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Na sequência do comentário feito por José Manuel, acerca da possível descoberta de pirâmides internas à pirâmide maia em Chichen Itzá, conforme notícia do Observador, ou ainda The Telegraph, fazemos uma pequena observação sobre uma possível forma de construção.

Imagem em The Telegraph

Neste caso, há já uma, e agora talvez duas, estruturas internas, que indiciam o método de construção mais simples - ou seja, ir aumentando o tamanho da pirâmide, a partir de pirâmides mais pequenas (foi sinalizado que a mais pequena poderia nem ter a mesma orientação das maiores, reportando-se assim a uma orientação solar diferente - o que se poderá justificar num espaço de meio milénio... ou mais). 

Não sou da opinião que as pirâmides sejam estruturas complicadas de realizar, e já dei aqui o exemplo da Pirâmide de Austerlitz, feita em menos de um mês, para entreter as tropas do general francês Marmont em 1804 (sem pedir nenhum auxílio a extra-terrestres, que se saiba...). Não tivesse sido chamado por Napoleão para novas frentes de batalha (nomeadamente em Austerlitz), e passado um ano teria esta pirâmide talvez chegado a rivalizar com a grande pirâmide de Quéops...
Pirâmide de Austerlitz (1804, Holanda) foi feita num mês e tem dimensões semelhantes à de Miquerinos em Gizé

No entanto, ao contrário da pirâmide de Miquerinos ou Quéfren,
 
As pirâmides de Miquerinos ou Quéfren não têm câmaras no seu interior.

... a pirâmide de Queóps (ou Khufu) tem uma particularidade mais complexa que são câmaras e túneis no interior da pirâmide:
 
Imagem em desenho antigo (Ch. Piazzi Smyth, 1877) e esquema à escala

Ora, aparentemente podem revelar-se algumas dificuldades em realizar os túneis e as câmaras, com enormes pedras a suportar a estrutura, adicionando pequenos túneis de ventilação... mas se repararmos no percurso dos túneis podemos ter uma ideia de qual poderá ter sido uma técnica usada para a construção da pirâmide, de forma a considerar estes túneis e as câmaras interiores.

Para esse efeito, basta considerar um desenvolvimento em 4 fases, que passo a explicar.
Possível esquema de construção da pirâmide de Quéops em fases: (1) a (4).

A ideia não é muito diferente da que vemos no caso da construção por fases de Chichen Itza, mas teria uns detalhes menos simples.
(1) Numa primeira fase (vermelho), é feita uma base piramidal (com menos de 40 metros de altura), onde será colocada a chamada "câmara da rainha".
Seguindo a parede vemos que servirá de base ao túnel que leva à "câmara do rei".
(2) Mas para consolidar a "câmara da rainha" são elevadas "pirâmides" laterais, na direcção dos primeiros túneis de ventilação. Assim é possível colocar as pedras no topo dessa câmara, e enche-se de pedras até ao patamar da "câmara do rei".
(3) As pirâmides laterais sobem um pouco, até atingir esse patamar, onde vai ficar a câmara do rei/faraó. De novo enche-se de pedras, permitindo sustentar as grandes pedras que são aí colocadas, com o apoio lateral.
(4) Finalmente com esses aspectos consolidados, pode erguer-se ao centro a parte restante da estrutura.

Ou seja, a construção por fases, permitiria usar a escada da parede da pirâmide anterior, fazendo a base do túnel, e a sustentação lateral permitiria erguer o restante, sem perigo de colapso. O peso final seria assente entretanto na construção anterior das partes laterais (note-se que na imagem vemos apenas um corte, mas seria assim feito também na outra direcção).

Já agora, deixo também aqui um processo simplificado para erguer dolméns sem exigir que as pedras fossem elevadas no ar com técnicas de levitação ou auxílio de ET's.

(1) Numa primeira fase usam-se pequenos buracos no solo, acrescentando lateralmente terra ou areia (a amarelo), para que as pedras ficassem quase logo em posição vertical ao cair.
(2) Numa segunda fase, colocava-se ainda mais terra ou areia, a um nível superior do megalito mais alto, já erguido. Depois de empurrar e ficar assente nos outros dois já erguidos, bastava remover a terra ou areia, usada no processo. Por exemplo, usando água...

Este esquema simples evitaria técnicas complicadíssimas de erguer em esforço os megalitos, até com risco de colapso. Uma vez removida a terra é como se nunca lá estivesse estado...

