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O José Manuel fez o favor de enviar um link do jornal Público (16/1/2014):

"Um canguru pode provar que foram os portugueses a descobrir a Austrália"
Ilustração num livro de orações do Séc. XVI

Não aceitar que a Austrália estivesse descoberta ao tempo da chegada dos portugueses a Timor, em 1514, é a maior prova do controlo global que se exerceu sobre o conhecimento até aos dias de hoje.
Ilibar responsabilidades portuguesas é difícil, pois D. Manuel não se assumia vassalo de ninguém, aliás usava o epíteto imperial de César.

A maioria das pessoas não liga ao assunto, considerando-o um facto menor, quando é o facto mais claro do poder absoluto que se gerou sobre a divulgação e a educação a um nível global nos últimos 500 anos

Sim, já fez este ano 500 anos sobre o registo documental dessa chegada, conforme se pode ler (wikipedia)
A primeira fonte documental europeia conhecida que refere a ilha é uma carta de Rui de Brito Patalim a Manuel I de Portugal, datada de 6 de janeiro de 1514, na qual são mencionados navios que tinham partido para Timor. 
McINTYRE, Kenneth Gordon. The secret discovery of Australia... 1977. p. 69.
A situação é tanto mais caricata quando confrontamos em mapa a evolução das descobertas:

Como é óbvio, os laranjinhas holandeses fizeram a mesma ocultação, de forma ainda mais caricata, reduzindo o território por descobrir a uma zona bem definida.
Não há quaisquer limites naturais que impedissem as viagens, como é óbvio... só limites da inteligência.

O ridículo é tanto maior quando se tenta traçar a linha divisória entre o conhecido e o desconhecido... a fronteira do desconhecido bate na linha de costa australiana, e portanto a terra só era desconhecida por ser conhecida. Proibição superior, e nada mais!

Quem obedeceu a esta proibição?
Pelo menos, o poder português, espanhol, holandês, e finalmente inglês.
É claro que, tal como a América, era um mero segredo de Polichinelo para quem ali viajava, ou para quem tinha posição influente nas cortes europeias e no meio eclesiástico da Igreja Católica.

No entanto, e dado que estamos a recuperar a história desde outros tempos e influências, parece-nos claro que a proibição australiana era ainda muito mais antiga.
Porquê?
Porque não encontramos vestígios de templos hindús, ou até de influência islâmica. Algo especialmente estranho, dada a proximidade com Java e Bali, onde abundam esses vestígios.
Podem ter os ingleses apagado os últimos vestígios, destruindo os últimos restos de presenças anteriores?
Não são relatados pelos aborígenes, australianos, ou será que havia efectivamente essa proibição antiga?

A lista complica-se bastante, porque temos que juntar hindús, árabes... e certamente chineses, que não deixariam de navegar, tal como o fizeram até Madagáscar.

Os Gurus indianos desconheciam? O Kublai Khan de Marco Polo também?
Só os Khan-Gurus é que reservam esse conhecimento.

Chegamos assim às Caldas da Rainha, das ca...vacas, algo muito sagrado para hindús.
Carvalho, Catarina, era o nome da religiosa que aí viveria, de acordo com a notícia, e que tinha o livro de orações com o "canguru"... cuja datação é colocada entre 1580 e 1620. Estava em posse portuguesa, mas só fica "público" quando é vendido a uma galeria de Nova Iorque. 
As Caldas estão muito ligadas à Rainha D. Leonor, e por consequência a D. João II, por isso seria um local dado a algum conhecimento privado à época dos descobrimentos.

Já tínhamos aqui falado noutro canguru, como Prova, que aparecia no mapa do Museu da Marinha, e que seria um mapa-mundi à altura d'El Rei D. Sebastião... que recordamos:
Porém sabemos que "provas" são folclore que lembrará a Canção de Lisboa.
Estas costas australianas não assentam, e o que interessa à população é entretê-la com outros contos, que evitam esta prova.

