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Hoje, 600 anos decorridos sobre a conquista de Ceuta, apenas conheço uma comemoração oficial no nosso país (sessão evocativa com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras), e uma manifestação de natureza gastronómica, em Ceuta - ambas sem estar prevista a presença do venerando Chefe do Estado...Creio não serem necessários mais comentários.
Ceita - cidade de África, chamava-se Septa, quasi coisa cercada porque o mar "a tinge" de toda a parte, mas Volterrano diz que tomou aquele nome de dois nomes iguais, o Itinerário lhe chama "Septe Irmãos" porque tem "derredor" sete montes. Justiniano lhe chama Septa, os Mouros como quer que quebram a sua fala nos dentes lhe chamaram Ceuta, e nós agora Ceita. E na tomada desta Cepta diz o cronista que acham em escrito por Mouros mui sábios que Ceta em Arábico quer dizer começo de formosura, e que foi fundada por um neto de Noé.
Hoje, 600 anos decorridos sobre a conquista de Ceuta, apenas conheço uma comemoração oficial no nosso país (sessão evocativa com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras), e uma manifestação de natureza gastronómica, em Ceuta - ambas sem estar prevista a presença do venerando Chefe do Estado...Creio não serem necessários mais comentários.
Ceita - cidade de África, chamava-se Septa, quasi coisa cercada porque o mar "a tinge" de toda a parte, mas Volterrano diz que tomou aquele nome de dois nomes iguais, o Itinerário lhe chama "Septe Irmãos" porque tem "derredor" sete montes. Justiniano lhe chama Septa, os Mouros como quer que quebram a sua fala nos dentes lhe chamaram Ceuta, e nós agora Ceita. E na tomada desta Cepta diz o cronista que acham em escrito por Mouros mui sábios que Ceta em Arábico quer dizer começo de formosura, e que foi fundada por um neto de Noé.
D. Sebastião (rei de 1557 a 1578), sucessor de D. João III, considera, pelo contrário, o Palácio de Santos como uma das suas residências preferidas. Em 1576, o monarca escapou a uma violenta explosão dos armazéns de pólvora que se situavam nas margens do Tejo, do lado da actual Rua das Janelas Verdes. O sinistro danificou muitíssimo o Palácio. Em 1577, o Palácio de Santos é o teatro de uma cena histórica: o rei recebe a notificação do seu ministro contra a campanha, na África do Norte, que ele estava a preparar. A 25 de Junho de 1578, o rei D. Sebastião parte de Lisboa para Marrocos. Na véspera, assiste à Missa na Igreja de Santos-o-Velho e diz-se ter tomado a sua última refeição no Palácio, na mesa de mármore que se encontra no actual jardim. Esta cruzada contra os Mouros termina com a catástrofe de Alcácer Quibir (4 de Agosto) onde morre uma grande parte da nobreza portuguesa próxima do rei (um filho, Afonso, e dois netos de Jorge de Lancastre são mortos; um outro neto, Luís, é feito prisioneiro).
Depois desta perda, os Lancastre instalaram-se novamente no Palácio de Santos que se encontrava num estado lastimável, devido à explosão dos armazéns de pólvora e da sua ocupação pelo exército de Filipe I que veio, em 1580, afirmar as pretensões do seu monarca ao trono português, depois de extinta a dinastia de Aviz. Luís de Lancastre (1540-1613), regressado de Marrocos, depois de ter sido pago um grande resgate, compra o Palácio às Comendadeiras, mas esta aquisição foi contestada pelo poder real. Só em 1629, o seu filho, Francisco Luís (1580-1667), consegue finalmente comprar o Palácio definitivamente às Comendadeiras com a autorização real. O Palácio fica na posse dos Lancastre até 1909.
D. Sebastião (rei de 1557 a 1578), sucessor de D. João III, considera, pelo contrário, o Palácio de Santos como uma das suas residências preferidas. Em 1576, o monarca escapou a uma violenta explosão dos armazéns de pólvora que se situavam nas margens do Tejo, do lado da actual Rua das Janelas Verdes. O sinistro danificou muitíssimo o Palácio. Em 1577, o Palácio de Santos é o teatro de uma cena histórica: o rei recebe a notificação do seu ministro contra a campanha, na África do Norte, que ele estava a preparar. A 25 de Junho de 1578, o rei D. Sebastião parte de Lisboa para Marrocos. Na véspera, assiste à Missa na Igreja de Santos-o-Velho e diz-se ter tomado a sua última refeição no Palácio, na mesa de mármore que se encontra no actual jardim. Esta cruzada contra os Mouros termina com a catástrofe de Alcácer Quibir (4 de Agosto) onde morre uma grande parte da nobreza portuguesa próxima do rei (um filho, Afonso, e dois netos de Jorge de Lancastre são mortos; um outro neto, Luís, é feito prisioneiro).
Depois desta perda, os Lancastre instalaram-se novamente no Palácio de Santos que se encontrava num estado lastimável, devido à explosão dos armazéns de pólvora e da sua ocupação pelo exército de Filipe I que veio, em 1580, afirmar as pretensões do seu monarca ao trono português, depois de extinta a dinastia de Aviz. Luís de Lancastre (1540-1613), regressado de Marrocos, depois de ter sido pago um grande resgate, compra o Palácio às Comendadeiras, mas esta aquisição foi contestada pelo poder real. Só em 1629, o seu filho, Francisco Luís (1580-1667), consegue finalmente comprar o Palácio definitivamente às Comendadeiras com a autorização real. O Palácio fica na posse dos Lancastre até 1909.