Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Disse há pouco tempo, num comentário, que a linguagem servia para a compreensão e entendimento humano, e não para o contrário.
- No entanto, como conjugamos isso com todo o desentendimento que se propaga por sua via?
... e falamos de conflitos, que muitas vezes passam de guerras de palavras a guerras efectivas!

Surge este assunto a propósito de um texto que seria o 5º da série "Ré vista", e que não concluí.
Aliás, nunca mais escrevi nenhum texto para essa série, e esta foi só uma razão parcial para isso.

O propósito da série era rever, ou seja "re-ver", ver a ré, ver de novo o que tinha ficado escrito atrás.
O último texto tinha sido o Ré vista (4) escrito no mês anterior, onde tinha ficado no 19º tópico aqui publicado em 2010 (... e ainda bem que não prossegui porque já está a chegar aos 500 textos)!

Bom, e conforme é fácil ler no que se segue, ao rever o 20º texto, um comentário de Maria da Fonte, fez-me coincidir referências a "Cruz", com a notícia da morte de Paulo Cruz, alguém que aqui comentara extensivamente.
Essa coincidência fez-me parar, e ali parei a série "Ré vista".

Também se pode notar que o texto se inicia com uma referência ao ex-primeiro ministro que acabara então de ser detido e constituído arguido... mas esse é um detalhe insignificante.

Coloco aqui ainda outro texto, que não tinha título, e ficou igualmente pendurado nessa altura. Seria o início de uma abordagem genérica a "muros e barreiras", numa perspectiva meio ética e filosófica. Não me lembro se na altura já se falava dos muros que a Hungria veio a construir em 2015, para evitar o acesso dos refugiados. Mas não era nada de novo... a imperial Espanha há muito que os erguera para proteger os seus dois resquícios africanos, e assim não se sentir humilhada pela posse de Gibraltar, pela imperial Inglaterra.

___________________  26 de Novembro de 2014  ________________

Dado o assunto do momento, o título apropriado por esta altura seria mais do género "Réu visto" e não tanto o feminino "Ré vista". Porém aqui a ré é da rectaguarda, no sentido da ré que te aguarda, ou da ré que te a guarda.

(020) West fall é capaz de ser o primeiro dos textos "complicados". Porquê? 
Para perceber isso, veja-se o comentário da Maria da Fonte que ali está:
E se a Cruz tiver outro significado?
Se for o símbolo de uma Herança Ancestral.
Nefer, era representado com um Coração estilizado em coração de cordeiro, cravado numa Cruz, colocado sobre a Traqueia.
Se a Cruz for o símbolo da Voz, do som das ideias? (...)
O significado que tinha na altura fica agora diferente, depois da passagem tempestiva do Paulo Cruz por este blog. Repito que as coincidências são o que são, estamos educados para não lhes dar importância, mas por vezes elas aparecem, desafiantes.


___________________  10 de Novembro de 2014  ________________

Um muro evidente em Melilla (foto de J. Palaizon)

A postura local leva rapidamente a um erguer de muro.
O muro protege o adquirido, mas não deixa de ser um simples muro.
O muro pode ser físico, herança de um arremesso hispânico à costa marroquina, onde o Duque de Medina-Sidónia quis imitar os portugueses na Seta africana.
Porém Melilla não era Ceuta, e por isso esta Seta era a verdadeira Cepta.

Barreira
Qualquer barreira entre corpos, ou é indetectável, e a sua existência é desconhecida, ou é detectada, e a sua existência é questionada.
- Há a ilusão habitual de que o questionar barreiras arbitrárias pode ser evitado.
- Não pode.

A perspectiva local é intrinsecamente ignorante do contexto global. É uma visão exacerbada do "eu" que, ainda que preze o "tu", despreza o "ele". Respeita os segundos, para definir terceiros.

Só que esta visão de grandeza é tão pequenina, tão pequenina, que mete dó... porque os terceiros são sempre a parte monstruosamente maior, aliada de todo o caos universal.

A redução, ou controlo, dos efeitos caóticos é um rotundo nada, porque ou seca a fonte caótica, e congela toda a inspiração, ou a deixa solta, e nesse caso é incapaz de controlar o caos.
É algo triste ver a mediocridade reinante, tão presa à visão pequena do seu enorme umbigo.

Definida uma barreira, a questão universal inevitável é - quem fica de um lado e quem fica do outro?
A arbitrariedade da escolha é a arbitrariedade da barreira, e carece de fundamento.
Não há herança, só há errança, num acaso e espasmo temporal.
A existência de semelhantes, invoca um princípio de reflexão inevitável:
- Colocados uns no lugar de outros, o que fariam esses de diferente face a estes?
Fariam pior... sim, talvez o mesmo.

A lógica que preside à construção da barreira actua com a mesma arbitrariedade na sua destruição.

Interessa avaliar a sua estrutura moral, ou seja, até que ponto resiste à tensão dos desequilíbrios que traz consigo. Trata-se de uma simples questão física, onde a temperatura financeira aparece quase em razão inversa da temperatura climática. Os pontos mais quentes estão localizados nos centros financeiros, e os pontos gélidos estão dispersos pela restante parte subdesenvolvida.
Assim, a termodinâmica financeira, acentuadas as diferenças, exerce um fluxo natural dificilmente separável por um simples muro.
___________________________________

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 20:37


Alojamento principal

alvor-silves.blogspot.com

calendário

Fevereiro 2018

D S T Q Q S S
123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728



Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D