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É por certo para lamentar, que não haja sido possível descobrir a chave para a inteligência dos hieróglifos, que acompanham estas exumações egípcias. Consta que os sábios do Egipto usavam de três métodos de comunicação, a epistolográfica ou vulgar; a hierática ou sagrada; e a hieroglífica ou misteriosa. Alguns antiquários nestes dois últimos séculos procuraram decifrar estes hieroglíficos, especialmente um literato francês, Champollion; mas depois de ter desperdiçado muitos anos em procurar desentranhar estes misticismos, morreu de enfado por não o poder conseguir. Outro francês pretendeu ultimamente ter encontrado uma chave para descobrir o sentido daqueles escritos por meio das iniciais de alguns nomes antigos da língua egípcia, porém é já certo que a sua descoberta reduz-se a algumas inscrições em que havia maior probabilidade de as decifrar, sendo em geral falhas de exactidão. A destruição da Biblioteca de Alexandria contribuiu sem dúvida para envolver nas trevas a literatura egípcia; e até os primeiros filósofos gregos e romanos, que viajaram naquele país, berço de todos os conhecimentos intelectuais, não nos comunicaram noticia alguma do estilo hieroglífico usado naquelas academias.
Algumas vezes pintavam sobre o peito um escaravelho, insecto que em suas ideias alegóricas significava regeneração; outras vezes um ídolo como símbolo da fé que o defunto havia professado.
É por certo para lamentar, que não haja sido possível descobrir a chave para a inteligência dos hieróglifos, que acompanham estas exumações egípcias. Consta que os sábios do Egipto usavam de três métodos de comunicação, a epistolográfica ou vulgar; a hierática ou sagrada; e a hieroglífica ou misteriosa. Alguns antiquários nestes dois últimos séculos procuraram decifrar estes hieroglíficos, especialmente um literato francês, Champollion; mas depois de ter desperdiçado muitos anos em procurar desentranhar estes misticismos, morreu de enfado por não o poder conseguir. Outro francês pretendeu ultimamente ter encontrado uma chave para descobrir o sentido daqueles escritos por meio das iniciais de alguns nomes antigos da língua egípcia, porém é já certo que a sua descoberta reduz-se a algumas inscrições em que havia maior probabilidade de as decifrar, sendo em geral falhas de exactidão. A destruição da Biblioteca de Alexandria contribuiu sem dúvida para envolver nas trevas a literatura egípcia; e até os primeiros filósofos gregos e romanos, que viajaram naquele país, berço de todos os conhecimentos intelectuais, não nos comunicaram noticia alguma do estilo hieroglífico usado naquelas academias.
Algumas vezes pintavam sobre o peito um escaravelho, insecto que em suas ideias alegóricas significava regeneração; outras vezes um ídolo como símbolo da fé que o defunto havia professado.