Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



O grupo protege e esmaga o indivíduo.
"Há pelo grupo" significa aqui que "o indivíduo existe pelo grupo", pelo povo, pela espécie.
Conectar "haplogrupo" a "há pelo grupo" não é certamente etimológico, é simples visão ou cegueira, consoante os olhos inquisidores.
Até que cada indivíduo consiga equilibrar-se ao grupo, numa relação de igual para igual, a luta da potência contra a impotência não tem fim previsto. O apego à potência é apenas um prolongar infantil do medo da incontornável impotência. Ninguém domina o processo que leva da vontade de erguer o braço ao efectivo erguer do braço, e no entanto há quem julgue dominar tudo em seu redor... enfim, são visões ou cegueiras!

Com o lançamento de dados sobre haplogrupos haverá múltiplas hipóteses sobre a migração humana, a maior parte das quais apontam a clássica saída de África, com a dispersão sempre feita na zona entre o Cáucaso e Himalaias. Tenho insistido numa outra migração, saída da Oceania-Melanésia, e vou retomar esse assunto com alguns esquemas gráficos mais elucidativos.
O assunto é complexo, difícil de juntar, sujeito a ser questionado por vários detalhes, mas o meu objectivo foi apenas procurar dar um nexo que fosse consistente com as informações que tenho. Como é óbvio, não cuidará dos detalhes de informações que não tenho...

Y-DNA
Primeiro pelo lado Y-DNA, de que já tinhamos falado.
Encontrei no Dienekes' Anthropology Blog um mapa muito bom que está na Wikipedia, e conforme se diz, representa um grande esforço de representar o panorama actual, com a versão "mais consensual" para as migrações:

Como as letras dos haplogrupos são pouco informativas, irei arriscar usar nomes... não arbitrariedades como já foi feito, em que um H serve para Helena... 
A ideia será que o nome reflicta objectivamente a ascendência. 
O remoto ascendente adâmico seria um certo A perdido, dos quais houve variantes umas que se encontram em África, que designaremos por Á. Ao descendente que originou todos os restantes chamaremos Ã... e quase todos os nomes irão terminar em "ã" para reflectir essa ascendência (a letra pequena significa o rasto perdido). O negrito nas letras indica a sua designação simples actual, e usarei letras "u,y" para indicar elos perdidos.

(0) Temos uma separação Á e "ã" ainda em África.
(1) A descendência de "ã" serão Bã (África) e "cã" (todo o mundo).
(2) Desse "cã" perdido surgem "ucã" e "ycã" ambos perdidos, mas que originam:
   -- Ducã (Ásia), Eucã (dominante em África), Cycã (Austrália, Sibéria), Fycã (resto do mundo).
(3) Há aqui um salto e Fycã irá originar Gu-Fycã (Europa-Cáucaso) e outro elo perdido yu-Fycã.
   Este último origina Hyu-Fycã (Dravidiano), e ainda a outro elo perdido vyu-Fycã.
(4) Será desse novo elo perdido que surgem dois novos elos perdidos: u-vyu-Fycã e y-vyu-Fycã.
   Do primeiro aparecem Iu-vyu-Fycã (Escandinavo-Balcã) e Ju-vyu-Fycã (Semita).
   O restante dá novo elo perdido uy-vyu-Fycã surgindo então:
   Kuy-vyu-Fycã e um wuy-vyu-Fycã que gerará Twuy-vyu-Fycã e Lwuy-vyu-Fycã (India). 
(5) Surge a descendência dominante Kuy-vyu-Fycã, que dá SKuy-vyu-Fycã, e ainda mais dois elos perdidos (designamos x e y). 
   Um "x" terá como "netos" Nyx-Kuy-vyu-Fycã e Oyx-Kuy-vyu-Fycã.
   Outro "y" terá My-Kuy-vyu-Fycã e Py-Kuy-vyu-Fycã, como "filhos"...
   ... e finalmente QPy-Kuy-vyu-Fycã e RPy-Kuy-vyu-Fycã, como "netos".

Esta nomenclatura é estranha, mas não é mera "invenção" - por exemplo, reflecte o parentesco entre os haplogrupos M,N,O,P,Q,R,S que remete ao K, todos aqui com o nome comum Kuy-vyu-Fycã. Mostra que estão distantes das letras D, E, com quem já só partilham a terminação "cã" em Ducã e Eucã. A única "invenção" que aqui fazemos é usar as letras u, y,... para indicar os elos perdidos, e pouco mais. 
O comprimento do nome reflecte a maior diversidade de variações, e não terminaria aqui. 
Interessa aqui seguir de novo a possível história destas "famílias"...

Começamos pelo Quadro 1 em que vemos basicamente a linha primordial, que tem basicamente duas linhas que nunca saíram de África (A e B), essas irão manter-se ali até ao fim. 
O que vai mudar é um c, "", que será eneavô dos restantes saídos de África...

