Muitas pessoas sentem que têm queda... mas falta-lhes sítio onde cair.
O relato oposto é o dos que levaram milhares ou milhões consigo, na queda.
Há quatro figuras razoavelmente emblemáticas do processo de rápida ascensão e queda:
- duas antigas, Alexandre e César, e duas modernas, Napoleão e Hitler.
É uma situação que se tende a repetir indefinidamente, e por isso merece alguma reflexão.
Episódios com fotos e filmes únicos da ascensão de Hitler.
Todos temos uma opinião crítica sobre o que está mal, não deveria acontecer ou poderia ser feito melhor. Na maioria dos indivíduos isto não chega ao ponto de pensar que podem ser eles a iniciar ou a protagonizar um movimento de mudança. Mas quando isso acontece, são ainda menos os que conseguem arranjar um número considerável de seguidores, capazes de os seguir no seu rumo.
As pessoas apenas se dão ao trabalho de seguir movimentos numa perspectiva egocêntrica, ou seja, pensando que esse movimento os levará a uma posição melhor. Como é óbvio, quem está bem não vê grande motivo em mudar, e só se mexe se sentir que a mudança traz algo de bom para si ou para a sua comunidade. Estes movimentos têm génese complicada ou mesmo improvável se a situação social é favorável, e uma génese facilitada em alturas de grandes conturbações sociais.
A ascensão de Hitler é um caso notável.
Poderíamos pensar que foi colocado no poder por interesses industriais alemães, e foi... mas não teria sido ele, um soldado e pintor com pouco sucesso, a escolha natural desses mesmos industriais.
São muitos os casos de empresas alemãs que participaram e beneficiaram dessa projecção hitleriana, passando depois a respeitáveis empresas no mercado internacional.
Alguns casos são mais ou menos conhecidos, como a
IG Farben,
AEG,
VW,
Porsche,
Mercedes-Benz,
BASF,
Siemens,
Thyssen,
Bosch,
Bayer AG, etc... os casos são tantos que seria mais fácil excluir as empresas alemãs que não estiveram envolvidas no projecto nazi. Deixo aqui um, que me surpreendeu, porque não tinha a
Hugo Boss associada ao fabrico do fardamento das SS:
Hugo Boss: a moda em 1932, e 80 anos depois, em 2012. (img) Que se refira sempre o assunto da 2ª Guerra Mundial com um grande drama sobre os crimes nazis, é uma coisa... que todas as empresas que sobreviveram ao regime, continuem a ostentar a mesma marca, e por vezes métodos semelhantes, pois isso é outra história, que não é conveniente misturar.
É nesse sentido que este caso, como tantos outros casos, foram engarrafados... ao estilo
Boss Bottled é claro -
success without integrity means nothing.