Informação adicional:

Todos os anos mencionamos o assunto... mas deixemos os cangurus, ou as grisalhas cãs dos gurus. 
A informação verdadeira relevante aparecerá naturalmente, a outra ficará na ilusão, nos ilusos, e lusos ou não.

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publicado às 05:33


16 comentários

De José Manuel de Oliveira a 18.01.2014 às 13:52

Olá boas,

Verem neste canguru um veado! COM PATAS ENORMES...SENTADO A COMER FOLHAS DUM ARBUSTO, é ridículo... e dizerem que não tem cauda? precisam de óculos!

Sempre disse que bicharocos e plantas continuam a desmascarar o establishment, dos perus bem desenhados em castelos germânicos antes de Colombo, até aos impostos cobrados aos navios com chilis na Espanha. Quando o Vaticano autorizar a consulta dos seus arquivos tudo ficará mais claro. Quando as galinhas tiverem dentes, pois já os tiveram quando eram dinossauros. A verdade é difícil de se apagar por muitas bibliotecas que queimem, ficam os fossilis e as pessoas de ideias atrasadas para a restaurar e narrar...

(…) O cerne do enigma é o de saber o que foi o real motivo dos "descobrimentos" portugueses, e não é claro o objectivo do Infante D. Henrique, quando diz de não fazerem o corso aos turcos no mediterrâneo e de navegarem para o Atlântico Sul é pelo menos enigmático, mas o outro monarca que pediu autorização aos ingleses para o Lavrador pescar no Atlântico Norte para mim é também pouco claro, era um documento a ser melhor estudado pois esconde algo, numa época em que os portugueses tinham a supremacia dos meios navais não seria de esperar que fossem pedir autorizações para pescar !? E já antes eram os portugueses que tinham Galés e homens armados na Ilha britânica para defesa dos ataques piratas, ou muçulmanos …?

E para quê queriam os portugueses as minas de ouro da Austrália, ou melhor para que quereriam tantas minas? Ao contrário dos castelhanos que pretenderam com o seu imperador católico dominar toda a Europa, ele sim precisava das minas de ouro, os portugueses não se sabe ainda hoje o real motivo dos seus descobrimentos marítimos, para uns era a procura da fonte da juventude cujas águas davam a vida eterna, para outros a procura do paraíso perdido da Bíblia, os outros motivos são os clássicos da historiografia oficial.
A teoria mais plausível é a dum americano, que argumenta solidamente que Portugal foi um reino fantoche formado pelo Vaticano, aliás os portugueses sempre tiveram um papel relevante no xadrez geopolítico, desde sempre. 7 août 2010 - 16:07 - Para além de Capricórnio & Atlas Vallard
http://portugalliae.blogspot.ch/2010/07/para-alem-de-capricornio-atlas-vallard.html

Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

P. S.
O seu wiki link aponta para uma página arquivada...

De José Manuel de Oliveira a 18.01.2014 às 14:02

Re P.S.

Pelo cabelo dos aborígenes australianos dizem hoje serem o umbigo do mundo, possuem o ADN mais antigo da humanidade...

Cpts.

De Alvor-Silves a 18.01.2014 às 16:43

José Manuel, obrigado, mais uma vez. Juntei o seu link na lista.
Eu tenho dúvidas que Portugal fosse mais reino fantoche do que era a própria figura papal. D. João II percebeu as limitações a que estava sujeito, muito melhor que os antecessores ou sucessores. Daí, todo o seu imenso cuidado a gerir a situação.
D. Manuel tem uma desculpa para não reclamar a Austrália... grande parte dela estaria sob alçada espanhola, na divisão de Tordesilhas. Se já havia problemas com o meridiano no Brasil, piores seriam com as do anti-meridiano, só resolvidas com D. João III, quando Portugal já estava minado de traidores, cada qual com o seu micro-projecto pessoal ou familiar, comprados por influências estrangeiras... situação que se repetiu até hoje.

De resto, o seu último Re-P.S. é lapidar.
Tem toda a razão, está muito provavelmente nos aborígenes australianos a melhor prova de como saiu a humanidade da Oceania para conquistar o resto do mundo... gostava de saber qual a intersecção de ADN neandertal com os aborígenes. Se houver, tenho que rever a minha "estória"...

