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Corona spinea

28.03.20
Momentos na antecâmara:

A coroa de espinhos (corona spinea) - e o bispo de branco fala da vazia Roma (urbi) ao Mundo (orbi). [Reuters] 

Nestas circunstâncias únicas é possível ver ocasiões singulares, como a ilustrada na imagem, em que o papa Francisco decide carregar o momento com grande sobriedade e simbolismo, num quadro estético adequado. Numa praça de São Pedro sem vivalma, apenas com o influente Guido Marini, a seu lado, o papa proferiu uma homilia e benção "urbi et orbi", às 18:00 de 27 de Março de 2020.
Colocado no seu assento central, colocou o acento central na imagem de ausência de salvação individual de uma embarcação conjunta em perigo. 

No centro de uma Itália desgastada com mais de 10 mil mortes associadas ao vírus, o maior número de vítimas registado, e conforme mandam as tradições e orientações antigas, o Papa virou-se na direcção do Sol Nascente, na direcção que pela orbe trouxe o vírus à urbe. Atrás de si, o Sol punha-se no horizonte, atrás de si, a imagem de Cristo crucificado, na coroa de espinhos.

Não deixará de ser curioso que quando a todos se pede que lavem as mãos, lavabo manus meas como terá dito Pilatos, a espinha da ameaça é um vírus corona, lembrando que corona spinea é justamente a coroa de espinhos... símbolo da coroa real que os romanos ofereceram à sua ameaça pela judiaria.
Certamente, uma coroa de sofrimento desnecessária, gratuita e arrogante...

Esta é a antecâmara. 
A câmara pode estar em preparação.
Com os cidadãos isolados, confinados aos seus abrigos, com uma ilusão comunicativa que pode ser substituída, ou até infectada por um vírus de espécie informática, só a trémula segurança dos meios de comunicação não traz maior desconforto. 
Esta é uma altura de predisposição para disposições arbitrárias. Como alguém fez notar, numa eleição sob efeito do corona-vírus, os mais desejosos de medidas duras, elegeriam o corona-vírus como único líder capaz.

O século XXI começou por eleger o terrorismo como principal foco de medo, durante quase duas décadas. Este corona-vírus pode estar a iniciar o que será uma década de medo face ao perigo de novas doenças virais. 
Se o terrorismo não foi suficientemente forte para assustar e confinar as pessoas, esta pandemia está a conseguir o impensável. Será fácil colocar cidadãos a apedrejar outros, pelo simples medo de serem infectados, como aconteceu em Cadiz. Em períodos em que o medo impera, e em que ordens draconianas são aceites sem pestanejar, com um pseudo-argumento científico, tudo está preparado para uma perfeita arbitrariedade. Com novas fronteiras impostas pelo medo de propagação, o turismo tem os seus dias contados, as viagens a destinos exóticos são possibilidades do passado, mas pior que isso, a dureza de posições, remetidas a fronteiras, pode impor um novo militarismo descontrolado... com óbvias vantagens para os produtores de armamento.

Relativamente a Portugal, as contas que apresentámos no postal anterior foram completamente confirmadas durante a semana, praticamente todos os dias (com erros de 1% a 5%), mantendo a previsão de que o pico deverá ocorrer no dia de Páscoa... no entanto, as estimativas da DGS são agora outras, dilatam para Maio, talvez porque seja mais interessante dilatar o período de detenção.
E é óbvio que chegados à Páscoa, com 20 ou 25 mil casos, 300 ou 400 mortos, os valores vão continuar a aumentar até Maio, mas esses aumentos serão pequenos e residuais, dependentes das deslocações na Páscoa e da capacidade de recuperação da doença.

A situação não se irá repor com a mesma velocidade que se impôs. As restrições foram colocadas de um momento para o outro, mas cada uma delas só será levantada se for lutado para que assim seja. 
Tanto pior é quando vemos o governo dirigindo-se confiante contra homólogos holandeses. Não conhecemos nem porta-aviões, nem novas indústrias aero-espaciais, para sustentar amuos e garganta ousada portuguesa, por isso uma explicação plausível é Costas quentes, enquanto ventríloquo de mão francesa.