Supomos uma primeira separação "ucã" presa em África, pelo fim da passagem no Mar Vermelho, que irá gerar Ducã e Eucã (letras DE), por oposição aos restantes "ycã", que ficam na Ásia, ou seja Cycã e Fycã (letras CF).

Para abreviar, no Quadro 2 temos logo a descendência alargada destes "Fycã". 
Supomos que os Fycã terão dominado, empurrando uma divisão da restante população Cycã, uma para a Sibéria, Mongólia (C1,C3) e outra para a Oceania (C2, C4). Haverá uma reentrada na Ásia de parte da população retida antes em África, os Ducã
Um primeiro evento de subida de águas (diluviano) remeterá esses Ducã às montanhas do Tibete ao Japão (Ainos). Pelo lado dos dominantes Fycã, o evento diluviano leva uma parte Gu-Fycã a refugiar-se no Cáucaso, outra parte Hyu-Fycã, nas montanhas do Sul da Índia e Ceilão (população dravidiana e cigana). Finalmente, a parte restante vyu-Fycã (mencionada na figura 2 como IJK) será sujeita a novas variações ao refugiar-se nas montanhas que vão da Birmânia, Tailândia e Vietname até à Indonésia e Oceania. 

Passamos então ao Quadro 3. 
Nesta fase, a descida das águas permitirá a expansão da população dravidiana (Hyu-Fycã) pela Índia, que deverá ter dominado o sul asiático. Pelo lado africano, parte da população Eucã (berbére, moura), terá entrado na Europa, sendo notável ainda a percentagem elevada E3 na Grécia, havendo vestígios no restante sul da Europa. Nesta fase quase toda a África é dominada por essa população Eucã (E1), e assim se irá manter. 

Por via da descida de águas, uma parte da população vyu-Fycã, remetida às montanhas da Birmânia irá tentar regressar às planícies indianas. É natural ter havido um conflito com a população dravidiana Hyu-Fycã, e nesse conflito migrante alguns, vistos como gigantes, foram repelidos das paragens indianas. Esses "gigantes" iriam contornar o Cáucaso em direcção à Europa, os Iu-vyu-Fycã (antecessores de escandinavos ou croatas), enquanto que outros iriam para a península arábica os Ju-vyu-Fycã (antecessores de árabes, semitas... e romanos!). Assinalamos essa direcção migratória com as setas saindo dos IJ, que fica explícita no quadro 4, bem como a passagem Cycã para a América, talvez movidos por pressão dos Ducã (a influência de tibetanos em mongóis ainda hoje se mantém no aspecto religioso).

No Quadro 4 assinalamos ainda uma propagação europeia dos Gu-Fycã, com alguma ligação neandertal. Finalmente, há uma parte restante dos IJK que fica na Indonésia-Oceania, serão os Kuy-vyu-Fycã, ainda que se possa falar de novas tentativas de ingressão na Índia - populações Lwuy-vyu-Fycã e Twuy-vyu-Fycã (estas populações não estão assinaladas, porque não se constituíram como dominantes, tendo mantido alguns pontos de dominância em partes da Índia, os T podem ter acompanhado os R1b na migração seguinte, talvez denotando uma origem da mesma ilha oceânica)

Entre o Quadro 3 e 4 falamos circa 30 a 15 mil a.C., de acordo com a datação convencional à entrada no continente americano:
Migração Homo Sapiens (vermelho), Erectus (verde), Neandertal (amarelo). [Wikipedia]

Terminámos o Quadro 4 com a migração dos Kuy-vyu-Fycã para a Nova-Guiné, onde constituem a população SKuy-vyu-Fycã. A evolução em ilhas separadas irá trazer maior diversidade, sendo todos estes novos elementos da família Kuy-vyu-Fycã, vamos apenas designá-los pelo "primeiro nome"... SMy (Nova-Guiné), Nyx (turcos-siberianos), Oyx (chineses), QPy (índios-americanos), RPy (indo-europeus).

Nota: A presença específica de antecedentes comuns na Nova-Guiné faz-me ser difícil conceber outra qualquer hipótese que não coloque a origem naquelas paragens. Outras teorias migratórias não têm qualquer cabimento com um final só naquela ilha. Esta é a única possibilidade "natural" que vejo, sem entrar com outras considerações mirabolantes ou simplistas (que em última análise poderiam conter uma intervenção global externa feita por alienígenas). Os novos dados sobre tradições na Nova-Guiné, que envolvem mumificações, antas, etc. suportam esta hipótese.

