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Urbano Monte é o nome de um cartógrafo italiano que deixou um atlas razoavelmente completo e intrigante. O assunto foi trazido há duas semanas, em emails de David Jorge, de que procuro fazer aqui um pequeno resumo.

Curiosamente, o assunto acaba por cair também em D. Sebastião, já que o cartógrafo italiano inclui dois mapas com a sua cara, em forma de continuação:


O que se pode ler abaixo da imagem de D. Sebastião é quase o mesmo, de uma página para a outra, mas há ligeiras diferenças entre os dois.

Podemos ler desta forma:
Il Re di Portogallo
seguita ancor nell'oceano Immenso
la fama di costui drizando il volo
et mentre a lui per honoranza il censo
pagaro i Dei del marinesco stolo
D'armati legni un longo bosco e denso
per lui molt'ani corse il salso suolo
che sia in cielo grato a Giesu Cristo
Dove vivendo procuro l'aquisto
... estrofes que se poderão ler mais ou menos assim:
O rei de portugal.
Seguida ainda no imenso Oceano, a fama dele encaminha o voo;
e quanto a ele honra o senso pagão dos deuses do marinheiro solitário.
Armadas de grande lenho e denso bosque, por ele tantos correram o solo salgado,
que esteja no céu grato a Jesus Cristo. Onde vivendo adquiriu o adquirido.
Duas imagens do autor
A situação é tanto mais estranha porque o atlas acaba por incluir uma adição com um diferente auto-retrato do autor Urbano Monte. 
- Primeiro com 43 anos, lê-se no original URBANO:TERTIO:DA:MONTE:AN: 43.
- Depois com 45 anos, é cosido o retrato circular, dizendo URBANO MONTE D'ANNI XXXXV

Um retrato 2 anos mais recente de Urbano Monte é colado sobre o anterior

A razão pela qual isto acontece é estranha e dificilmente explicável.
Não é comum esta actualização do auto-retrato com inserção de nova imagem.

Aliás, todo o mapa é suficientemente estranho, para merecer diversos comentários. 
Só agora foi recompilado, pela biblioteca David Rumsey (Stanford University), de forma a satisfazer um contorno polar, conforme pareceria ter sido originalmente pensado.
Aspecto geral do atlas de Urbano Monte, agora compilado assim pela biblioteca David Rumsey, 
e assinalamos a amarelo a posição onde ficaria a figura de D. Sebastião.

A referência mais antiga que encontrei deste atlas é de 1810, num Magasin Encyclopedique (por A.L. Millin), dizendo que Carlo Amoretti (membro do Instituto Nacional e do Conselho de Minas do Reino de Itália, bibliotecário da Ambrosiana de Milão)
a trouvé dans la même bibliothéque un grand Traité de Géographie, manuscrit autographe d'URBANO MONTI, écrit entre 1590 et 1598, où l'on voit dessiné le détroit qui porte à la mer Glaciale
Nota "en passant" - Ferrer Maldonado; João Martins
Convirá aqui salientar que o mesmo texto de Amoretti refere que os espanhóis teriam enviado o capitão Lorenzo (Laurent, Lourenço) Ferrer Maldonado numa viagem pela passagem Noroeste.
É suficientemente estranho que esta descoberta fez sensação à época, e Amoretti mandou publicar o livro do capitão espanhol (que está à venda... por quase 10 mil dólares).
Entretanto, o tempo passou... Amoretti terá morrido, e todo o documento de viagem de Ferrer Maldonado foi desacreditado nos anos seguintes, como sendo falso ou fantasioso.
Interessa que este nome nem sequer consta da wikipedia, e dificilmente aparece mencionado pelos próprios espanhóis.

Curiosamente é ainda feita referência a uma carta náutica de João Martins ("Juan Martines", Portugais) que teria sido seguida por Ferrer Maldonado na "parte complicada".
De João Martins é dito haver um portulano na Academia Imperial de Turim. Ora, desse João Martins, em Portugal, não se parece saber quase nada... mas constam 18 atlas, e 140 cartas, atribuídos a si.

Urbano Monte -vs- Sebastião
Acerca do atlas de Urbano Monte, Djorge vai citar a Maria da Fonte que já tinha antes mencionado este mapa (no facebook), na perspectiva de que o que veríamos seria o retrato do próprio D. Sebastião e não haveria nenhum Urbano Monte!