Portanto, o que agora preocupa não é o vírus, é o que a desmedida irracionalidade humana poderá fazer usando este e os próximos vírus como pretexto... Podendo não ser nada, não me parece augurar nada de bom, pela lógica do "quanto pior melhor" que observámos ao longo dos séculos.

O aspecto positivo é que com a diminuição do tráfico o número de acidentes baixará, tal como a poluição e doenças associadas... assim se o corona-vírus levar bastantes também deixará outros tantos, ou talvez mais. Um lado será um eventual abaixamento do número de mortes, não sei é se depois poderemos chamar "vida" ao que faz antever confinamentos indeterminados, cada vez mais higienizados e securitários!

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publicado às 11:11

Como os romanos possuíam um elaborado sistema de abastecimento de água, o hábito da lavagem de mãos, que seria certamente refrescante na Judeia, era visto como um desperdício exótico por muito dos povos sujeitos aos romanos. O lavar das mãos de Pilatos, que isentava as suas mãos do sangue de Jesus, passou para a posterioridade com um significado pouco higiénico.

Chegarmos ao Séc. XXI com instruções de saúde que se resumem a um "lavar de mãos", parece remeter-nos aos tempos primitivos em que a peste assolava cidades, e a instrução de salvaguarda era manter as populações isoladas, praticando um afastamento higiénico.

Convém perguntar qual será a diferença entre as orientações das "entidades de saúde" e os conselhos das avós, quando éramos crianças. Rapidamente poderemos concluir que as nossas avós eram bastante menos mentirosas, atabalhoadas ou bobas. Só faltará às autoridades sugerirem colocar pimenta nos dedos, para não os levar à boca.

Se há uns meses alguém fizesse uma aposta de que conseguiria passear-se em Paris, Milão, Madrid, Roma, como se tratassem de cidades fantasma, certamente pensaria ganhar sem qualquer problema. 
E se alguém apostou o contrário, teria outra ideia na cabeça... 
Quando foi feito o filme Vanilla Sky, apenas com autorizações especiais conseguiram filmar em Nova Iorque com uma Times Square esvaziada, que é praticamente o cenário actual:

Imagens de Times Square vazia, com o recolher obrigatório (esq.). Imagens de Vanilla Sky (dir.).

O realizador poderia ter escolhido outro cenário, mas pensou que acordar numa Times Square deserta, sem vivalma, seria algo tão bizarro que o personagem teria que forçosamente perguntar-se se estava a vivenciar um sonho ou uma realidade.

O número de mortes anual em Portugal, na Itália (e em boa parte dos países) é de 1% da população por ano. Ou seja, no ano de 2019 morreram aproximadamente 100 mil pessoas em Portugal (à volta de 500 mil em Itália), pelas mais diferentes razões. 
Num mês, isto significa um número de mortes que ronda as 10 mil (50 mil em Itália).
A maioria dessas mortes será de pessoas acima dos 80 anos, por razões que podem ser apontadas, mas que antigamente, em tempos menos politicamente correctos, seria dito "morreu de velho", porque a partir dos 80/90 anos as células entram numa fragilidade persistente, e se não morre de uma doença, aparece outra, etc.

Nos EUA a percentagem de mortes anual é semelhante, e desse número 7% podem ser atribuídas a gripes e pneumonia, presumindo-se que algo semelhante ocorra em Portugal e Itália. 
Ou seja, está praticamente instituído que, por mês, e especialmente nos meses de inverno, os números podem chegar aos mil mortos em Portugal, e 5 mil em Itália. 
Ou seja, o número de 5 mil mortes em Itália, passado um mês, não será assim fora do comum, face aos problemas de gripes e pneumonias que normalmente ocorrem. Aliás, dado o envelhecimento da população, 99% dos mortos associados ao corona-vírus em Itália tinham outras doenças graves.

Todos os anos aparecem novas estirpes de vírus, e daí ter-se propagado o hábito de proceder a uma vacinação aos grupos etários mais velhos, mas isso não impede a sequência natural das coisas...
Parece ainda claro que foi lançado um novo corona-vírus, e que este bicho é mais perigoso que os anteriores, não tanto pela mortalidade, mas sim pela sua fácil capacidade de transmissão. 