Podemos já passar ao Quadro 5, que mostra como esta família Kuy-vyu-Fycã se pode ter movimentado.
Já falámos sobre os S e My que terão ficado na Nova-Guiné. De ilhas adjacentes... em que os candidatos podem ser Java, Bornéu, Sumatra, Timor, Celebes, ou tantas outras, terão partido os Py que depois de se estabelecerem na zona da Tailândia-Birmânia, tendo migrado por um lado em direcção à zona chinesa (os QPy), e por outro à zona indiana (os RPy). No entanto, pela mesma época terão partido, doutra ilha, os Nyx, também em direcção a paragens chinesas, tal como fariam por fim os Oyx. Se os Nyx já teriam empurrado os QPy, mais o fizeram com a nova pressão dos Oyx, tendo como resultado a migração dos QPy para a América, conforme se vê já no Quadro 5, e ainda mais no Quadro 6:

O Quadro 6 pretende apenas tornar clara a situação de evolução da migração/conquista com a entrada dos indo-europeus R na Índia, antes da sua migração para a Europa. Na zona europeia colocámos nestes quadros uma presença menos dominante dos G, já que há maior vestígio dos I e J

Nota: Aproveito para assinalar um problema de datação típico. O grupo G tem sido atribuído c. 17000 a.C. enquanto I e J chegam a ser colocados em 30000 a.C. No entanto, como fica explícito pela extensão do nome, a parte comum é o elo u-Fycã do qual G era "filho" e os I, J seriam "trisnetos". Qual a razão para colocar o "filho" 15000 anos mais novo que um "trisneto"? É claro que pode haver variações a qualquer altura, partindo dos existentes... mas teriam que ser minimamente justificadas, algo que tem parecido ser desnecessário. A teoria actual parece dar a ideia de que a população estaria em hibernação e mutações no Cáucaso, e de vez em vez uns saiam para passear... Esse problema é tanto mais notório quando se liga Cro-Magnon a R1b. Simplesmente as datações não batem certo umas com outras!

Adiante, passamos ao Quadro 7, que antecede, e ao Quadro 8, que tem a distribuição populacional actual. O domínio da população oceânica Oyx é completo no território do sudeste asiático, remetendo os Nyx para paragens siberianas numa ligação tartára que se estenderia depois à Turquia.
Da mesma raiz oceânica, os Q ficam dominantes na América, e os indo-europeus R iniciam a invasão europeia, provocando uma divisão dos I numa parte escandinava (I1) e balcã (I2), o mesmo se passando com os R1a e R1b, por virtude diluviana que estabeleceria o continente europeu como ilha. Os G passam a residuais na Europa, remetidos à origem caucasiana. Os R1a manteriam a ligação indo-europeia, enquanto que os R1b definiriam uma civilização atlântica (ou atlante...). Este seria o panorama à época diluviana, circa 9000 a.C. (ou bem menos...). 

mt-DNA
Vamos agora ver o que se passa pelo lado mitocondrial de transmissão feminina. Este aspecto será mais relevante em sociedades matriarcais. Só agora me refiro a esta análise porque há muito menos mapas, e a informação parece muito menos clara.
De qualquer forma, o panorama não é muito diferente no início... começa também em África, mas há logo uma separação em dois haplogrupos principais "m" (mais asiático) e "n" (mais europeu-oceania).

É interessante ver que os nomes aqui serão muito mais curtos... a variação genética pela herança mitocondrial parece ser muito menor.

Há variações do L, mas para seguir a mesma linha que fizémos para o Y-DNA, atribuímos o nome "Lã" às companheiras de "cã" na migração fora de África.

(1) As "filhas" de "Lã" são MLã e NLã.
(2) De MLã surgem D'MLã, E'MLã, G'MLã, Q'MLã, Cy'MLã e Zy'MLã.
      De NLã surgem A'NLã, S'NLã, R'NLã, I'NLã, W'NLã, X'NLã, Y'NLã.
(3) Restam apenas as descendentes de R'NLã, que são
BR'NLã, FR'NLã, PR'NLã, UR'NLã e ainda elos: aR'NLã, eR'NLã
(4) KUR'NLã descende de UR'NLã, e as restantes descendências são:
- HaaR'NLã e VaaR'NLã;
- JaeR'NLã e TaeR'NLã.

Como vemos, o nome mais comprido pelo lado mt-DNA envolve apenas 7 ascendências, enquanto no caso Y-DNA se verifica o dobro.

