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Em boa verdade, os portugueses começaram a descobrir «mares nunca dantes navegados» em 1434, quando Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador, precisamente (pura coincidência?) no ano seguinte ao fim das navegações chinesas do almirante Zeng He (1405-1433).Portanto, aquelas duas palavras com interrogação "(pura coincidência?)" são uma forma abreviada de sugerir algo semelhante... O Bojador teria sido um "cabo de trabalhos" com vista a libertar a parte ocidental de África da presença chinesa.
(...) Gunnar Thompson questiona porque atribuem a descoberta da América a Colombo se romanos e os portugueses já conheciam a Florida? Actualmente ele defende que os chineses também lá iam, eu digo TODA a gente lá ia e voltava, a peste e guerras reduziu substancialmente a população na Europa, portanto não havia interesse de se dar a conhecer territórios vastíssimos no Continente Americano, os mapas que se conheciam eram segredos de comércios, malagueta milho peru drogas metais etc. eram trazidas para as cortes europeias, e egípcias, isto está documentado, só não vê quem não quer.Ora, este propósito de evitar perda de população - ou pior, perda do controlo da população, era algo que sempre pareceu preocupar os poderes, desde o velho Senado de Cartago (conforme refere Aristóteles), até mesmo os chineses, conforme refere João de Barros.
Depois que estes Chijs começaram continuar a navegação destas ilhas, e gostaram deste seu cravo, da noz, e massa de Banda, à fama deste comércio acudiram também os Jáos e cessaram os Chijs. E segundo parece foi por razão de lei que os Reis de China puseram em todo seu Reino que nenhum natural seu navegasse fora dele: por importar mais a perda da gente e cousas que saíam dele, que quanto lhe vinha de fora: como já atrás escrevemos, falando das cousas da China e conquista que tiveram na Índia por razão das especiarias.É especialmente notável o papel que as pequenas 5 ilhas Molucas, juntamente com as minúsculas ilhas de Banda, tiveram no desenvolvimento comercial mundial. Não sei se é coisa maluca ou de ficar de cara à banda, mas o cravo e a noz-moscada ganharam estatuto de preciosidades superior a ouro... algo só com paralelo na Tulipomania!
Este vento Sul é tão impetuoso que colhendo algum navio daquela parte do Sul [de Timor], o faz soçobrar ou dar à costa, mas a natureza acudiu a este perigo com tal providência, que oito, ou nove dias antes da mudança do tempo começam a soar debaixo do mar, da parte donde há de ventar, uns roncos, que os naturais da terra e navegantes têm por certo avisoAcresce ainda que no seu livro (pág. 439) Pimentel diz que o melhor caminho para Timor seria, é claro, navegando directamente de África após o Cabo da Boa Esperança... indo encontrar rapidamente a Nova Holanda (Austrália), e até mais rapidamente do que indicavam as cartas ("por força das correntes").
Em boa verdade, os portugueses começaram a descobrir «mares nunca dantes navegados» em 1434, quando Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador, precisamente (pura coincidência?) no ano seguinte ao fim das navegações chinesas do almirante Zeng He (1405-1433).Portanto, aquelas duas palavras com interrogação "(pura coincidência?)" são uma forma abreviada de sugerir algo semelhante... O Bojador teria sido um "cabo de trabalhos" com vista a libertar a parte ocidental de África da presença chinesa.
(...) Gunnar Thompson questiona porque atribuem a descoberta da América a Colombo se romanos e os portugueses já conheciam a Florida? Actualmente ele defende que os chineses também lá iam, eu digo TODA a gente lá ia e voltava, a peste e guerras reduziu substancialmente a população na Europa, portanto não havia interesse de se dar a conhecer territórios vastíssimos no Continente Americano, os mapas que se conheciam eram segredos de comércios, malagueta milho peru drogas metais etc. eram trazidas para as cortes europeias, e egípcias, isto está documentado, só não vê quem não quer.Ora, este propósito de evitar perda de população - ou pior, perda do controlo da população, era algo que sempre pareceu preocupar os poderes, desde o velho Senado de Cartago (conforme refere Aristóteles), até mesmo os chineses, conforme refere João de Barros.