Inicialmente julgou-se que seria possível passar esta fase da forma habitual... deixar a coisa transmitir-se e no final, contar os mortos. Provavelmente as contas não seriam muito diferentes, só que o procedimento habitual, que seria deixar o pessoal morrer naturalmente pelas complicações das pneumonias... foi dificultado pela monotorização do vírus, que tinha um nome, era identificável, e estava sob escrutínio da comunidade. Ainda há uma semana Inglaterra e Estados Unidos estavam convictos de deixar o vírus à vontade, mas foram forçados a ceder, pois seria evidente a saturação dos sistemas de saúde.

Entramos na fase da lavagem de Pilatos, em que os governos vão ser condenados a recuperar a economia, ao passo que os mercados financeiros vão lavar as mãos, para depois cobrarem a preço de ouro a encenação em curso de que a fabricação de euros e dólares tem suporte financeiro.

Entretanto, os cidadãos vão ficando numa prisão domiciliária ridícula, onde o simples passear é crime, e onde até parece que os carros são também transmissores de vírus... 
A vantagem do assunto é que a situação foi de tal forma exagerada que nem se dá espaço aos outros vírus para seguirem o seu caminho. Este distanciamento não bloqueia apenas o corona-vírus, vai bloquear toda a contaminação, e no final de contas, o que podemos ter a mais de mortes por um vírus, irá compensar o que temos a menos pelos outros... 

Com as habituais continhas de jerico, que prevêem um pico do vírus para 14 de Abril, ou seja aproximadamente 45 dias depois do início, podemos prever o seguinte:
Ou seja, que amanhã, 23 de Março haverá ~ 2010 casos, depois 2500, 3080, 3750, etc... chegando a aproximadamente 8 500 casos no final deste mês. Se o sistema aguentar, é natural que o governo não pense passar dos 25 mil casos, com umas 300 mortes associadas. 
Ao contrário do caso italiano, a curva portuguesa progride de forma bonitinha, previsível durante toda esta semana, podendo pensar-se até em manipulação de dados.

O que parece claro é que quando nos livrarmos do vírus, teremos que lidar com os outros agentes parasitas do sistema, e daqui até lá, convém que ponham açaimes nos hitlerzinhos de serviço, porque senão ainda haverá chatices menos higiénicas do que o simples lavar de mãos.

Ao cuidado da direcção da saúde, ficam recomendações de 1819 (Annaes das sciencias, das artes e das letras, Volumes 3-4, pág.134):
Provas da efficacia das fumigações acidas.
Pringle já em 1750 tinha conhecido a propriedade anti-contagiosa dos acidos mineraes, e em 1758 o Dr. Johnstone se serviu com grande vantagem dos vapores do acido muriatico, corrigindo o contagio de uma febre summamente maligna, que dois annos antes tinha reinado em Kidderminster. M. Guyton-Morveau, em 1773 , purificou em Dijon, por meio das fumigações de acido muriatico, a igreja de St. Estevão infectada por miasmas procedidos dos carneiros da igreja, e na qual se tinham em vão tentado as fumigações de vinagre, a detonação do nitro, os perfumes, etc. A mesma experiencia foi pouco depois repetida com a mesma felicidade nas prisões da mesma cidade: em 1780 a Academia das Sciencias de Paris, depois de ouvida huma commissão dos seus membros, deu uma plena approvação às fumigações de acido muriatico, porém apesar desta decisão, e de instrucções e admoestações inseridas em diversas obras e espalhadas com profusão, ficou tão util practica em esquecimento por espaço de doze annos, até que em 1792 se manifestou um contagio com grande violencia nos hospitaes militares do interior da França, custando a vida a muitos enfermeiros e medicos : as fumigações de acido muriatico puseram logo um termo á doença nos hospitais de St. Cyr, de Franciade e do Gros Caillou em Paris, e posteriormente nos dos departamentos de Saône e Loire e da Costa de Ouro. No lazareto de Marselha em 1804 se impediu a introducção da febre amarella, que então reinava em Cadiz, Malaga, e Liorne, apezar dos navios que destes portos chegavam diariamente. Mr. Desgenettes, primeiro medico dos exercitos, declarou em uma carta dirigida ao secretario da classe das sciencias physicas do Instituto de França, que depois que nas enfermarias do hospital militar de Parts se faziam as fumigações com o gaz acido muriatico oxygenado, tinham cessado de se pegar as febres contagiosas que os doentes alli traziam de fora, aos que já estavam no hospital e aos enfermeiros, como dantes acontecia. O mesmo experimentaram o D. Masuyer, professor de medecina na Faculdade de Strasburgo, e antigo medico dos exercitos, os Doctores Schall e Hessert, que no seu Tratado da Febre Miliar declarão a efficacia superior e incontestavel desta fumigação, e o D. Neurohr, medico de Bergzabern.
Bom, e é claro que estas recomendações são apenas dirigidas aos responsáveis pela DGS, actuais e anteriores, já que se espera, como habitual, uma maior inteligência da população em geral.

