Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
«Aos iniciados, diz M. Gillemain, se impunha uma grande proibição de convidarem alguém para entrar na iniciação. Quando um homem de qualquer ordem que fosse, ia pedir a iniciação, os Sacerdotes parecia concederem-lha com facilidade; mas ao mesmo tempo lhe mandavam escrever seu nome e sua petição, e lhe davam um iniciado para lhe indicar suas provas. Este tinha cuidado de se instruir dos costumes e da religião, da pátria, e da qualidade do Aspirante, e o prevenia que era absolutamente necessário, que o iniciado respondesse por si ou porque ele seria conhecido por este meio ou por um excesso de confiança.»
«O iniciado, diz ele, deve reflectir sobre sua existência; dar a si mesmo razão de suas intenções e de suas acções; estar sempre acautelado contra si mesmo, e trabalhar continuamente em se aperfeiçoar: ele deve lamentar os estúpidos, e procurar instruí-los; fugir dos maus, socorrer os desgraçados, contar entre as fraquezas humanas, o orgulho, o interesse, e a inveja: em qualquer classe que se ache colocado pelo nascimento ou fortuna, não deve julgar-se estabelecido nela, senão para ser útil, e fazer o bem da humanidade em geral; em fim, deve estudar a natureza, respeitar o que não pode profundar, e penetrar sua alma de verdades sublimes.»
«As leis dos Aspirantes, diz ele, exigiam que cada um escrevesse a moral, e o fim que se propunha fazer servir de base a todas as acções de sua vida; seu consentimento em cumprir com a maior exactidão todos os deveres, que lhe impusesse a iniciação; que em fim ele prestaria juramento na presença dos deuses e dos sacerdotes, de guardar um segredo inviolável sobre todos os mistérios, que lhe fossem revelados, ou que visse praticar. Preveniam-no que devia pensar com madureza em todos estes artigos, a fim de nada escrever contra os sentimentos e intenções de seu coração.»
«O Aspirante, continua o nosso Autor, era abandonado por algum tempo a suas próprias reflexões, depois conduziam-no a uma câmara escura, esclarecida por uma só lâmpada, que ficava detrás do Sanctuario e o deixavam nas mãos de seu condutor ou padrinho. (É assim que o padrinho conduz o Aprendiz Pedreiro-Livre a uma câmara escura iluminada pela fraca luz de uma lâmpada.) Este ultimo acompanhado de um sacerdote, chamado Hydrános, que fazia a função do irmão Terrível, perguntava ao Candidato, se de todas as provas porque tinha passado, lhe parecia alguma ridícula e supérflua; se estava bem decidido a receber a iniciação, e a respeitar até as mais pequenas circunstâncias dela.
Tendo o Aspirante respondido conforme ao que dele se exigia, o Hydrános o mandava denudar até à cintura; chegava-o a uma cuba cheia de água do mar, ou do Nilo, na qual tinham lançado sal, grãos de cevada, e folhas de louro; depois lhe ordenava que metesse as mãos na cuba, e lhe lançava água sobre a cabeça (como se observa na Maçonaria), dizendo: "possa esta água, símbolo da pureza, apagar tudo que pode ter manchado vossa carne, restituindo-vos vossa primeira candura e inocência, purificar vosso corpo, assim como a virtude deve purificar vossa alma". Acabadas estas palavras, o Candidato era revestido pelo Hydrános com uma roupa, ou alva de linho fino. »
«O dia da iniciação era chamado Regeneração nova; celebrava-se com festins. Apuleio se exprime assim: "eu tinha um vestido de linho fino com laivos brancos, azuis, de púrpura, e de escarlate; coroado de ramos de palmeira, me apresentaram ao povo para ser visto. Celebrou-se depois meu novo nascimento com um banquete solene". »
«Aos iniciados, diz M. Gillemain, se impunha uma grande proibição de convidarem alguém para entrar na iniciação. Quando um homem de qualquer ordem que fosse, ia pedir a iniciação, os Sacerdotes parecia concederem-lha com facilidade; mas ao mesmo tempo lhe mandavam escrever seu nome e sua petição, e lhe davam um iniciado para lhe indicar suas provas. Este tinha cuidado de se instruir dos costumes e da religião, da pátria, e da qualidade do Aspirante, e o prevenia que era absolutamente necessário, que o iniciado respondesse por si ou porque ele seria conhecido por este meio ou por um excesso de confiança.»
«O iniciado, diz ele, deve reflectir sobre sua existência; dar a si mesmo razão de suas intenções e de suas acções; estar sempre acautelado contra si mesmo, e trabalhar continuamente em se aperfeiçoar: ele deve lamentar os estúpidos, e procurar instruí-los; fugir dos maus, socorrer os desgraçados, contar entre as fraquezas humanas, o orgulho, o interesse, e a inveja: em qualquer classe que se ache colocado pelo nascimento ou fortuna, não deve julgar-se estabelecido nela, senão para ser útil, e fazer o bem da humanidade em geral; em fim, deve estudar a natureza, respeitar o que não pode profundar, e penetrar sua alma de verdades sublimes.»
«As leis dos Aspirantes, diz ele, exigiam que cada um escrevesse a moral, e o fim que se propunha fazer servir de base a todas as acções de sua vida; seu consentimento em cumprir com a maior exactidão todos os deveres, que lhe impusesse a iniciação; que em fim ele prestaria juramento na presença dos deuses e dos sacerdotes, de guardar um segredo inviolável sobre todos os mistérios, que lhe fossem revelados, ou que visse praticar. Preveniam-no que devia pensar com madureza em todos estes artigos, a fim de nada escrever contra os sentimentos e intenções de seu coração.»
«O Aspirante, continua o nosso Autor, era abandonado por algum tempo a suas próprias reflexões, depois conduziam-no a uma câmara escura, esclarecida por uma só lâmpada, que ficava detrás do Sanctuario e o deixavam nas mãos de seu condutor ou padrinho. (É assim que o padrinho conduz o Aprendiz Pedreiro-Livre a uma câmara escura iluminada pela fraca luz de uma lâmpada.) Este ultimo acompanhado de um sacerdote, chamado Hydrános, que fazia a função do irmão Terrível, perguntava ao Candidato, se de todas as provas porque tinha passado, lhe parecia alguma ridícula e supérflua; se estava bem decidido a receber a iniciação, e a respeitar até as mais pequenas circunstâncias dela.
Tendo o Aspirante respondido conforme ao que dele se exigia, o Hydrános o mandava denudar até à cintura; chegava-o a uma cuba cheia de água do mar, ou do Nilo, na qual tinham lançado sal, grãos de cevada, e folhas de louro; depois lhe ordenava que metesse as mãos na cuba, e lhe lançava água sobre a cabeça (como se observa na Maçonaria), dizendo: "possa esta água, símbolo da pureza, apagar tudo que pode ter manchado vossa carne, restituindo-vos vossa primeira candura e inocência, purificar vosso corpo, assim como a virtude deve purificar vossa alma". Acabadas estas palavras, o Candidato era revestido pelo Hydrános com uma roupa, ou alva de linho fino. »
«O dia da iniciação era chamado Regeneração nova; celebrava-se com festins. Apuleio se exprime assim: "eu tinha um vestido de linho fino com laivos brancos, azuis, de púrpura, e de escarlate; coroado de ramos de palmeira, me apresentaram ao povo para ser visto. Celebrou-se depois meu novo nascimento com um banquete solene". »