Depois que estes Chijs começaram continuar a navegação destas ilhas, e gostaram deste seu cravo, da noz, e massa de Banda, à fama deste comércio acudiram também os Jáos e cessaram os Chijs. E segundo parece foi por razão de lei que os Reis de China puseram em todo seu Reino que nenhum natural seu navegasse fora dele: por importar mais a perda da gente e cousas que saíam dele, que quanto lhe vinha de fora: como já atrás escrevemos, falando das cousas da China e conquista que tiveram na Índia por razão das especiarias.É especialmente notável o papel que as pequenas 5 ilhas Molucas, juntamente com as minúsculas ilhas de Banda, tiveram no desenvolvimento comercial mundial. Não sei se é coisa maluca ou de ficar de cara à banda, mas o cravo e a noz-moscada ganharam estatuto de preciosidades superior a ouro... algo só com paralelo na Tulipomania!
Este vento Sul é tão impetuoso que colhendo algum navio daquela parte do Sul [de Timor], o faz soçobrar ou dar à costa, mas a natureza acudiu a este perigo com tal providência, que oito, ou nove dias antes da mudança do tempo começam a soar debaixo do mar, da parte donde há de ventar, uns roncos, que os naturais da terra e navegantes têm por certo avisoAcresce ainda que no seu livro (pág. 439) Pimentel diz que o melhor caminho para Timor seria, é claro, navegando directamente de África após o Cabo da Boa Esperança... indo encontrar rapidamente a Nova Holanda (Austrália), e até mais rapidamente do que indicavam as cartas ("por força das correntes").
E porque os maiores descobrimentos e mais compridos foram por mar feitos, principalmente em nossos tempos, desejei saber quais foram os primeiros inventores disto, depois do Dilúvio.Uns escrevem que foram os Gregos, outros dizem que os Fenícios, outros querem que os Egípcios... Os Índios não consentem nisso, dizendo que eles foram os primeiros que navegaram, principalmente os Taybencos, a que agora chamamos Chins... e alegam para isso serem já senhores da Índia até ao Cabo de Boa Esperança, e a Ilha de São Lourenço por ser povoada deles ao longo da praia (...)
But his deeds were not limited to earthly conquest. Galvano, so intrepid at the head of this troops, might also be seen, with a crucifix in this hand, preaching the Gospel publicly, whereby he became known as the "Apostle" of the Mollucas. (...)
Faria e Sousa sums up his high qualities in these words: "His fame will never perish so long as the world endures; for neither weak kings, nor wicked ministers, nor blind fortune, nor ages of ignorance, can damage a reputation so justly merited"
He spent the latter part of his life in compiling an account of all known voyages, and thus he may be styled the father of historical geography.
... e os Jaos [Java], Timores, Selebres [Celebes], Macasares [?], Malucos [Molucas], Borneos, Mindanaos, Luções, Léquios, Japões e outras ilhas, que há muitas, e as terras firmes de Cauchenchinas [Conchinchina, Vietname], Laos, Siamis [Sião, Tailândia], Bremas [Birmânia], Pegus [Birmânia], Arracões [?], até Bengala & além disto, a Nova Espanha, Perú, Brasil, Antilhas e outras conjuntas a elas, como se parece nas feições dos homens, mulheres & seus costumes, olhos pequenos, narizes rombos, & outras proporções que lhe vemos. E chamarem ainda agora a muitas destas ilhas & terras Batochinas, Bocochinas, que quer dizer Terras da China.