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publicado às 02:46

Em resposta-comentário, José Manuel Oliveira sinalizou um detalhe importante, relacionado com a existência de «fundos pandémicos»:
WALL STREET ESTÁ POR TRÁS DO ATRASO EM DECLARAR A EPIDEMIA DE CORONAVÍRUS UMA "PANDEMIA"?
(…) Em particular, a OMS determina se uma pandemia atende a critérios que canalizariam dinheiro dos investidores para o PFE, e não para seus próprios bolsos, o que ocorreria se nenhuma pandemia fosse informada no momento em que as obrigações expirassem - próximo Julho.
(…) Em 2017,o Banco Mundial emitiu US $ 425 milhões em títulos pandémicos e a venda de títulos estava com excesso de 200%, "os investidores estão ansiosos para pôr as mãos nos altos rendimentos oferecidos", informaram os relatórios. Os prémios que os portadores de títulos receberam até agora foram amplamente financiados pelos governos do Japão e da Alemanha, que também são os principais países que financiam a OMS, atrás dos Estados Unidos e Reino Unido. Segundo alguns relatos, a maioria dos detentores de títulos são empresas e indivíduos sediados na Europa.
Alguns analistas argumentaram que esses títulos de pandemia nunca foram destinados a ajudar os países de baixa renda atingidos pela pandemia, mas para enriquecer os investidores em Wall Street. Por exemplo, o previsor económico americano Martin Armstrong chamou essas obrigações de Pandemia do Banco Mundial.
 [tradução Google]

wikistrike.com (29.Fev.2020)

Corona-vírus visto em microscópio electrónico.

É sabido que desde a aliança Reagan-Thatcher (ou ainda, Wall Street - City), foi solto um monstro de especulação financeira, que tinha sido mais ou menos adormecido após o crash da bolsa em 1929. 
Se a pretensa "ida à Lua" em 69 já tinha sido um "must" em termos do delírio público, o facilitismo de Nixon e Kissinger nos acordos com os árabes da OPEP, e com chineses, permitiram a imposição do dólar como moeda-ouro, abriram a globalização, e deram fundos intermináveis para o outro delírio - a "guerra das estrelas", ridícula competição que virtualmente terá arruinado a economia da União Soviética.
Se o plano poderá ter sido estourar com o Bloco de Leste, o problema é que estando solto o monstro da especulação financeira, ninguém teve capacidade de voltar a limitar e regular as loucuras dos mercados financeiros... nem mesmo após o crash de 2008.

Chegamos assim a um Séc. XXI em que praticamente tudo é negociado em bolsa, até a simples temperatura atmosférica, com grandes implicações no "clima" dos mercados.
Não sabia, mas fiquei agora a saber, que as próprias pandemias eram negociadas em bolsa. Não interessa saber que tinham o honroso propósito de financiar países subdesenvolvidos, quando atingidos pela pandemia. Interessa saber que geravam rendimentos significativos que atraíam investidores para mais um "esquema pirâmide", um esquema Ponzi. 

Assim, o atraso na declaração de pandemia poderá ter servido para libertar investidores seleccionados dos activos tóxicos, perante o crescendo da epidemia. É essa a hipótese levantada no artigo citado pelo José Manuel.

No entanto, e numa altura em que haverá alimento para múltiplas teorias da conspiração, surgiu uma outra, relacionada com o projecto de identificação digital ID2020, que consiste em usar vacinas para uma identificação digital dos indivíduos. A partir deste pressuposto, surge uma teoria que basicamente junta tudo...