As letras agora mudam, e vou usar minúsculas nos quadros seguintes para não confundir com as de cima.
Começamos pelo quadro i). A hipótese é que um ramo L  teria-se separado em M e N, já na Ásia.
Esta separação bate certo com uma "situação diluviana", ligando MLã aos Cycã, e NLã aos Fycã.
A grande variação ocorrerá nessa altura por isolamento insular.
Uns ficam na zona caucasiana, outros na zona himalaia e na parte tailandesa-indonésia. 
Passamos à nova divisão, que apresentamos no Quadro ii), que é muito mais complexa.
Mais complexa, porque há várias subdivisões do n e várias subdivisões do m, algo que não acontecia no outro caso. 
Para explicar tal efeito, mais uma vez recorrerei à questão das ilhas asiáticas em situação diluviana - para evoluções diferentes. Mas com um carácter distintivo face ao Y-DNA masculino, ou seja, não haveria eliminação drástica da população feminina nos confrontos, permitindo a sobrevivência dessa diversidade. Ou seja, um grupo "masculino" poderia acompanhar-se de dois ou mais grupos "femininos", simplesmente pela imposição sobre as populações, sem aniquilação da componente feminina.

Inicialmente a população "m" estendia-se pela zona asiática oriental, atingindo as ilhas oceânicas. Pela separação a que os Fycã forçaram os Cycã, uma parte destes (mongóis-esquimós), que rumou à América, levou duas populações filhas D'MLã e Cy'MLã... mas não na totalidade, pois uma maior parte dessas filhas manteve-se em território asiático. Outras variações ficaram em territórios insulares da Ásia-Pacífico, por exemplo, E'MLã (Bornéu, Filipinas), Q'MLã (Papua).
Por aqui termina praticamente a história da migração pelo lado descendente MLã.

A história de NLã é mais complicada, envolvendo uma separação entre filhas caucasianas W'NLã e I'NLã, provavelmente associadas a uma inicial povoação europeia, e todas as restantes a, r, s, x, y, que voltamos a remeter à zona da Oceania. Note-se que NLã é ainda elemento dominante nos aborígenes australianos.

Fazemos isso também porque A'NLã e X'NLã são levadas numa segunda migração em direcção às Américas, algo que só tem correspondente masculino na migração dos QPy-Kuy-vyu-Fycã ou eventualmente numa migração parcial dos Nyx-Kuy-vyu-Fycã. De qualquer forma, são já migrações tardias. Na zona da Oceania, vão ficar R'NLã e S'NLã (a outra variante australiana).

É agora de R'NLã que vão surgir todos os descendentes seguintes, e mais uma vez a presença da ligação filha PR'NLã na Nova Guiné não deixa muitas outras escolhas quanto à origem de onde partiram.
Passamos então ao Quadro iii), onde apontamos a nova migração das filhas R'NLã, que podem ter acompanhado a primeira migração dos Iu-vyu-Fycã Ju-vyu-Fycã (escandinavos e semitas), com UR'NLã, HaaR'NLã, VaaR'NLãmas certamente acompanharam depois a migração dos RPy-Kuy-vyu-Fycã (indo-europeus), com TaeR'NLã e JaeR'NLã.
No Quadro iv) temos já essa situação final, conforme ocorre nos dias de hoje, e que reflecte a outra parte da descendência oceânica. 
Da mesma origem de R'NLã surgem FR'NLã e BR'NLã, na zona do sudeste asiático e Oceânia (já tinhamos referido PR'NLã), o que reforça essa origem oceânica, mas, mais que isso há um povoamento de BR'NLã que é tipicamente migração marítima, ligada a uma migração que os Oyx-Kuy-vyu-Fycã levaram até Madagascar, e que se estendeu até às Américas, muito provavelmente associada à migração dos QPy-Kuy-vyu-Fycã.


Conclusão: 
Bom, o retrato anterior é confuso no detalhe, mas esse mesmo detalhe permite algumas conclusões mais verosímeis que outras. 
Uma delas, que me parece clara, e em que tenho insistido, é numa mesma origem dos indo-europeus, chineses e índios-americanos, na mesma zona oceânica, ligando directamente à Papua-Nova-Guiné, e que de alguma maneira é justificável pela competitividade extrema que se atingiu naquelas paragens insulares. 

Há sempre outras justificações, e podemos apontar detalhes num sentido ou noutro.
Também podemos pensar que do Cáucaso apareciam de vez em vez autênticos Adónis masculinos que seduziam todas as mulheres da redondeza... mas enfim, ainda que Genghis Khan sozinho tenha deixado uma grande prole ainda hoje visível, parece que há umas coisas mais prováveis que outras. Ainda que tenha muito de mito, a consanguinidade agrava problemas biológicos, e não é muito claro que uma simples família tenha dado origem a toda uma raça. As ilhas surgem assim como o ambiente natural para a diversidade.