Além disto os nossos escritores deixaram escrito que a Arca de Noé, se assentara da parte norte dos montes da Arménia, que está de 40º para cima [o monte Ararat está a 39º42'], e que logo dali fora a Schytia povoada por ser terra alta e a primeira das águas a ser descoberta. E como a província dos Thaibencos seja uma das principais da Tartaria (se assim é como dizem) bem se mostra serem eles dos mais antigos povoadores e navegadores. Pois neles se acaba aquela terra do levante & os mares são tão bons de navegar como os rios destas partes, por jazerem entre os trópicos onde dias e noites não fazem muita diferença, assim nas horas como na quentura, por onde não há ventos tão destemperados que alevantem as águas, nem as façam soberbas.
E por experiência o vemos nos pequenos barcos em que navegavam, com um ramo por mastro, & vela, & um remo na mão com que governam, correm muito mar e costa. E assim, nuns paus a que chamam Catamarões, em que se escancham ou assentam & vão com o outro remando. E querem ainda que estes Chins fossem senhores da maior parte da Scithia & que navegassem toda a sua costa, que parece estar até 70º da parte norte.
Cornélio Nepote referido, assim o aprova, onde diz, que Metelo, colega de Afranio, estando por consul em França, el rey da Suévia lhe mandara certos índios, que vieram pela parte do norte, às praias da Alemanha, & segundo isto devia ser da China, por estar de 20º, 30º, 40º para cima, e tem naus fortes e de pregadura que podeiam sofrer mares e terras tão frias e destemperadas como aquela.
E porque os maiores descobrimentos e mais compridos foram por mar feitos, principalmente em nossos tempos, desejei saber quais foram os primeiros inventores disto, depois do Dilúvio.Uns escrevem que foram os Gregos, outros dizem que os Fenícios, outros querem que os Egípcios... Os Índios não consentem nisso, dizendo que eles foram os primeiros que navegaram, principalmente os Taybencos, a que agora chamamos Chins... e alegam para isso serem já senhores da Índia até ao Cabo de Boa Esperança, e a Ilha de São Lourenço por ser povoada deles ao longo da praia (...)
But his deeds were not limited to earthly conquest. Galvano, so intrepid at the head of this troops, might also be seen, with a crucifix in this hand, preaching the Gospel publicly, whereby he became known as the "Apostle" of the Mollucas. (...)
Faria e Sousa sums up his high qualities in these words: "His fame will never perish so long as the world endures; for neither weak kings, nor wicked ministers, nor blind fortune, nor ages of ignorance, can damage a reputation so justly merited"
He spent the latter part of his life in compiling an account of all known voyages, and thus he may be styled the father of historical geography.
... e os Jaos [Java], Timores, Selebres [Celebes], Macasares [?], Malucos [Molucas], Borneos, Mindanaos, Luções, Léquios, Japões e outras ilhas, que há muitas, e as terras firmes de Cauchenchinas [Conchinchina, Vietname], Laos, Siamis [Sião, Tailândia], Bremas [Birmânia], Pegus [Birmânia], Arracões [?], até Bengala & além disto, a Nova Espanha, Perú, Brasil, Antilhas e outras conjuntas a elas, como se parece nas feições dos homens, mulheres & seus costumes, olhos pequenos, narizes rombos, & outras proporções que lhe vemos. E chamarem ainda agora a muitas destas ilhas & terras Batochinas, Bocochinas, que quer dizer Terras da China.
Além disto os nossos escritores deixaram escrito que a Arca de Noé, se assentara da parte norte dos montes da Arménia, que está de 40º para cima [o monte Ararat está a 39º42'], e que logo dali fora a Schytia povoada por ser terra alta e a primeira das águas a ser descoberta. E como a província dos Thaibencos seja uma das principais da Tartaria (se assim é como dizem) bem se mostra serem eles dos mais antigos povoadores e navegadores. Pois neles se acaba aquela terra do levante & os mares são tão bons de navegar como os rios destas partes, por jazerem entre os trópicos onde dias e noites não fazem muita diferença, assim nas horas como na quentura, por onde não há ventos tão destemperados que alevantem as águas, nem as façam soberbas.