De José Manuel de Oliveira a 19.01.2014 às 00:03

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110923_aborigenes_imigracao_fn.shtml

Mecha de cabelo pode desvendar mistério de migração humana a partir da Austrália

BBC News 23 de setembro, 2011

-------------------------------------------------------
http://www.sciencedaily.com/releases/2013/12/131218133658.htm

(...) "Denisovans also left genetic traces in modern humans, though only in some Oceanic and Asian populations. The genomes of Australian aborigines, New Guineans and some Pacific Islanders are about 6 percent Denisovan genes, according to earlier studies. The new analysis finds that the genomes of Han Chinese and other mainland Asian populations, as well as of native Americans, contain about 0.2 percent Denisovan genes."
----------------------------------------------------------------

Olá boa noite,

Para mim são 5 espécies humanas diferentes que migraram, na origem todas da linha Neanderthal. Este dedo da Sibéria já o tinha mencionado.

Ainda é cedo para conclusões genéticas...

Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

De Alvor-Silves a 19.01.2014 às 16:01

Creio que houve duas migrações distintas saídas da zona Austral, relacionadas com dois dilúvios.
A migração que motivou a expansão dos haplogrupo C e descendentes, e depois a relacionada com os K e descendentes.
http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/06/abertura-genetica.html

Aí contava uma história mais africana, mas pode ser oceânica mais cedo.
Ou seja, os A e B são africanos, mas os C são já australianos.

A Eurásia e África apanhou com uma primeira entrada desses sapiens C australianos, que se desenvolveu autonomamente.
Por um lado, reentraram em África pelos E, que dominaram África.
Por outro restaram os D nos tibetanos e ainos do Japão, e ainda na parte do Pacífica do Canadá.
Os outros F vão originar H (indianos), G I J (antigos europeus, escandinavos e semitas).

Todos estes ainda não seriam os indo-europeus ou chineses.
Os indo-europeus e chineses vêm dos K que ficaram ainda na Oceania, e vão fazer segunda invasão, contra os anteriores.

Esta é a história que me parece agora ainda mais consistente.
Abraço.

De Cristóvão Colon a 19.01.2014 às 16:14

Caro José Manuel de Oliveira, deve ler "First Templar Nation" How the Knights Templar created (Portugal= Europe's first nation-state. Their greatest accomplishment is the one never told. http://www.invisibletemple.com/templar.html

De Alvor-Silves a 19.01.2014 às 18:20

Já agora, não esquecer Damião de Goes que invoca a linha Afonsina do Bulhão:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/03/bolhao.html
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/05/conde-dhenrique-e-as-quinas-2.html
Obrigado pela participação.

De Bate n-avó a 20.01.2014 às 14:43

Sem querer meter a colher em molga alheia, então o chinês Zheng He, 1421, não conta para a história??? Ou foi uma estória mal contada?!?

Talvez os aborígenes sejam descendentes dos últimos habitantes de Mu que fugiram, sobreviveram depois da grande onda ter destruído a sua grande ilha!?!

Este senhor Rainer Daehnhardt, também "dá nas orelhas" ao inglês que escreveu o: 1421!
http://www.fnac.pt/Segredos-da-Descoberta-da-Australia-pelos-Portugueses-Rainer-Daehnhardt/a280293

De Alvor-Silves a 20.01.2014 às 21:05

Boa noite.

O livro 1421 até pode estar correcto, é bastante verosímil que esteja.
Só que isso seria destapar um pé e deixar o outro tapado...

Ou seja, é natural que os chineses estivessem em explorações, depois de Kublai Khan, depois de Marco Polo.
É importante que tenha trazido aqui esse assunto, porque já nem lembro se falei de uma hipótese muito plausível, que motivaria o fim da Idade Média.

A questão é simples... ou íamos ter com os chineses ou eles vinham ter connosco!
Depois de Gengis Khan e Kublai Khan, a China mongol tornou-se uma ameaça real na Europa... daí a viagem publicitada de Marco Polo - foi uma forma de pressão para agir.
Kublai Khan tentou mesmo invadir o Japão, por isso, não faltaria empenho naval... foi o vento Kamikaze (que depois denominou os pilotos) que o impediria!