Posteriormente, pelo efeito de sedentarização, houve um outro fenómeno que provocou divisões suplementares, de que aqui não falámos. Basta ver que só dentro do R1b temos as linhas:
R1b1a2a1a2 (a,b,c,d,e) - (ibérico, gaulês, norte-atlântico, nórdico, britânico),
o que mostra como as variações de DNA não se esgotam nos grupos e é claro definem os indivíduos!
A sedentarização, o isolamento de aldeias, é já uma característica posterior, e tem aspectos semelhantes ao isolamento em ilhas... mas isso só ocorreu com civilizações já bem estabelecidas, onde a agricultura se tornava a actividade dominante. O que é interessante é que estes estudos mostram uma maior proximidade genética nuns casos, e uma maior distância noutros... quando isso não era suspeitável pelo simples aspecto físico.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:56


90 comentários

De Amélia Saavedra a 17.03.2014 às 13:17

"Cara Amélia, será que o próprio rei sabe que é rei?" Ora aqui está uma pergunta pertinente....Por isso é que sempre gostei de história (apesar de não ler tanto quanto queria.. como é o seu caso).. e agora ando a tentar pesquisar a minha árvore genealógica.. trabalho esse que vai levar com toda a certeza vários anos.... (até onde conseguir dados). E do pouco que já consegui saber dá para ir descobrindo não só história da família (os ganhos e as perdas; as guerras e discussões; os segredos - isto contado pelos membros mais velhos da família) mas também a história do nosso próprio pais. Dá para perceber que existe um povo para lá do Tejo a sul e outro a norte... Tenho a sorte ser fruto do encontro entre o norte e o sul. E nasci no centro ;) As diferenças que se descobrem abrem portas para um novo olhar... sobre quem somos e de onde viemos...
Quanto a África... a questão é que ninguém parece ligar à história africana.. é que nem sempre foram simples tribos... houve reinos como o Reino do Congo com quem curiosamente estabelecemos contactos não só comerciais mas também de caracter politico... deste reino surgiu a Angola (que não coincidia exactamente com o território actual) e outros países, evidentemente...

De Alvor-Silves a 17.03.2014 às 15:12

Essa diferença entre norte e sul também me parecia algo marcante, nomeadamente pela questão moçárabe, mas o que tenho concluído é que isso parece ser muito mais residual do que se pretendeu.
Por um lado, pela questão da língua... não houve nenhuma bolsa populacional que tivesse mantido qualquer afinidade, nem sequer linguística com a presença árabe. Numa pequena troca de palavras que tive com um galego, ele sugeria como é habitual, que abaixo do Douro vivia uma população moura, e que basicamente a língua portuguesa derivava do galego. No entanto, isso não tem qualquer viabilidade, se assim fosse, não teria sido de um momento para o outro que os mouros teriam aprendido português, esquecido o árabe, a ponto de termos uma população uniformizada já no tempo dos afonsinhos.
O que creio que se passou foi uma invasão árabe mais administrativa, e as populações autóctones continuavam a falar a língua que sempre tinham falado. A única manifestação mais arábica em Portugal foi a Tarifa de Silves, e mesmo assim creio que praticamente todos os mouros partiram para Granada, assim que Afonso III conquistou o Algarve.
Os locais viam os árabes como invasores, tal como tinham visto os godos... afinal que palavras de origem germânica temos?
Assim, ter a nobreza goda a tomar poder, ou ter os árabes, era algo que passava um pouco lado de uma cultura popular muito mais antiga... e essa população campestre, essa sim ligava o país do norte ao sul.
Foram poucas as alturas em que a população se identificou quase globalmente ao poder instituído, mas parece certo que o poder romano não os incomodou demasiado, e ainda tentaram que um certo Sebastião romano evitasse a invasão goda, algo que se esfumou. Desde essa altura, essa tradição antiga portuguesa remeteu-se ao campo, procurando uma independência nos conselhos locais, que passaram a concelhos administrativos.
Por isso, essa divisão norte-sul, só a consigo ver ao tempo de lusitanos, turdulos, tartéssios, e toda uma panóplia de povos, uns mais celtas que outros.
Se puder acrescentar algo a essa ideia de divisão norte-sul, agradeço, porque tenho ideia que ou é muito antiga (anterior a romanos), ou é um simples preconceito ligado à invasão árabe, tal como é remeter para o árabe tudo o que começa com "al" (os espanhóis usam "el" e os franceses "il", e estes que se saiba não foram invadidos).

Sobre África, a presença islâmica tem sido negligenciada, mas ela atingia o Golfo da Guiné.
Ou seja, quando se fala na presença portuguesa até essas paragens senegalesas, correspondendo ao Infante D. Henrique, convém notar que essas partes estavam pelo menos sob influência directa dos árabes. Ainda hoje há muitos muçulmanos nessas paragens que vão até à Guiné.
Se os islâmicos não foram mais longe, não terá sido porque não tenham querido, mas a progressão pela selva, cheia de tribos hostis, não deveria ser fácil. Agora, é algo estranho que não tenham descido pela costa, como fizeram os portugueses.
Por isso, talvez o Congo por um lado, e os Zulus pelo outro, tivessem oferecido resistência acima do previsto. Do lado Índico, havia muçulmanos até Moçambique, mas não mais abaixo. Os próprios holandeses e portugueses só entraram mais afoitamente no Séc. XIX, e só mesmo com os ingleses, belgas e franceses se veio a instituir a colonização tradicional.
Para mim, ponto mais misterioso é que os islâmicos tenham parado na Indonésia, e tivessem deixado a Oceânia em paz...