The Coronavirus COVID-19 Pandemic: The Real Danger is “Agenda ID2020”
We are moving towards a totalitarian state of the world. This is part of Agenda ID2020 – and these steps to be implemented now – prepared since long, including by the coronavirus computer simulation at Johns Hopkins in Baltimore on 18 October 2019, sponsored by the WEF and the Bill and Melinda Gates Foundation.
Bill Gates, one of the chief advocates of vaccinations for everybody, especially in Africa – is also a huge advocate of population reduction. Population reduction is among the goals of the elite within the WEF, the Rockefellers, Rothschilds, Morgens – and a few more. The objective: fewer people (a small elite) can live longer and better with the reduced and limited resources Mother Earth is generously offering.
This had openly been propagated already in the 1960s and 70s by Henry Kissinger, Foreign Secretary in de Nixon Administration, a co-engineer of the Vietnam war, and main responsible for the semi-clandestine bombing of Cambodia, a genocide of millions of unarmed Cambodian civilians. Along with the CIA-Kissinger engineered coup on 9/11, 1973, in Chile, killing the democratically elected Salvador Allende and putting the military dictator Pinochet in power, Kissinger has committed war crimes. Today, he is a spokesman (so to speak) for Rockefeller and their  “Bilderberger Society”.

Sem mais, não será útil acreditar nestas "teorias da conspiração", mas é ainda menos útil ignorá-las.
A "Agenda ID2020", ainda que pouco falada, estava aí, da mesma forma que as Pandemias estavam colocadas como activos em bolsa.  Haverá outras teorias, como a implantação do 5G e os possíveis perigos de usar comunicações em frequência mais alta... no entanto convém notar que a comunicação 5G usa ondas com comprimento de onda superior a 1 milímetro, enquanto a luz visível tem frequência muito superior, e um comprimento de onda quase da dimensão dos vírus. 
Aliás, o que é natural é que os vírus se dêem muito mal com frequências ultravioleta... e com a praia, mas isso também acontece com as células.

No balanço entre considerarmos este surto de corona-vírus como sendo um descuido natural, um descuido ou um plano humano maquiavélico, haverá que balançar os seguintes factores:
  • A OMS desvalorizou o surto, e não recomendou a interrupção de viagens para as zonas onde o surto irrompia, começando pela China, e continuando com a Itália.
  • Não houve nenhum controlo em aeroportos, procurando controlar pessoas que vinham das zonas infectadas. Isso só começou a acontecer em Março, e ainda não está em vigor com a urgência e diligência necessária.
  • A OMS, a UE, e de um modo geral, os diversos governos, deixaram acabar os stocks de máscaras, luvas, álcool, ou gel desinfectante... ao contrário do que aconteceu na Gripe A. Esses stocks ainda não foram repostos, apesar de se saber da sua falta há meses. Culpar um pânico inicial de cidadãos alarmados, é ridículo... seria uma excelente oportunidade de negócio. Dizer que as máscaras "fariam pior" e não protegiam do vírus, é o mesmo que dizer que os médicos e enfermeiros estariam dispensados de usá-las. 
  • As organizações nacionais de saúde, sujeitas da OMS, atrasaram os planos de protecção, e dir-se-iam dispostas a aceitar a sua propagação, como se fosse um normal vírus da gripe. Convém lembrar que o encerramento de instalações foi mais uma decisão política, pressionada por directores de faculdades e universidades, do que uma recomendação dessas organizações.
  • Não se devem ignorar os fait-divers, como seja a existência do Event 201 em Outubro de 2019, como sejam estes fundos de investimento Pandémicos, como seja esta Agenda ID2020.
  • Outro fait-divers é o Mercado de Wuhan, tido como origem do surto, estar apenas a 20 Km do Laboratório de Virologia P4 da China (Portugal só tem um laboratório P3 - o Instituto Ricardo Jorge, e a Espanha também não tem nenhum P4). Este laboratório tinha estado envolvido, meses antes, numa questiúncula de coronavírus que lhe teriam chegado do Canadá.
  • Da conjuntura económica que irá resultar deste surto, surge um colapso económico mas também grandes oportunidades financeiras - de comprar empresas por tuta-e-meia
  • Outra evidência que resultará do shut-down da actividade económica é que a maioria da actividade económica existente é completamente artificial e redundante. Ficará claro que apenas um número pequeno de empregos é verdadeiramente necessário, e de entre esses só uma parte ainda mais pequena necessita de ser realizado fora de casa.
  • Este será o primeiro teste de funcionamento de uma sociedade funcionando à distância, centrada em casa própria. Uma sociedade para o Séc. XXI com características medievais, nomeadamente na limitação do deslocamento físico, na ausência de propriedade real e na completa dependência de um funcionamento central para sobrevivência individual.
Pelo outro lado:
  • A interrupção de viagens para os países afectados poderia levar a mal-entendidos diplomáticos. A OMS já tinha lançado alertas alarmistas sem grande razão - caso da Gripe A.
  • O vírus seria entendido como uma mera gripe em 90% dos casos, e os casos restantes estariam dentro do que se aceitariam como baixas expectáveis devido a uma gripe "mais complicada".
  • Inevitavelmente, o mais natural é que toda a população esteja sujeita a ser infectada pelo vírus, pelo que as medidas de contenção são infrutíferas.
  • Só depois do colapso do sistema de saúde italiano, devido ao número de casos que exigia suporte respiratório, é que se percebeu que os restantes sistemas de saúde também iriam colapsar. Só então se tentou conter de forma séria a propagação, que estava descontrolada.
  • As coincidências são coincidências, e o que surgiu depois deve aparecer como consequência e não como causa.

