De Alvor-Silves a 14.02.2017 às 02:51
Já adicionei o link.
A influência das novas tecnologias é sempre um bom tema, especialmente quando vemos que um maior acesso à informação, não significa que as pessoas acedam a mais informação.
Normalmente o que acontece com os grupos em redes sociais, é que tendem cada vez mais a aceder todos à mesma informação. Pior, a informação é tratada visando mais uma lógica do grupo - aprovar o que se pensa ser politicamente correcto, e reprovar o que possa escandalizar o grupo de conforto.
Lembro-me da ideia de que as máquinas de calcular tornariam desnecessário aos alunos fazer contas. Aqui parece-me que podemos estar perante um movimento do mesmo género.
Que o passado transmite sabedoria, e que o futuro é feito com a sabedoria gerada no presente, é uma afirmação verdadeira... em qualquer altura na história, não se aplica apenas ao presente.
Há uma mudança tecnológica em curso, e normalmente quem diz querer cavalgar mais rápido sobre essa mudança, é porque pretende reverter ou abrandar o processo.
Parece-me que se os alunos negligenciarem a informação do passado, o que estão a produzir para o futuro serão trivialidades conhecidas, ou banalidades sem qualquer interesse... ou antes, há um interesse nisso, entreter-los num grupo de conforto, onde se satisfaçam pelos mecanismos de recompensa num grupo social.
É isso que vemos no crédito que as pessoas têm por conseguirem mais ou menos amigos, terem mais ou menos cliques, conseguirem mais ou menos seguidores, nos grupos sociais. As novas disciplinas podem ser sobre vídeos de gatinhos, cachorrinhos, bebés engraçados, etc... um mundo cheio de pessoal feliz, com muitos amigos e likes, e onde o passado é o passado que não interessa para nada, porque o interessa é o futuro. Já vimos esse filme demasiadas vezes... e são quase sempre os mesmos a colocá-lo em cena - ou seja, quem quer dominar a sociedade estupidificando a população, para a melhor controlar.
Obrigado pelo link, ainda que meio alarmante.
Um abraço!