Esta perspectiva poderá parecer ousada e bizarra, para os leitores mais convencionais.
No entanto, segue a linha de que o próprio D. João II poderia não ter morrido em Alvor.
Há comandantes e comandados.
As idílicas paisagens paradisíacas de que as navegações traziam notícia, estavam ao alcance real?
Houve conhecimento de algum rei que se fez ao mar, e seguiu os seus pilotos, em viagens que já eram corriqueiras, e que raramente traziam grandes desastres?
Haveria maior risco em enfiar-se numa batalha no meio de mouros em África, ou em enfiar-se numa nau, visitando o Brasil, que só foi conhecido "realmente" na fuga napoleónica de D. João VI?

À partida, não vejo nenhum obstáculo lógico a que um rei decidisse findar os seus dias fora de uma corte europeia decadente e burocratizada, e partisse numa outra aventura além-mar, para ver com os seus olhos, terras, ilhas e mares, que não passariam de desenhos em mapas, doutra forma. E, se nisso tivesse projecto de desenvolver nova sociedade, para além da sociedade europeia, juntando a si os seus mais próximos... pois que outra forma subtil de se fazer desaparecer que numa batalha, no meio do nevoeiro das intrigas?

Comentários/questões
Djorge, a propósito do mapa deixa ainda as observações:

  • 1º) Julgo ser a primeira vez que vejo um autor assinar um mapa com dois auto-retratos seus.
  • 2º) Os dois auto-retratos "aparentemente" separam-se em 2 anos, no entanto não aparentam ser a mesma pessoa nos 2.
  • 3º) Se a data do atlas/mapamundi for a que aparece na discrição pelo arquivista da biblioteca, 1587, e tendo em conta que o wikipedia dá como data de nascimento 1544, significa que nem o primeiro o primeiro nem o segundo selo corresponderiam à correta idade do autor.
  • 4º) Sendo que D. Sebastião é dado como tendo nascido em 1554, a soma das duas idades das figuras daria uma datação para o mapa de 1599, ou 1596 dependendo da figura do selo.
  • 5º) Não vi ligação nenhuma no soneto, embora não me soe estranho, podendo ser algum excerto dos Lusiadas, não sei se era isso a que se referia "Maria da Fonte".
  • 6º) O texto por baixo da figura do rei de Portugal, parece-me referir a lenda do regresso de D. Sebastião, o que é estranho é que em 1586, 1596 ou em 1599 já seria Filipe I a reinar em Portugal e Algarves.
  • 7º) Estranho é que neste atlas o Rei de Espanha e das "Indias" não é o Rei de Portugal.


Ora, a este propósito mostramos a ilustração reservada ao Rei de Espanha, "Philipo:Max"

Do lado esquerdo segurando no globo e de joelhos, está o rei do Peru e diz-se:

  • qui parla Atabalipa Re del Peru designato como nela tavola seguente
  • Quando sugetto a me, quel novo mondo, et al Demonio ancor, era infelice, hora que é tuo, fia molto giocondo

... ou seja, o chefe inca diz com sarcasmo a Filipe II, que a América sujeita a ele, e ao demónio, era uma terra infeliz, mas que sujeita a Filipe II passava a ser muito agradável/feliz.
Por outro lado, no mar há uma sereia que acrescenta:

  • Eccoti o Re magnanimo, e soprano, che come merti, il marinesca stofo Del mar l'Imperio con questa a te dano.

Portanto, se Urbano Monte envelheceu muito naqueles 2 anos, percebe-se que a sua ironia poderá ter tido consequências... e também parece natural que o atlas estivesse escondido durante mais de 200 anos.

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publicado às 20:08


28 comentários

De Anónimo a 06.03.2019 às 12:09

Caro Alvor,
Esta última imagem no seu post, também é estranha.

Escudo Real

À data da ilustração, o símbolo do "Império" no escudo na mão esquerda da figura que também suporta a bandeira de “São Jorge?”, não aparecem as armas do Reino de Portugal.
Isto é, não aparecem, mas estão lá “supostamente”, aparentam terem sido removidas ou por “acaso” caiu a cor toda nesse único lugar do escudo.
Segue o link do escudo, disponível na wikipedia, que mais se assemelha ao que vemos na imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_the_King_of_Spain_as_Monarch_of_Milan_(1580-1700).svg
O wikipedia contém uma datação para este brasão real entre 1580 e 1700.