Entre estas perspectivas não é preciso rejeitar umas e escolher outras.
Até que haja mais informação, têm ambas a devida possibilidade teórica.
Simplesmente, há já algumas coisas que são mais credíveis que outras...

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publicado às 05:59

Em comentário ao último postal, IRF sinalizou um evento que decorreu em 18 de Outubro de 2019, dois meses antes de ser sinalizado o primeiro caso da epidemia na China:

Event 201 - A Global Pandemic Exercise

Este EVENT 201 foi organizado pela Universidade Johns Hopkins de Baltimore.
Qual foi o tema do colóquio?

A propagação letal de um corona-vírus na população mundial... algo que ocorreria 2 meses depois, na China (e não no Brasil, como foi suposto neste vídeo):

Portanto, para quem gosta de acreditar em coincidências, tratou-se de mais uma coincidência.
Haverá quem diga que este tipo de exercícios de antecipação é considerado há muito tempo, e que a preocupação com pandemias é permanente.
Mas, curiosamente, também acertou no vírus escolhido, um novo corona-vírus, e numa taxa de mortalidade, à volta dos 5%.
No entanto, nunca tal exercício tinha sido promovido, incluindo ainda o aspecto financeiro, a que se juntava a participação do World Economic Forum, e a fundação de Bill Gates, alguém que há muito mostrava preocupação pelo assunto, mais do que a sofrera com os vírus informáticos.

Convém referir que a Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, é a escola de saúde pública de referência mundial, com foco em epidemias. O nome de Michael Bloomberg aparece devido a doações próximas de 3 biliões de dólares. Enfim, um pouco mais do que o meio bilião investido em vão na sua participação na corrida presidencial, iniciada surpreendentemente em Novembro de 2019 para terminar na Super-Tuesday de 3 de Março, com a derrota nas primárias democratas.

É claro que estes exercícios de antecipação são louváveis, e nada há contra a sua realização, e o facto de estarem próximos da realidade, significa que sinalizavam um problema real.
Tudo isso é assim simples e natural, mas não se deve esquecer que a coincidência existe.

Um artigo na revista Axios ilustra o episódio, e a sua coincidência.

Porquê "Evento 201"?
Bom, segundo os próprios, porque haveria uma média de 200 eventos epidémicos anualmente, com os quais conseguimos conviver... o problema estaria num novo evento, então chamado Evento 201.

Convém aqui lembrar um Evento 2001, não propriamente aquele que ceifou três mil vidas em Nova Iorque, mas antes disso... houve uma simulação de "guerra de germes" chamada Dark Winter.
Essa simulação foi feita em 15 de Maio de 2001, considerando uma guerra biológica levada a cabo por uma organização, então meio desconhecida, chamada Al Qaeda.
Segundo esse estudo, os terroristas atingiriam milhões de mortos antes da vacina ser encontrada.