Abraços.

De Amélia Saavedra a 17.03.2014 às 18:41

Grata pela resposta... é impressionante como consegue responder a todos os comentários... ;-)
Começando pelo final, desconheço a história mais a oriente ou melhor muito mal (já vejo-me grega para conhecer e compreender a ocidental... se bem que ao longo do tempo houve sempre inúmeros contactos e nem todos foram propriamente pacíficos e a história dos dois lados confunde-se mais do que se possa imaginar e é por isso que gosto bastante de ler o que vai pondo por aqui)... Por isso, não lhe sei dizer, mas estará relacionado com a tal particularidade das tribos da Papua Nova Guiné gostarem de carne humana?
Quanto à questão norte-sul (sendo o rio Tejo a linha divisória – que há que notar parece não só dividir povos em Portugal como também em Espanha) creio que a sua primeira abordagem estará mais correcta… partindo do princípio que a cultura dita Bell Beaker (Cultura do Vaso Campaniforme) tenha surgido precisamente nesta zona, ou mais concretamente em Zambujal (o castro de Zambujal próximo de Torres Vedras) possa explicar esta diferenciação entre as duas margens do rio.
Abraços,
http://en.wikipedia.org/wiki/Beaker_culture#cite_note-case-13
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Vaso_Campaniforme

De José Manuel de Oliveira a 18.03.2014 às 04:05

Boa noite,

Lamento se vou desiludir as ideias de alguém “lunático” que aparentemente vê na Lua causa de migrações diluvianas, pois ficaria por explicar porquê as populações do Atlas montanhas marroquinas vieram se instalar à 12’000 anos na Serra da Estrela dos Montes Hermínios? Pois o ADN é “africano” maioritário na serra e Beiras. Sobre Reis africanos o primeiro a ser reconhecido e receber estandarte dum europeu foi o do Zimbábue dado por
D. Sebastião, outro Rei Africano que fez tratados com os portugueses era um navegador tinha navios e desapareceu sem deixar rastos... o problema é que os portugueses não dão importância às correspondências em língua árabe entre a coroa portuguesa e as várias africanas. Efectivamente esta atracção pela África pela maioria dos portugueses e desdém pelo norte está bem justificada no seu ADN. Existem documentos que demonstram que depois dos “amiguinhos” africanos terem vindo islamizar a Península Ibérica na parte actual portuguesa até à Galiza não ficou viva alma, foi tudo mas tudo degolado, excepto os que fugiram com o Bispo de Braga para a tal “Aldeia das 7 Cidades”, isto de quererem fazer com “mapas ADN” passar o povo português actualmente como sendo Celta Lusitano caucasiano ariano e finalmente Europeu é uma farsa... quando no futuros BI estiverem esses dados logo se verá um dia quem é quem...

Há! antes que se me varra o cão pastor marroquino é idêntico ao da Terra Nova dos Bacalhaus... em aparência, desconheço o ADN, o de água português dizem que veio da estepes russas numa retro migração para o Algarve, e porque diabo é que a língua portuguesa não teria influencias germânicas? Seria de ver a reacção dum germânico a escutar um português (eu) a ler um texto em alemão sem eu perceber quase nada, sim somos uma minoria em Portugal a pensar que temos mais de germânico do que pensam, DAS IS KLAR ! GROßE LERNEN... mas vieram com a ajua ao Afonsso Henriques e por Portugal ficaram, antes era só africanos do Minho ao Algarve, e os Lisboetas eram do Iémem... qual seria a dificuldade de lá voltarem mais tarde nas Caravelas... ? nenhuma.

Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

P. S.
Aparentemente a agricultura espalhou-se rapidamente no sentido geográfico das latitudes, mas os solos mais antigos que se conhecem a serem cultivados estão localizados na Alemanha e eram dos Neandertais, 100% vegetarianos...

De Anónimo a 18.03.2014 às 07:08

Caro José Manuel

Há mais de 12 000 anos, o Povo do Atlas era Atlante.
Não era nem Marroquino, que não existia Marrocos, nem Muçulmano, que ainda não tinham nascido,os que se reclamam da Palestina e inventaram Toras e Corões, mas que não passam afinal de germanófilos de leste.com psicopatias totalitárias.