Quem motivou essa pressão europeia de reagir - os Templários.
A aristocracia europeia estava na boa - queria, como sempre, sopas e descanso... ou seja, não queriam perturbações com comércio - isso seria aliás o fim da nobreza.
Por isso, trataram de aniquilar os templários... quase totalmente.

Por isso há toda uma movimentação dos Templários para atacar a Oriente, por via marítima. Esse é o projecto que herdará a Ordem de Cristo e o Infante D. Henrique.
As explorações chinesas começariam a chegar a África, e a Ordem de Cristo deveria ter como missão secreta pará-los, porque os mouros, árabes e persas já não conseguiam.
A situação deve ter-se complicado enormemente até por volta de 1415 - altura em que foi preciso conquistar Ceuta.
A partir daí o progresso português para sul não deve ter sido tão descansado quanto se conta, porque já haveria uma presença chinesa a instalar-se no sul de África.
Muitos combates com mouros podem ter sido mesmo é com chineses.
Madagascar tem uma população com ascendentes chineses, o que denota que haveria aí uma base. Sempre achei que os fortes do Zimbabwe podiam ser construções portuguesas ao tempo de D. Fernando para travar essa presença chinesa em África.
Aliás há registos no Brasil de presença chinesa anterior à descoberta oficial portuguesa.

Dito isto, é óbvio que (entre os conhecidos) só os islâmicos da Indonésia travariam qualquer intenção sobre a Austrália.
Para haver presença chinesa em Madagáscar é porque os persas tinham sido derrotados, e o Índico já não era só islâmico quando os portugueses lá chegaram.
Creio que mais do que combater os persas, os portugueses acabaram por entrar sem maiores problemas no Índico porque eram parte terceira num conflito crescente.
O ponto final é colocado quando Afonso de Albuquerque toma Malaca em 1511, Malaca não seria árabe, seria naturalmente chinesa...
Somos bem recebidos em Sião-Tailândia, porque acabámos com essa ameaça chinesa.

Esta creio ser a história mais consistente desse período. Por isso, Zheng He deve ter mesmo feito essas explorações contadas, mas estava a ser travado por uma acção em muito maior escala levada pelos Templários, com base em Portugal, mas com outras ajudas - nomeadamente Inglesas e Dinamarquesas, que deveriam querer evitar a entrada pelas passagens árcticas do Noroeste e do Nordeste.

Quanto a Mu... certamente que se trata do contraponto da história da Atlântida no Pacífico - o mesmo problema da subida de águas.

Cumprimentos.

De José Manuel de Oliveira a 21.01.2014 às 18:31

Olá boas noites,

Como já tinha referido no:
“Como os portugueses enganaram Colombo...”
http://portugalliae.blogspot.ch/2009/12/como-os-portugueses-enganaram-colombo.html
(...) “No terceiro YouTube Gunnar Thompson questiona porque atribuem a descoberta da América a Colombo se romanos e os portugueses já conheciam a Florida? Actualmente ele defende que os chineses também lá iam, eu digo TODA a gente lá ia e voltava, a peste e guerras reduziu substancialmente a população na Europa, portanto não havia interesse de se dar a conhecer territórios vastíssimos no Continente Americano, os mapas que se conheciam eram segredos de comércios, malagueta milho peru drogas metais etc. eram trazidas para as cortes europeias, e egípcias, isto está documentado, só não vê quem não quer”

Já é visível na YouTube gratuitamente o:
Zheng He, Empereur Des Mers Documentaire Histoire Chine 2005 [Arte Tv]
http://www.youtube.com/watch?v=tfEgsyiiUnM

A não perder de visionar este programa da Arte TV, antes que o retirem... este almirante eunuco turco estava aparentemente em relação com os portugueses.
A ardem de “encobrir” os outros continentes foi global... difícil de apontar os verdadeiros responsáveis.

Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

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