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Quando às vezes pensamos que exageramos nas conjecturas, há sempre quem nos faça ver como é possível ser mais ousado... O ilustre investigador Manuel Rosa, conhecido inicialmente por demonstrar a origem portuguesa de Colombo, ficou agora ainda mais conhecido por demonstrar a sua origem polaca:
Capa da Newsweek (Polaca) de Fevereiro 2011

Fica aqui a breve notícia, que não queríamos deixar de dar, já que só pode resultar certamente de uma aturada e notável investigação. O site Colombo Português não reflectirá agora o nome mais adequado para um Warnenczyka, mas é apenas uma opinião. 
Nos antípodas de tais profundidades, na melhor das nossas conjecturas poderíamos pensar num Colombo chinês, na rota da investigação de Menzies... ou ainda, confessamos a nossa hipótese preferida, um Colombo norte-americano, pensando que D. João II  teria afinal legado aos espanhóis um índio nativo.
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Em mais ligeiras deambulações, fomos encontrar um nome diferente: o princípe Wiasemsky... cujo registo na internet é quase nulo.
Porém, conseguimos encontrar dois recorte de jornal - um do Bay of Plenty Times (1894) e outro do Grey River Argus (1896), jornais da Nova Zelândia.

O conteúdo das notícias, que aqui colocamos serve apenas para mostrar o ponto seguinte.
(clicar para visualizar)

Trata-se de uma citação de Cândido Costa, de 1896:
Ultimamente o príncipe Wiasemsky, que já viajou a cavalo ao redor da Ásia, dirigindo-se ao Figaro, que se publica em Paris, fez ciente do seu novo empreendimento, que consiste em passar da Europa para a América pelo mesmo meio de locomoção. 
O ponto de partida será Paris, atravessará a Europa e a Sibéria em direcção ao estreito de Bering, que transporá por cima do gelo, dirigindo-se daí às duas Américas, de Alasca até à Patagónia. 
No estreito de Bering não será difícil a passagem, por isso que durante dois meses forma-se nele o gelo.
Ou seja, há pouco mais de 100 anos, o estreito de Bering era transitável pelo gelo, durante dois meses. Este facto é completamente omitido hoje em dia. 
Aliás, considera-se apenas como hipótese a possibilidade de deslocação entre a Ásia e a América, em tempos remotos, durante a glaciação. O objectivo de Wiasemsky era demonstrar a viabilidade dessa travessia, como disse Cândido Costa: "Essa tentativa é um arrojo do ousado itinerista, que vem comprovar a passagem que faziam em tempos imemoriais do estreito de Bering para a América".

Como já referimos, antes de Bering, era denominado Estreito de Anian. Provavelmente devido ao arrefecimento considerável da Terra nos séculos seguintes, ficou inviável a Passagem Noroeste. Talvez a percepção de Bering tenha sido esse congelamento e a ponte de gelo. 
Ou seja, é natural que Bering tenha descoberto a Passagem de Bering, e não o Estreito de Anian. 
Isso permitiu depois à Rússia atingir o Alasca, pela continuidade, que se revelou instável e levou à venda do território aos USA. Um jogo sobre a ponte, numa altura em que o bridge, ou Russian Whist, era inventado.


O registo que encontrei de Wiasemsky foram dois recortes de jornal, que comprovam a existência e versatilidade do explorador russo. 
O registo dessa ligação do Estreito de Bering há cem anos, desapareceu!... 
Não se trata de uma informação perdida há muitas centenas de anos, trata-se de um registo que certamente entusiasmaria os leitores de jornais de grande circulação, como o Figaro... e no entanto, as proezas de Wiasemsky ficaram enterradas na glaciação informativa do Séc. XX, com uma pequena ponta solta na Nova Zelândia e no livro de Cândido Costa.

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publicado às 22:12


4 comentários

De João a 26.02.2011 às 11:14

Manuel Rosa prova-nos, sem margem para qualquer dúvida em «COLOMBO PORTUGUÊS-NOVAS REVELAÇÕES» (Ésquilo, 2009) que a história de Colombo era totalmente inverosímil.
Ao longo do livro o autor desmonta a fábula do Cristóvão Colombo genovês, mostra-nos que o nome correcto seria Cristóvão Colon e que este era um pseudónimo para esconder a verdadeira identidade. Este homem era um agente duplo, ao serviço de D. João II.
É uma leitura fascinante repleto de reproduções de provas documentais e de análises genealógicas; trata-se de uma investigação histórica e não de um romance.

De Alvor-Silves a 26.02.2011 às 12:00

Caro João,

muitas coisas fizeram que considerasse a hipótese de Colombo ser português, e até irmão ou meio-irmão de D. Manuel.

É uma teoria que sempre fez algum sentido, mas que me parece irrelevante face a todo o contexto, que aqui tenho exposto e que começa aqui:
http://www.scribd.com/doc/27238170/o-Encoberto-o-Descoberto

Agora, parece que não deve ter visitado o site do Manuel Rosa:
http://colombo-o-novo.blogspot.com/

Acontece que toda essa investigação tende a valer zero se o próprio Manuel Rosa diz que afinal o Colombo era polaco.

O site dele passou a exibir a lista de jornais que fizeram essa revelação:
http://colombo-o-novo.blogspot.com/2010/12/colon-la-historia-nunca-contada.html

O que passa na imprensa e de que ele faz gala no site, é a hipótese polaca... nada mais!

Mas esse folclore de despiste, francamente, não me interessa!

Agradeço no entanto a sua atenção e interesse.
Cumprimentos!

De Carla a 02.04.2011 às 21:23

O que vem no livro de Manuel Rosa não é que Colombo era polaco mas sim que era português filho de um polaco. São duas coisas muito diferentes e parece que foram os jornais que criaram essa grande confusão.

De Anónimo a 07.04.2011 às 18:53

Não há confusão alguma, o filho de um Polaco não é Português, é Polaco. Pouco importa onde nasceu.
Pessoalmente, também considero detestável esse folclore, tanto mais que o Manuel Rosa, sabe muito bem quem foi Cristóvão Colombo.
Aliás chegados a este ponto, todos nós sabemos que Cristóvão Colombo, foi o Mestre da Ordem do Templo, ou de Cristo se preferir, escolhido para reunir o chamado Tesouro de Salomão.

Ou será que alguém ainda acredita que os Templários e o Vaticano, algum dia poriam os pés na América, se não fossem transportados pelos Portugueses?

O mal foi esse! Deveríamos era tê-los levado para o Pólo Norte, e tê-los lá deixado a arrefecer!

Ter-se-íam evitado muitas tragédias, incluíndo a actual.

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