A figura do lado ESTE

A tal figura que se encontra ajoelhada perante o Rei, que lhe segura o escudo real, que se apoia na Bandeira de "São Jorge?", será também ele um Rei?

Se do lado Oeste temos o Rei do Peru, quem será o "Rei" no Lado ESTE?
Será, mais uma vez, o Rei de Portugal?

Se o for, então já seriam, pelo menos, 3 ligações diretas, ao Rei de Portugal, sem contar com as duas imagens do selo.

Qual seria a mensagem que o autor queria transmitir?
Qual a importância do Rei de Portugal (na visão do autor) para lhe dar mais relevo que a qualquer outro rei no atlas?

Cumprimentos,
Djorge

De Alvor-Silves a 06.03.2019 às 19:14

Caro Djorge,

é muito boa a observação de que faltam ali as cores do escudo português, apesar do escudo estar desenhado. A razão para isso, desconheço!

Próximo de Filipe II deveria ser o seu meio-irmão D. João de Áustria, que tal como D. Sebastião morre em 1578. O filho, Filipe III, não deveria ser porque nasceu nesse mesmo ano. Consta que a relação dos irmãos era muito próxima, e por isso fará algum sentido estar ali também o "vencedor de Lepanto".

São 8 as figuras a que é dado relevo:

1 - Imperador dos Turcos
2 - Rei de Espanha e das Índias
3 - Rei da Polónia (Sigismundo III?)
4 - Rei de Portugal
5 - Papa - sumo pontifice
6 - Prestes João da Etiópia
7 - Moctezuma - rei do México e da Índia Ocidental
8 - Sacro Imperador Romano-Germânico (Rudolfo II?)

... mas nem a caixa de texto que os acompanha parece dar claro motivo da escolha.

De facto, este mapa parece ser todo ele uma caixa de segredos.

Abraço.

De João Ribeiro a 11.03.2019 às 13:30

Boa tarde,

D. Sebastião não parece de todo um jovem de 24 anos. Parece mais um D. Sebastião com a aparência que teria se fosse vivo na altura da criação do mapa em questão. Aliás de D. Sebastião há pinturas para todos os gostos! Pinturas completamente díspares na aparência, quase como que de pessoas diferentes.

Cumpts,

JR

De Anónimo a 11.03.2019 às 14:43

Caro JR,

Se está a falar da imagem do Re de Portogallo, sim concordo consigo que nada tem a ver com as imagens que conhecemos.
No entanto, os retratos do selo do autor, são coerentes com alguns quadros de D. Sebastião quando mais novo.

Nesse aspecto concordo com a Maria da Fonte.

Cumprimentos,
Djorge

De João Ribeiro a 12.03.2019 às 19:14

Olá caro Da Maia e Djorge e obrigado pela resposta.
Onde posso encontrar esse comentário da Maria da Fonte? Gosto sempre das intervenções dela se bem que muitas vezes fico aquém no entendimento do que ela poderá querer dizer.

Ab

JR

De Alvor-Silves a 13.03.2019 às 01:10

Boa noite,
o link com o comentário da Maria da Fonte está aqui:
https://www.davidrumsey.com/blog/2017/11/26/largest-early-world-map-monte-s-10-ft-planisphere-of-1587

... o comentário é o penúltimo, com a data de 6 de Dezembro de 2018, onde diz:

Urbano Monte was King Sebastian of Portugal. King Sebastian did not die in Alcácer Quibir, as he wimself writes in the legend that identifies the King of Portugal in Urbano´s Map. Just look at the self-portraits...and read the Sonnet. A wonderful Map and an enlightenig Sonnet. Thankful

Estou de acordo com ambos.
Ou seja, de facto o retrato do "Re di Portogallo" não se parece com os retratos conhecidos de D. Sebastião. Porém, eu diria que este Urbano Monte não parece um desenhador muito dotado, e assim há que dar o desconto.

Mas, lá está, Djorge tem também razão ao citar a Maria de Fonte, já que o primeiro auto-retrato do Urbano Monte seria mais parecido com os retratos de D. Sebastião, e o segundo retrato nada parece ter a ver com o primeiro.

Abç

De Anónimo a 13.03.2019 às 10:58

Caro Alvor e JR,
Para complicar mais a questão fica aqui mais um ensaio, para comentarem.