Quanto ao ADN, dos descendentes dos tais das Beiras, lamento, mas não é Subsariano.
Aliás, é o único que não é Subsariano.

Quanto aos cães, alguns salvaram-se, com os donos.

Quanto à Agricultura, está a esquecer-se de que a maior parte da Terra arável ou não, ficou submersa.

Maria da Fonte

De José Manuel de Oliveira a 18.03.2014 às 14:27

Olá,

Podia inundar aqui o site do Alvor com web links com YouTube’s ao estilo do “Paulo” com a sua “nave espacial lunática”, para a convencer, mas era perca de tempo, o que afirmo é consultável em estudos de universidades, quem quiser que os procure... provas de inundações dilúvio universal não existem, as escavações dos campos agrícolas dos Neandertais na Alemanha é recente, assim como a análise ao tártaro dos seus dentes, eram vegetarianos e cultivavam o que comiam, o que há aqui é um grande erro com datas e uma grande dose de lunatismo nisto tudo, assim não vão descobrir nada de real, andarão aqui a mudar de teorias segundo os ventos da YouTube? O ADN dos portugueses não é aquilo que a Maria gostaria que fosse? Temos pena! Como sabe pois é da sua área não existe nenhum estudo geral do ADN “português”, pois até actualmente no Alentejo têm uma localidade que se diz orgulhosa das suas origens dos escravos negros que para lá foram plantar arroz, a ver nos arquivos da SIC, mas sejam o que quiserem os “portugueses” que os maus da fita ou são alemães ou ingleses, os franceses mais os amigos árabes passam sempre pelos santinhos de sempre.
Farto destas tretas de discussão vindas do “Paulo” sem fundamento! Em tudo o que tenho divulgado dei as fontes com os nomes dos cientistas e o das Universidades respectivas, que eu saiba a YouTube não é uma entidade que passe licenciaturas nem diplomas de literacia! É um grande caixote de lixo para todos os gostos...

Há petróleo oficialmente em Portugal desde 1939, um bom terço do país foi vendido às várias companhias estrangeiras de prospecção, há pois coisas mais importantes para discutirem, se os portugueses fossem o que esta aldrabice de quadro ADM quer impingir seriam um povo unido e com sentido de interesse comum, como o dinamarquês, ou escoceses, por exemplo, mas não o são!

Cumprimentos, José Manuel CH-GE

P.S.
A Atlântida segundo Platão era um gigantesco disco de prateado que se ergueu das águas estrondosamente e desapareceu nos céus, como vê tem traduções para todos os gostos...

De Amélia Saavedra a 18.03.2014 às 15:38

Caro Manuel... se bem percebi pelas suas respostas quer a mim quer à Maria da Fonte.. isso quer dizer que não concorda com este verbete em questão? Ou seja sobre a síntese (baseada nos ditos estudos sobre ADN onde se inclui o de Portugal) aqui apresentada pelo Alvor-Silves?
Já agora aproveito para deixar este link.. espero dentro em breve fazer este teste e confirmar as minhas suspeitas.. ;-)
http://genoration.com/pt/pagina.php?p=2&sp=2
E sobre os Neandertais.... pelos vistos também comiam (pouca) carne...
http://www.nature.com/news/neanderthals-ate-their-greens-1.11030 (da Revista Nature)
No entanto, em relação a essa conclusão vegetariana, já houve alguns desenvolvimentos...
http://www.theguardian.com/science/2013/oct/20/neanderthals-diet-plants-herbs-stomachs

Sobre a existência ou não de estudos sobre a tipologia do ADN português, deixo aqui outro link, onde destaco este estudo:
"Micro-Phylogeographic and Demographic History of Portuguese Male Lineages. Beleza, Sandra; Gusmão, Leonor; Lopes, Alexandra; Alves, Cíntia; Gomes, Iva; Giouzeli, Maria; Calafell, Francesc; Carracedo, Angel; Amorim, António. Annals of Human Genetics vol. 70 issue 2 March 2006."
http://journals.ohiolink.edu/ejc/search.cgi?q=keywords:%22y%22&category.facet=Social%20Sciences&journal.facet=Annals%20of%20Human%20Genetics

De Unknown a 18.03.2014 às 17:24

Boa tarde!

Caro senhor José,nunca imaginei essa raiva por mim. O Senhor se for aos sites de Tiahuanaco que coloquei por cá verá que antes do cataclismo os tempos eram diferentes,estão lá todas as referencias a uma Lua bem menor que a actual. Se ocorreu esse grande cataclismo,já foi probado,que o grand canyon é um sinal que grandes fluxos de agua precurreram(norte-sul) e barreram Tiahuanaco do mapa com um castelo de cartas. Ao acontecer isso a norte do hemisferio,também ocurreu no Sul do planeta ao outro polo derreteu e teve o continente de africa para a travar .Por isso esses grandes fluxos de agua nunca atingiriam a dita Alemanha. Faça o favor de não me por na ribalta e esqueça-me.

