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((...)) Não convencido com o resultado, Félix Rodrigues recolheu uma amostra de um material aglomerante, que soldou uma fractura existente numa pia quadrangular esculpida numa rocha no alegado complexo megalítico da Grota do Medo, e enviou-a para o laboratório da Beta Analytics, em Miami, "certificado pela norma ISSO-17025". "A idade convencional obtida pelo método de radiocarbono foi de 950 anos, com um erro associado de 30 anos. Tal resultado aponta para a construção de uma peça arqueológica construída pelo homem na ilha Terceira há pelo menos 950 anos, ou seja, no ano de 1064, com um erro de 30 anos", frisa Félix Rodrigues. [in Expresso, 15 Out. 2014]
Governo Regional desprezou os investigadores locais
O PSD/Açores criticou o Governo Regional por “desprezar os investigadores locais no processo dos achados arqueológicos da Grota do Medo, Monte Brasil e Corvo”. Segundo o deputado Luís Rendeiro, “a tutela tem ignorado e desprezado os investigadores responsáveis por trazer a público aquelas descobertas”, afirmou.
(...) “Convinha que o senhor Secretário Fagundes Duarte explicasse porque é que investigadores como Nuno Ribeiro, Anabela Joaquinito, Félix Rodrigues, Antonieta Costa, Patrizia Granziera, Isik Sahine, ou Romeo Hristov – da Universidade do Texas – ficaram de fora da comissão. Nenhum destes investigadores gastou um cêntimo à Região”, acrescentou.
Luís Rendeiro denunciou ainda que o Governo Regional “se apressou a constituir uma comissão para proceder ao estudo dos achados em questão, deixando ostensivamente de fora os já referidos investigadores”.
“Essa comissão tem treze elementos e apenas uma semana para analisar os achados da Grota do Medo. Isto quando se sabe que só a área de dispersão dos achados da Grota do Medo é superior a 25 hectares”, acrescentou.
“Estranhamente, ou não, foi incluída no grupo a mesma investigadora da Universidade de Lisboa – Ana Margarida Arruda, que se pronunciou numa fase inicial do processo declarando, peremptoriamente e sem quaisquer pesquisas de campo, que apenas havia “caos de pedras”, concluiu o deputado.
Também nada acrescenta de novo à história a "arqueóloga", Ana Margarida Arruda, da Faculdade de Letras de Lisboa.
Citando alguns dos argumentos de Arruda.
Começa sobre a impossibilidade de navegação dos fenícios...
«Sobretudo numa época em que ainda não havia quem navegasse com três velas… acredito, por isso, que seria tremendamente complicado chegar aos Açores, senão mesmo impossível…»
... não se percebe se é arqueóloga ou navegadora, mas não parece nunca ter visto nenhum barco a navegar. Do ponto de vista histórico, deverá considerar que os Havaianos foram teletransportados para as ilhas, ou então que usaram "três velas".
«Creio, aliás, que o que foi anunciado como sendo sepulturas sejam, afinal, silos para armazenar cereais.»
Ou seja, os monumentos megalíticos europeus não passaram afinal de silos para cereais. O que se aprende na Fac. Letras!
Quanto a dizer que as estruturas eram conhecidas do Séc. XVI, e que alguém as fez... estamos de acordo. A diferença é o axioma da impossibilidade de navegação doutros, que não os portugueses... por causa das "três velas".
Note-se que estas coisas são "decoradas"...
"Vela" não significa apenas a vela do navio.
"Vela" vem de véu... portanto pode haver um código dos "Três Véus".
A lenga-lenga depois é papagueada...
Eu não diria que são "três véus", é mesmo uma Burka! (...)
Acresce que alguém no site do Expresso colocou chapado, o parecer assinado pela referida "arqueóloga" Arruda, dando um link:
A linguagem é claro muda, deixa de ser coloquial, passa a ser "muda".
Vejamos então os argumentos usados para esta Grota do Medo ou Espigão...
Passamos a ter "grandes penedos soltos" que nomeia como "caos de blocos", o que é um brilhante argumento que pode ser aplicado a tudo o que é "megalítico". Em duas ou três linhas, arruma com toda a construção megalítica - são grandes penedos soltos, e cito "mais ou menos empilhados e/ou acumulados em cima uns dos outros".
Realmente parece não se ver cimento cola em nenhum monumento megalítico.
Portanto, o período megalítico deve ter sido suprimido do ensino na Faculdade de Letras de Lisboa.
Sobre as inscrições "Gruta de Camões", "Fonte dos Pombos", "Penedo de S. Pedro", não sei do que se fala.
Mas o argumento seguinte é que é genial. Haveria entre outras coisas, embutidos fragmentos cerâmicos, de faiança azul e branca, produzida em Lisboa, entre os Séc. XVII e XVIII.
Ou seja, se esta "arqueóloga" encontrar uma pastilha elástica colada no Mosteiro da Batalha, automaticamente ele passará para uma datação do Séc. XX?
Continua com o desprendimento de blocos do Tor... e mais uma vez pode haver decoração - "Tor" tem que se lhe diga.
Depois vamos para uma novidade, há uma definição:
«Um monumento megalítico, anta ou dólmen, é composto por câmara funerária, construída com 5 a 11 esteios (...) que é tapada por um "chapéu", e a que se acede através de um corredor, também construído com esteios»
Ou seja, os nossos antepassados liam a definição de Arruda, e diziam uns para os outros - "temos aqui que colocar 5 a 11 esteios e um corredor, ou no futuro irão julgar que isto são silos agrícolas". É claro que naquela definição não entram simples menires nem cromeleches... mas imagino que isso seja um detalhe.
A definição está feita, e quem manda sobre a formatação do passado é a Profª Arruda.
Depois, a "pièce de résistance":
«Por último parece importante referir a total ausência de espólio arqueológico datável da Antiguidade (cerâmicas, metais, líticos ou outros) ....
Muito bem, de acordo!
Mas... vejamos, a ideia parecia ser pedir uma autorização para escavar, procurar. As que estavam visíveis foram retiradas.
Este raciocínio "arqueológico" impede qualquer escavação.