D. António I como Re de Portogallo:

Enquanto a figura no selo "original" (a que está desenhada na mesma folha do mapa) tem semelhanças reconhecidas com o aspecto físico de D. Sebastião nos quadros que o identificam, por outro lado, o selo "sobreposto", tem muitas semelhanças com duas representações da figura de D. António I ambas por autores não mediterrânicos.
Link: http://ensina.rtp.pt/artigo/d-antonio-prior-do-crato-e-defensor-de-portugal/
Filme minuto 01:31.
Link: https://www.vortexmag.net/d-antonio-prior-do-crato-o-homem-que-foi-rei-de-portugal-durante-2-meses/
A figura deste link é também a mesma que consta no artigo do wikipedia sobre D. António I.
As características comuns com a figura no selo sobreposto, são o bigode, barba e cabelo penteado para trás.
Se for ele, a figura do segundo selo, faria mais sentido apenas pelo aspecto físico nunca pela idade ou pelo nome Urbano Monte.
Por outro lado, a figura do “Re de Portogallo”, no mapa, tem cabelo ruivo ou louro, mais coerente com os retratos conhecidos de D. Sebastião ou Filipe II, no entanto, um bigode "farfalhudo-horizontal” e barba apenas no queixo, não são encontrados em quase nenhuma imagem conhecida destas duas personagens.
Há ainda, uma figura, sem referencia de origem ou data, no artigo do Wikipedia sobre o Prior do Crato.

Aparte sobre fontes no Wikipedia:

O que me espanta nesta figura é como ela consegue estar colocada na wikipedia sem qualquer fonte ou contestação, especialmente nos dias de hoje, onde para colocar o que quer que seja nos artigos wikipedia, são necessárias fontes “credíveis” corroboradas por outras fontes “menos credíveis”.
Ainda assim, a dita figura, vai de encontro com a imagem do “Re de Portogallo” pela parecença fisionómica da "barba e pera" no mapa de Monte, no entanto, a figura no artigo do wikipedia teria, possivelmente, cabelo mais escuro, comprido e escorrido, e não claro e curto como a que ou autor desenhou no mapa.
Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/António_de_Portugal,_Prior_do_Crato#/media/File:D._António,_Prior_do_Crato.jpg

Nota "complicadora":

(Esta época aparenta contar com um estilo de roupa e aprumação capilar, masculino, muito semelhante por toda a Europa o que torna difícil dizer quem é quem.)

Luís de Camões:

Depois temos Luís de Camões com a mesma fisionomia da figura no selo sobreposto, o tal Urbano Monte que escreve o soneto que a Maria da Fonte identifica como “prova” de D. Sebastião não teria morrido.
Segundo o artigo do wikipedia sobre Camões, este retrato (link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Luís_de_Camões#/media/File:Camões,_por_Fernão_Gomes.jpg) da autoria de Fernão Gomes será o supostamente o “mais autêntico retrato” de Camões. Se analisarmos bem a figura do selo sobreposto, parece-me o mais parecido de todas as hipóteses.

Resumo:

Sugeria então a seguinte interpretação dos retratos;

D. António I como “Re de Portogallo”.
D. Sebastião como Urbano Monte no selo original.
Luis de Camões como Urbano Monte no selo sobreposto, e possível autor do soneto (pela sugestão da Maria da Fonte).

Cumprimentos,
Djorge

De Alvor-Silves a 15.03.2019 às 01:18

Caro Djorge,
sim, que o retrato possa ser de D. António poderá ser uma possibilidade, interessante, e que faz sentido.
Pelo menos, à volta de 1587, a data escrita no mapa, ou 2 anos mais tarde, conforme o novo retrato, em 1589, é a data da expedição de Drake & Norris (a expedição dos amigos de Peniche), no sentido colocar D. António no trono.
Por isso, seria pelo menos um assunto na ordem do dia.

De qualquer forma, convém notar que Moctezuma é referido, e teria sido morto em 1520, portanto 70 anos antes. Aliás parece haver uma confusão entre quem seria rei do Peru ou do Mexico.