Além disso, o foco não será o número 201, mas sim o 21.
Reforçando o que foi dito no postal anterior, a mudança para o Séc. XXI, ainda que não seja um invento, transforma-se no e-vento que sopra.

_____________________________________________
Nota adicional (11.03.2020)
Incluo aqui parte do comentário e links trazidos por IRF, a este propósito:

O surto do corona começou em Wuhan, província de Hubei, China.
Curiosamente, Wuhan era o local onde estava situado o único laboratório Chinês de segurança máxima (BSL-4?) que lidava exactamente com agentes biológicos, armas biológicas, e estirpes de corona vírus, bem como a mutação e engenharia genética de vírus deste tipo.

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publicado às 04:35

Cara ou corona?

10.03.20
Estando instalado um certo "estado de sítio" devido ao corona-vírus, convém lembrar algumas coisas.

1) Que este caso lembra uma das situações catastróficas previstas há muito. 
Enquanto bicho de tamanho médio, o Homem acaba por ser vítima impotente de fenómenos muito grandes ou muito pequenos. De entre os fenómenos apocalípticos, a possibilidade de colisão com um grande corpo celeste, foi um medo alimentado, e a possibilidade de propagação descontrolada de uma doença letal, vinda da mais pequena bactéria ou vírus, era outro dos medos clássicos.

2) Medo clássico, porque existe desde o tempo em que a Peste Negra dizimou milhões de almas na Europa (ou na Eurásia). Questiona-se, aliás, se uma predisposição para o Renascimento não terá resultado de uma Europa em crise de valores cristãos, após as mortes ocorridas entre 1347-51, altura em que ocorreu o pico do número de mortes.

Excerto do quadro de Pieter Bruegel (~ 1562) "o triunfo da morte".

A questão principal é que nas últimas décadas ocorreu uma mudança de comportamento social, que até aqui não tinha encontrado pretexto para se afirmar, para se implantar.
Com efeito, com a rápida implantação da internet e do telemóvel como meios cruciais de informação e de actividade social, não seria difícil de antever que a sociedade se foi preparando para um caso de isolamento, ao ponto de este não ser visto como uma pena temível.

Uma boa parte das interacções ocorre através dessas "redes sociais", chegando ao ponto de termos pessoas reunidas prescindindo de comunicar entre si, no espaço físico, porque estão mais interessadas na comunicação no espaço virtual. Uma boa parte dos trabalhos terciários pode ser feita isoladamente num ambiente ligado à internet, já que existe ainda esse acesso a lojas virtuais. Mas para além de supermercados ou livrarias virtuais, a própria alimentação, que já conhecia a pizza motorizada, recentemente alargou-se o espectro, com a chamada "uber eats".

Fez-se assim um mundo que estava praticamente pronto para um certo isolamento, não ao ponto de "surrogates", mas já com algum grau de independência da necessidade de deslocamento.
Seria possível passar da sociedade do Séc. XX, que inventou o turismo de massas, e apresentou o transporte pessoal como forma comum de deslocamento, para uma nova sociedade em que o deslocamento é desnecessário? 

Na prática, no final deste processo viral, ficará claro que as escolas podem ser substituídas por ensino à distância, que uma parte significativa da população poderá trabalhar em casa, que não é preciso que as pessoas se desloquem a centros comerciais, e que as compras podem ser trazidas até si, etc...

O que ficará claro é que numa situação de pandemia ainda mais perigosa, que se poderá colocar, seria melhor ter uma organização social mais localizada e menos alargada. O perigo de propagação não seria apenas de um qualquer vírus, mas tanto mais de uma qualquer ideia. Cidadãos mais circunscritos e limitados no seu raio de acção, são cidadãos cujas acções, mesmo descontroladas, podem ser contidas e tratadas no "foco da doença".

Ou seja, o que esta pandemia de gripe deixará claro é que o contacto cara a cara passará a acto perigoso face à mais saudável interacção no verso e reverso, coroa a coroa, com a distância assegurada pelos filtros sanitários adequados.

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publicado às 03:42


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