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:20

Na sequência do comentário feito por José Manuel, acerca da possível descoberta de pirâmides internas à pirâmide maia em Chichen Itzá, conforme notícia do Observador, ou ainda The Telegraph, fazemos uma pequena observação sobre uma possível forma de construção.

Imagem em The Telegraph

Neste caso, há já uma, e agora talvez duas, estruturas internas, que indiciam o método de construção mais simples - ou seja, ir aumentando o tamanho da pirâmide, a partir de pirâmides mais pequenas (foi sinalizado que a mais pequena poderia nem ter a mesma orientação das maiores, reportando-se assim a uma orientação solar diferente - o que se poderá justificar num espaço de meio milénio... ou mais). 

Não sou da opinião que as pirâmides sejam estruturas complicadas de realizar, e já dei aqui o exemplo da Pirâmide de Austerlitz, feita em menos de um mês, para entreter as tropas do general francês Marmont em 1804 (sem pedir nenhum auxílio a extra-terrestres, que se saiba...). Não tivesse sido chamado por Napoleão para novas frentes de batalha (nomeadamente em Austerlitz), e passado um ano teria esta pirâmide talvez chegado a rivalizar com a grande pirâmide de Quéops...
Pirâmide de Austerlitz (1804, Holanda) foi feita num mês e tem dimensões semelhantes à de Miquerinos em Gizé

No entanto, ao contrário da pirâmide de Miquerinos ou Quéfren,
 
As pirâmides de Miquerinos ou Quéfren não têm câmaras no seu interior.

... a pirâmide de Queóps (ou Khufu) tem uma particularidade mais complexa que são câmaras e túneis no interior da pirâmide:
 
Imagem em desenho antigo (Ch. Piazzi Smyth, 1877) e esquema à escala

Ora, aparentemente podem revelar-se algumas dificuldades em realizar os túneis e as câmaras, com enormes pedras a suportar a estrutura, adicionando pequenos túneis de ventilação... mas se repararmos no percurso dos túneis podemos ter uma ideia de qual poderá ter sido uma técnica usada para a construção da pirâmide, de forma a considerar estes túneis e as câmaras interiores.

Para esse efeito, basta considerar um desenvolvimento em 4 fases, que passo a explicar.
Possível esquema de construção da pirâmide de Quéops em fases: (1) a (4).

A ideia não é muito diferente da que vemos no caso da construção por fases de Chichen Itza, mas teria uns detalhes menos simples.
(1) Numa primeira fase (vermelho), é feita uma base piramidal (com menos de 40 metros de altura), onde será colocada a chamada "câmara da rainha".
Seguindo a parede vemos que servirá de base ao túnel que leva à "câmara do rei".
(2) Mas para consolidar a "câmara da rainha" são elevadas "pirâmides" laterais, na direcção dos primeiros túneis de ventilação. Assim é possível colocar as pedras no topo dessa câmara, e enche-se de pedras até ao patamar da "câmara do rei".
(3) As pirâmides laterais sobem um pouco, até atingir esse patamar, onde vai ficar a câmara do rei/faraó. De novo enche-se de pedras, permitindo sustentar as grandes pedras que são aí colocadas, com o apoio lateral.
(4) Finalmente com esses aspectos consolidados, pode erguer-se ao centro a parte restante da estrutura.

Ou seja, a construção por fases, permitiria usar a escada da parede da pirâmide anterior, fazendo a base do túnel, e a sustentação lateral permitiria erguer o restante, sem perigo de colapso. O peso final seria assente entretanto na construção anterior das partes laterais (note-se que na imagem vemos apenas um corte, mas seria assim feito também na outra direcção).

Já agora, deixo também aqui um processo simplificado para erguer dolméns sem exigir que as pedras fossem elevadas no ar com técnicas de levitação ou auxílio de ET's.

(1) Numa primeira fase usam-se pequenos buracos no solo, acrescentando lateralmente terra ou areia (a amarelo), para que as pedras ficassem quase logo em posição vertical ao cair.
(2) Numa segunda fase, colocava-se ainda mais terra ou areia, a um nível superior do megalito mais alto, já erguido. Depois de empurrar e ficar assente nos outros dois já erguidos, bastava remover a terra ou areia, usada no processo. Por exemplo, usando água...

Este esquema simples evitaria técnicas complicadíssimas de erguer em esforço os megalitos, até com risco de colapso. Uma vez removida a terra é como se nunca lá estivesse estado...

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