Abç
da Maia

De Anónimo a 15.03.2019 às 11:50

Caro da Maia,
RE DEL PERU
Pela descrição, "qui parla Atabalipa Re del Peru designato como nela tavola seguente", ou traduzindo, "Aqui fala Atabalipa, Rei do Peru...", penso que o autor se refere ao Rei dos Incas, "Atahualpa" Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Atahualpa, cujo império se estendia pelos territórios atualmente do Peru, Colômbia, Ecuador, Chile, Bolívia e Argentina, à altura da chegada do conquistador Francisco Pizarro.

Este líder Inca foi, depois de conquistado, executado por via de sentença de tribunal, em 1533.
A Estória:
Retirado do trono por Pizarro aquando da “fabulada” conquista “heroica” do Peru, onde uma força de 5-6000 incas terá sido vencida pela “expedição” de Pizarro, que consistia em 99 unidades de infantaria, 69 unidades de cavalaria e 1 padre. Numa emboscada, terão dominado a força Inca, onde não terá morrido uma única unidade castelhana e terão sido mortas quase toda a guarda pessoal do Rei Inca.
A História:
Após a derrota, foi aprisionado e posteriormente, submetido ao batismo, forçado ao pagamento em ouro e prata pela sua vida, e finalmente, como desfecho da acusação em tribunal, foi executado.
Especula-se que a decisão de execução terá sido por receio de uma eventual revolta liderada por apoiantes, sobreviventes, de Atahualpa, contra os conquistadores.

CONCLUSÃO

Embora, tanto a estória de Moctezuma II ou a de Atahualpa, tenham tido resultados semelhantes, o Rei dos Aztecas, não foi Rei do Peru, nem o Rei dos Aztecas foi forçado a submeter à vontade Filipina (demonstrada na figura do mapa), mas sim à vontade do próprio povo que não lhe reconheceu o trono, aquando da revolta de Cortés.
Assim, penso que a figura no mapa que se apresenta de joelhos e submisso ao “Re Philippo Max”, parece-me ser de facto, Atahualpa líder dos Incas.
Relativamente ao mapa, de facto é invulgar ambas as figuras estarem mortas à data da publicação, sendo que, se somarmos, o Re de Portugallo, seriam 3 lideres de territórios, “agora”, “Filipinos”, que estariam mortos.

CURIOSIDADES

1. A descendência de ambos os protagonistas da estória da conquista do Peru (Francisco Pizarro e Atahualpa) e a sua ligação a Portugal:
“… after the death of Pizarro, Inés Yupanqui, the favorite sister of Atahualpa, who had been given to Pizarro in marriage by her brother, married a Spanish cavalier named Ampuero and left for Spain.
They took her daughter by Pizarro with them, and she was later legitimized by imperial decree. Francisca Pizarro Yupanqui married her uncle Hernando Pizarro in Spain, on 10 October 1537—they had a son, Francisco Pizarro y Pizarro.
The Pizarro line survived Hernando's death, although it is extinct in the male line.
Pizarro's third son, by a relative of Atahualpa renamed Angelina, who was never legitimized, died shortly after reaching Spain.
Another relative, Catalina Capa-Yupanqui, who died in 1580, married a Portuguese nobleman named António Ramos, son of António Colaço.
Their daughter was Francisca de Lima who married Álvaro de Abreu de Lima, who was also a Portuguese nobleman…”
2. Numa breve pesquisa, encontrei um registo ligado a Francisca de Lima e Álvaro de Abreu Soares (de Lima), que consta no arquivo da Câmara de Ponte de Lima. (Link: https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi406XY_4PhAhUnx4UKHf0OBNYQFjAAegQIAxAB&url=http%3A%2F%2Fpesquisa.arquivo.cm-pontedelima.pt%2Fdetails%3Fid%3D991061&usg=AOvVaw07pM4KXiXztMBi9efuXZV8)
3. A capital do Peru, é Lima.
Abs,
Djorge

De Alvor-Silves a 18.03.2019 às 02:40

Obrigado pelo comentário detalhado.
Eu estava apenas a referir a menção que Urbano Monte faz - diz que iria falar de Atabalipa (ou Atahualpa) na "távola seguinte", mas depois apenas se vê um destaque dado a Moctezuma, nos 8 personagens seleccionados.

A situação merece ainda um significativo destaque porque se são mencionados Atahualpa e Moctezuma, parecem quase esquecidos por completo os marajás indianos, ou mais importante ainda, o rei da China, shoguns japoneses, ou um rei da Tailândia.

Abraço, da Maia.

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