De Unknown a 18.03.2014 às 18:58

Evidencias e explicações sobre o Dilúvio

http://narrativabiblica.blogspot.pt/2012/03/evidencias-e-explicacoes-sobre-o.html

The Grand Canyon: Evidence for the Flood

http://creation.com/grand-canyon-origin-flood
http://www.youtube.com/watch?v=5aNlb3lFhFM&list

Para quem quizer ver as evidencias...

De Alvor-Silves a 19.03.2014 às 01:20

Bom, as discussões sobre preferências de grupos, haplogrupos ou raças, são um pouco como discussões sobre futebol... quando cada qual tem o seu clube de preferência. E nesse tipo de discussões é fácil aparecer mais o clubismo do que a evidência, mesmo quando a imagem é repetida...

A origem portuguesa está só parcialmente ligada à presença dos suevos, mas convém perceber que os suevos já pouco tinham germânicos, eram populações romanizadas, como a maioria da Baviera. A Suábia é vista um pouco à parte, ao estilo das piadas que uma alemã me contou sobre quem tinha um Opel Manta - algo semelhante ao que contamos sobre os alentejanos...
Num qualquer concílio no Séc. XV (já não me lembro qual), os bispos suecos e germânicos parece que tentaram argumentar sobre a prevalência goda original... ao que um bispo espanhol terá rematado que os godos que tinham ficado nessas paragens eram os piores, pois nem sequer tinham tido o impulso ou coragem de invadir o império romano.

Um outro aspecto curioso foi ter há muitos anos encontrado uma grega que procurava demonstrar na sua tese que os gregos actuais descendiam dos gregos antigos... isto pode parecer caricato, mas este tipo de conversa de grupos e grupinhos leva a estas coisas. A herança grega é vista como propriedade de todo o ocidente. Seria um pouco como se os brasileiros assumissem os descobrimentos e marginalizassem os portugueses...

Isto dá mais ou menos o cenário para a segunda parte do título deste post - "há pelo grupo"... e muitas vezes fazemos defesas de grupos que pouco mais parecem ser do que vontade de pertencer a um certo grupo.

Pela minha parte, quando chega a esse ponto de discussão... resumo o assunto de forma simples:
- Estou perfeitamente a borrifar-me para os grupos, e os que me excluírem é porque não me interessam minimamente. Ponto final.
Para mim, o indivíduo está sempre acima do grupo, de qualquer grupo. Qualquer grupo que sirva para diminuir a individualidade é um grupo de abelhinhas, de formiguinhas, ou de outras manifestações organizativas de estilo totalitário. Aceito organizações, grupos, que sirvam para combater esse tipo de ideias, desde que não se tornem eles próprios no problema. Tanto temos tendências totalitárias por via estatal, como por excesso de individualismo na via privada. Qualquer uma das situações condiciona o princípio básico do respeito de individualidade que devemos uns aos outros.

Convém ainda ter em atenção que o sucesso pontual de um grupo, ou de um haplogrupo, diz muito pouco sobre o seu sucesso a longo termo... é uma história de sucesso aprazada., que depende muito mais do contexto, e até da necessidade de evoluir face ao insucesso. O Iraque já foi berço de gentes que tiveram grandes impérios... só para dar um exemplo.

Convém ainda ter cuidado com a história contada, e importa a consistência dela. Ingleses, alemães, franceses, ou qualquer um dos outros mencionados pelo José Manuel, eram pessoas que passaram séculos e séculos sem qualquer evolução notória, eram os chamados "bárbaros" pelos gregos e romanos, e durante toda a Idade Média assim se mantiveram. Se havia potência em expansão nessa altura, que eclipsou os vândalos, eram os árabes, que foram catapultados do zero para o máximo... sabe-se lá porquê!
E quem parou essa expansão árabe? Foi a Ibéria, que resistiu mais do que o Império de Constantinopla.
Um ibérico do Séc. XVI tinha alguma pretensão em ter origem germânica?
Não, ao contrário, a ponto dos Habsburgos se terem instalado em Madrid.
Os gauleses foram escravos para os romanos, eram vendidos e arrastados como animais. Não penso que um francês tenha vergonha em descender de escravos.
Portanto, essas modas são apenas isso modas... e essas modas de grupos têm a ver como uma hegemonia pontual e a vontade de se ligar à hegemonia.
Só que nenhum indivíduo se valoriza por pertencer a um grupo, só se ilude num empréstimo de valor, porque a valorização é sempre introspectiva.

Abraços.

Comentar post




Alojamento principal

alvor-silves.blogspot.com

calendário

Março 2014

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031



Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D