo frio, e escuridade: vio grande quantidade de gelo em as margens, porém nunca achou o mar gelado. Na sua volta, que foi em Junho e Julho, teve sempre muito bom tempo, e desde que cortou o Circulo Artico em os 66° 30' até que o tornou a cortar no meio do Estreito de Lavrador , jamais lhe desappareceo o Sol do Orisonte, e sempre sentio bastante calma. O Author que dá esta noticia, diz que se conserva o Roteiro manuscrito donde ella foi extrahida, escrito mui circunstanciadamente, com as correspondentes relações das correntes, marés, e sondas, com as vistas das Costas da Ásia, e dos rumos, e Costas da America &c.
O segundo lugar he tirado de Debrosses na sua Historia da Navegação às Terras Austraes Tom. I, pag. 73. Tratando da passagem da Índia á Europa pelos mares do Norte:
« Não he fora de propósito (diz elle) accrescentar .... o contheudo n' huma Carta escrita a hum Ministro d' huma Corte, que tomava informações sobre hum semelhante facto. Os novos descobrimentos (diz a Carta) que eu fiz sobre a passagem á China pelo Norte da Europa , e de que me pedis a relação, vem a ser, de que hum navio chamado o Padre Eterno, commandado pelo Capitão David Melguer, Portuguez, partio do Japão a 14 de Março de 1660; e navegando ao longo da Costa da Tartaria, correo ao Norte até 84º de latitude; donde continuou a viajem entre Spitzeberg, e a velha Groenlândia, e passando pelo Oeste da Escossia e da Irlanda, chegou á Cidade do Porto; aonde hum Marinheiro do Havre de Grace diz ter visto haverá 28 annos este Navio o Padre Eterno, e o Capitão Melguer que morreo neste tempo, e cujo enterro o Marinheiro prezenceou. Já fiz escrever para Portugal a fim de obter, se for possível, o Jornal desta navegação. &c. »
Se déssemos crédito a alguns Authores, seriam os Portuguezes os que achassem esta nova Pedra Filosofal, do caminho às Índias pelo Norte da América(1), em que tanto trabalharam até nossos dias as Nações Marítimas da Europa (...)
(1) Referiremos (ainda que sem lhe dar credito) o que dizem dois modernos Escritores a respeito deste nosso pretendido descobrimento. He o primeiro o Duque de Almodovar em a Historia Politica de los Establecimentos Ultramarinos de las Naciones Europeas Tom. IV. pag. 584, onde conta que Lourenço Ferrer Maldonado, Hespanhol de origem, se embarcara em 1588 no Porto de Lisboa, em hum navio de que era Piloto João Martins, natural do Algarve; e dirigindo o seu rumo pelo Nordeste á Terra do Lavrador, passando o Estreito de Davis, desembocou pelos 75 gráos de Latitude em o Mar glacial: depois navegando ao Oeste quarta de Sudueste, se achou em o Estreito de Anian, que dista de Hespanha 1750 legoas, segundo a sua derrota, e desembocou no Mar do Sul pelos 60º. Na ida atravessou o Estreito em Fevereiro, e saiho da sua boca em Março, pelo que padeceo muitíssimo frio, e escuridade: vio grande quantidade de gelo em as margens, porém nunca achou o mar gelado. Na sua volta, que foi em Junho e Julho, teve sempre muito bom tempo, e desde que cortou o Circulo Artico em os 66° 30' até que o tornou a cortar no meio do Estreito de Lavrador , jamais lhe desappareceo o Sol do Orisonte, e sempre sentio bastante calma. O Author que dá esta noticia, diz que se conserva o Roteiro manuscrito donde ella foi extrahida, escrito mui circunstanciadamente, com as correspondentes relações das correntes, marés, e sondas, com as vistas das Costas da Ásia, e dos rumos, e Costas da America &c.
O segundo lugar he tirado de Debrosses na sua Historia da Navegação às Terras Austraes Tom. I, pag. 73. Tratando da passagem da Índia á Europa pelos mares do Norte:
« Não he fora de propósito (diz elle) accrescentar .... o contheudo n' huma Carta escrita a hum Ministro d' huma Corte, que tomava informações sobre hum semelhante facto. Os novos descobrimentos (diz a Carta) que eu fiz sobre a passagem á China pelo Norte da Europa , e de que me pedis a relação, vem a ser, de que hum navio chamado o Padre Eterno, commandado pelo Capitão David Melguer, Portuguez, partio do Japão a 14 de Março de 1660; e navegando ao longo da Costa da Tartaria, correo ao Norte até 84º de latitude; donde continuou a viajem entre Spitzeberg, e a velha Groenlândia, e passando pelo Oeste da Escossia e da Irlanda, chegou á Cidade do Porto; aonde hum Marinheiro do Havre de Grace diz ter visto haverá 28 annos este Navio o Padre Eterno, e o Capitão Melguer que morreo neste tempo, e cujo enterro o Marinheiro prezenceou. Já fiz escrever para Portugal a fim de obter, se for possível, o Jornal desta navegação. &c. »