E por experiência o vemos nos pequenos barcos em que navegavam, com um ramo por mastro, & vela, & um remo na mão com que governam, correm muito mar e costa. E assim, nuns paus a que chamam Catamarões, em que se escancham ou assentam & vão com o outro remando. E querem ainda que estes Chins fossem senhores da maior parte da Scithia & que navegassem toda a sua costa, que parece estar até 70º da parte norte.
Cornélio Nepote referido, assim o aprova, onde diz, que Metelo, colega de Afranio, estando por consul em França, el rey da Suévia lhe mandara certos índios, que vieram pela parte do norte, às praias da Alemanha, & segundo isto devia ser da China, por estar de 20º, 30º, 40º para cima, e tem naus fortes e de pregadura que podeiam sofrer mares e terras tão frias e destemperadas como aquela.
"The work though small in bulk contained so much rare and profitable matter, as I know not where to seek the like, within so narrow and straight a compasse".
"The work though small in bulk contained so much rare and profitable matter, as I know not where to seek the like, within so narrow and straight a compasse".
No ano de 1428 diz que foi o Infante D. Pedro a Inglaterra, França, Alemanha, à Casa Santa, e a outras daquela banda, tornou por Itália, esteve em Roma, e Veneza, trouxe de lá um Mapamundo que tinha todo o âmbito da terra, e o Estreito de Magalhães se chamava "Cola do Dragão", o Cabo de Boa Esperança: "Fronteira de África", e que deste padrão se ajudara o Infante D. Henrique em seu descobrimento. Francisco de Sousa Tavares me disse que no ano de 1528 o Infante D. Fernando lhe mostrara um Mapa que se achara no Cartório de Alcobaça que havia mais de cento e vinte anos que era feito, o qual tinha toda a navegação da India, com o Cabo de Boa Esperança, como as de agora, se assim é isto, já em tempo passado era tanto como agora, ou mais, descoberto.
No ano de 1353, em tempo do Imperador Frederico Barba Rossa, diz que foi ter a Lubres, cidade da Alemanha uma nau com certos Indios numa canoa, que são navios de remo, parecem-se aos tones de Cochim, porém esta canoa devia ser da Costa da Florida Bacalhaos, e aquela terra por estar na mesma altura da Alemanha, que os Tudescos ficaram espantados do tal navio e gente, por não saberem de onde eram, nem entenderem sua linguagem, nem terem notícia daquela terra, como agora, porque bem os podia ali levar o vento e água, como vemos que trazem as almadias de Quiloa, Moçambique, Sofala, e Ilha de Santa Elena, que é um ponto de terra que está naquele grão mar daquela Costa, e Cabo de Boa Esperança, tão separada.Mas não dará todas as respostas...
Depois cito o próprio António Galvão:As carruagens surgiram, inicialmente no século XIII a.C, inventado pelos Hititas com uso militar e não civil, posteriormente as carruagens apareceram na Roma Antiga, no séc I a.C.. No entanto não circulavam na sua maioria dentro das cidades, pois o movimento era tanto que iriam gerar muitos problemas. Estas podiam apenas circular durante a noite dentro das cidades para transporte de mercadorias. Após a Queda do Império Romano do Ocidente a técnica de fazer carruagens desapareceu.
Depois que os Romanos senhorearam a melhor parte do mundo se fizeram muitos, e notáveis descobrimentos, mas vieram os Godos, Mouros e outros Bárbaros, e destruiram tudo porque no ano 412 AD tomaram a cidade de Roma, (...)
E no ano de 474 AD se perdeu o Império de Roma e depois disto vieram os Longobardos a Itália no qual tempo andavam os demónios tão soltos pela terra que tomaram a figura de Moisés, e os Judeus enganados foram muitos no mar afogados. E a seita Ariana prevalecia.
E Merlim em Inglaterra foi neste tempo. E no ano 611 AD foi Mahamede e os de sua seita que tomaram por força África e Espanha.
