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«Esta relação dos lados e dos ângulos de um triângulo não foi suficientemente considerada por Nicolau Copérnico de Torun, o qual estava sobretudo interessado em, com o método, tabelas, e demonstrações de Ptolomeu, trazer de novo à luz a antiga e quase esquecida astronomia de Aristarco de Samos acerca do movimento da Terra e da imobilidade do Sol e da oitava esfera, tal como é referido por Arquimedes no seu livro "De arena numero".» (in Gazeta de Matemática nº143, 2002).
Treslado de um livro que foi de João de Lisboa piloto que fala &(de) todas as coisas e partes que a ter provimento são descobertas e doutras que não o são como adiante longamente vai Assento. E este livro se chama sumário e repartidor das terras e províncias que são sabidas assim de Espanha como de França como de Alemanha como d'alevante e de Constantinopla e da terra de Jerusalém e da terra da Promissão e daí para a Costa. Da Guiné e Índia e do Brasil.
Na parte da mitologia que falta contar, em Gaia, há uma estrutura suporte, que detém a ordem, uma visão, metade do sistema... a outra metade é externa, será filha do caos, do exterior, e terá a outra visão. Nessa mitologia de contornos fisiológicos, mas que é uma figuração de ideias, a estrutura ovular é preservada, pois é dela que sairá o ovo. É claro que se não houver ovo, entramos numa figuração diluviana.Curiosamente, até porque já não dou relevo às coincidências, como antes, mas gosto de as assinalar, não me lembrava minimamente de ter escrito isto:
O cone tem figurações que escapam à pirâmide quadrangular, justamente porque a base não é de raiz quadrangular... tem como génese a "quadratura do círculo", ou se quisermos, a "circulatura do quadrado", e o seu nome é Pi, e "ainda não tem vida". Pi está no nome "pirâmide", mas não na sua estrutura... aliás o prefixo "pi", podemos encontrá-lo em "pico", "pilar", e mais não "falo".O nome "Circulatura do Quadrado", foi estreado hoje na TVI, programa que antes estava na SIC e se chamava "Quadratura do Círculo". É uma coincidência mínima o nome ser o mesmo. É uma coincidência máxima ter decidido escrever este postal hoje, e ter encontrado isto. Aliás ainda vou ver o PDF que guardei, porque não tinha ideia nenhuma de ter usado este mesmo nome.
O epílogo com uma nova forma de vida, posso entendê-lo, no sentido do "ovo de colon", quando colocado em Ganimedes... funcionando como o resultado final do projecto de gestação social, numa visão primeva de alguém a quem foi suprimida a possibilidade de outra descendência.Ora, essa influência de eunucos teria sido passada para o catolicismo, enquanto abstinência voluntária, e finalmente chegamos ao postal de 11 de Fevereiro. Quando terminei "Abraçadabra", lembro-me de ter pensado "... depois de escrever isto, as coisas não podem ficar na mesma".
Ad est regio solis ardore incognita nobis et inhabitabilis antipodes habitare ibidi cuntª homines pedem latum habentes de quo pede umbra sibi ad calorem adhibetur
Há dias estava eu a dar uma olhada no manuscrito do Beatus Apocaliptico de Lorvão, que se pode consultar no arquivo digital da torre do tompo com o seguinte link:Quando me lembrei deste post, pois como lhe disse em tempos, não acredito em coincidências.Assim segue algumas "curiosidades" que detectei e que me levaram a ligar este post com o Manuscrito.1. Para além de estar ligado à Ordem de Cister, tal como outros manuscritos copiados dos apontamentos pelo Biato de Liébana sobre o apocalipse, como de San Andrés del Arroyo. Este, o Português, foi escrito em latim, teoriza-se por "Monjas" (o que por si já denota a importância da figura feminina no seio do conhecimento na época medieval) da ordem de Cister.2. A autoria é atribuida, no site da torre do tombo, a EGEAS.3. Está atribuida uma data de 1189 ao manuscrito.4. O Apocalipse do Lorvão pertenceu ao mosteiro de São Mamede Lorvão, de onde foi trazido para a Torre do Tombo por Alexandre Herculano.5. Tal como o manuscrito de San Andrés, este manuscrito tem um mapa mundi, semelhante ao de Stº Isidoro.6. Tem "particularidade" de lhe faltar o verso da página 78, ou seja metade do mapa mundi.7. A metade que lhe falta, é exatamente a metade OESTE, a do Atlantico, e respectivas "ilhas" que no manuscrito de San Andrés ladeiam a margem exterior do mapa.8. O catálogo da Torre do Tombo (https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4381091) não menciona a falta dessa página.9. Enquanto o mapa do Beatus de San Andrés contem um mapa iluminado muito figurativo, a metade do mapa no Beatus do Lorvão é mais simplista e aparentemente mais geograficamente correto.Especulação:Ora se Pero Vaz Bisagudo tinha um mapamundi, "mapamundi antigo", teria de ser copiado de algo.Não seria certamente o mapa de Andrea Bianco, aliás, o de Andrea Bianco também teria de se basear em algo. Como consequência surgem mais uma vez as explorações Portuguesas ao longo da costa africana, como fontes para o Mapa de Bianco. A ligação entre Bianco e Bisagudo aparenta fazer sentido tendo em conta a viagem de 20 Caravelas que Bisagudo levou ao Reino do Benim com um forte "em peças" para montar (já escrevi noutro post aqui no seu blog, sobre a caravela que da Gama levou numa Nau e que montou na Ilha de Moçambique). Podemos suspeitar que Bisagudo contactou Bianco e lhe forneceu informações sobre a costa africana e as explorações para Bianco colocar no seu mapa?? Não me parece.Especulo então que, à falta de outro mapa passível de ser uma fonte fidedigna existente em Portugal à época, pela semelhança com os codexes (beatus), pela semelhança e próximidade de datação entre o mapamundi de Stº. Isidoro e o mapamundi no Beatus "Apocalipse" de Lorvão, a metade em falta teria uma grande probabilidade de ter sido o tal mapa que Bisagudo detinha com a localização do "Brasil".