Assim que segundo parece nestas idades todo o Mundo ardia, por onde dizem que esteve 400 anos tão apagado e escurecido que não ousava nenhum Povo andar de uma parte para outra, por mar, nem terra, tão grande abalo e mudança se fez em tudo que nenhuma cousa ficou em seu ser, e estado, assim Monarquias como Reinos, Senhorios e Religiões, Leis, Artes, Ciências, Navegações, escrituras que disso havia, foi tudo queimado, e consumido segundo consta porque os Godos eram tão cobiçosos da glória mundana, que quiseram começar em si outro Novo Mundo, e que do passado não houvesse nenhuma memória.
No ano de 1428 diz que foi o Infante D. Pedro a Inglaterra, França, Alemanha, à Casa Santa, e a outras daquela banda, tornou por Itália, esteve em Roma, e Veneza, trouxe de lá um Mapamundo que tinha todo o âmbito da terra, e o Estreito de Magalhães se chamava "Cola do Dragão", o Cabo de Boa Esperança: "Fronteira de África", e que deste padrão se ajudara o Infante D. Henrique em seu descobrimento. Francisco de Sousa Tavares me disse que no ano de 1528 o Infante D. Fernando lhe mostrara um Mapa que se achara no Cartório de Alcobaça que havia mais de cento e vinte anos que era feito, o qual tinha toda a navegação da India, com o Cabo de Boa Esperança, como as de agora, se assim é isto, já em tempo passado era tanto como agora, ou mais, descoberto.
No ano de 1353, em tempo do Imperador Frederico Barba Rossa, diz que foi ter a Lubres, cidade da Alemanha uma nau com certos Indios numa canoa, que são navios de remo, parecem-se aos tones de Cochim, porém esta canoa devia ser da Costa da Florida Bacalhaos, e aquela terra por estar na mesma altura da Alemanha, que os Tudescos ficaram espantados do tal navio e gente, por não saberem de onde eram, nem entenderem sua linguagem, nem terem notícia daquela terra, como agora, porque bem os podia ali levar o vento e água, como vemos que trazem as almadias de Quiloa, Moçambique, Sofala, e Ilha de Santa Elena, que é um ponto de terra que está naquele grão mar daquela Costa, e Cabo de Boa Esperança, tão separada.Mas não dará todas as respostas...
Depois cito o próprio António Galvão:As carruagens surgiram, inicialmente no século XIII a.C, inventado pelos Hititas com uso militar e não civil, posteriormente as carruagens apareceram na Roma Antiga, no séc I a.C.. No entanto não circulavam na sua maioria dentro das cidades, pois o movimento era tanto que iriam gerar muitos problemas. Estas podiam apenas circular durante a noite dentro das cidades para transporte de mercadorias. Após a Queda do Império Romano do Ocidente a técnica de fazer carruagens desapareceu.
Depois que os Romanos senhorearam a melhor parte do mundo se fizeram muitos, e notáveis descobrimentos, mas vieram os Godos, Mouros e outros Bárbaros, e destruiram tudo porque no ano 412 AD tomaram a cidade de Roma, (...)
E no ano de 474 AD se perdeu o Império de Roma e depois disto vieram os Longobardos a Itália no qual tempo andavam os demónios tão soltos pela terra que tomaram a figura de Moisés, e os Judeus enganados foram muitos no mar afogados. E a seita Ariana prevalecia.
E Merlim em Inglaterra foi neste tempo. E no ano 611 AD foi Mahamede e os de sua seita que tomaram por força África e Espanha.
Assim que segundo parece nestas idades todo o Mundo ardia, por onde dizem que esteve 400 anos tão apagado e escurecido que não ousava nenhum Povo andar de uma parte para outra, por mar, nem terra, tão grande abalo e mudança se fez em tudo que nenhuma cousa ficou em seu ser, e estado, assim Monarquias como Reinos, Senhorios e Religiões, Leis, Artes, Ciências, Navegações, escrituras que disso havia, foi tudo queimado, e consumido segundo consta porque os Godos eram tão cobiçosos da glória mundana, que quiseram começar em si outro Novo Mundo, e que do passado não houvesse nenhuma memória.