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Magos

23.09.10
As referências a Reis Magos (Gaspar, Melchior, Baltazar) levam-nos imediatamente ao registo do Novo Testamento, sobre o seu fugaz e misterioso aparecimento aquando do nascimento de Jesus Cristo. Seguindo uma estrela, encontraram o filho de Maria, e entregaram presentes na forma de ouro, incenso e mirra. Este é o registo bem conhecido que aprendemos desde crianças, notando ainda que em Espanha é no dia 6 de Janeiro que se distribuem os presentes natalícios.

As referências a Magos aparecem noutro contexto dos descobrimentos portugueses. Por exemplo, no Livro dos Três Místicos, a que tive apenas acesso a esta página:

encontramos nas margens laterais os possíveis místicos/magos (à esquerda, um vestido de castanho e outro de verde; à direita, um vestido de vermelho e outro de azul). Do lado direito contrasta, uma representação cadavérica, com a estilizada, do lado esquerdo. O livro é de D. Manuel, tratado como César Manuel.

Na obra de Francisco de Souza (1570) encontramos esta referência a uma ilha Santa Cruz dos Reis Magos, a oeste da Madeira:
A oeste da Ilha da Madeira 65 ou 70 legoas, está uma grande Ilha que se chama Santa Cruz dos Reis-magos, que tem de comprido trinta legoas, e de largo no mais estreito quinze legoas, e pola banda do sul está em 32 graos, e corre athé 34 ao norte, e corre-se noroeste susueste, e tem por todas as faces grandes Bahias e enseadas, grandes arvoredos, e Ribeiras, e boas agoas, como d'isto mais largamente tenho informações dos antigos, e se arruma pola maneira aquy posta em uma carta Franceza, que tenho onde está aluminada, e presumesse que tem gado.
Tal ilha não existe, e a melhor descrição para possível localização será na zona referenciada aqui, onde há assinaláveis baixios... a menos que a Ilha da Madeira fosse outra, ou que o livro tivesse uma especulação falsa, não censurada pela Inquisição. 
Na Madeira, acabamos por encontrar afinal uma outra referência, à Praia dos Reis Magos, em Santa Cruz, é ainda na Madeira que encontramos o profundo Canhão da Calheta, tal como o Canhão da Nazaré.

No Brasil, na cidade de Natal, encontramos a Fortaleza dos Reis Magos, edificada em 1598:

Natal, Belém, Reis Magos, na mesma zona nordeste do Brasil, acabam por estar associadas na toponímia ao nascimento de Cristo... acidentalmente, ou não, já que as habituais explicações se mostram com a fortuitidade da cidade, ou do forte, ter sido erigido em data natalícia.

Ainda em Portugal, acabamos por ter uma antiga localidade pré-histórica, cujo nome Salva-Terra de Magos, tem origens desconhecidas, mas consta prender-se com uma origem associada a magos persas.

Continuando por essa associação persa, vamos aos antigos registos de magos, mais precisamente recuamos ao tempo de Zaratustra, e a Ka'ba-ye Zartosht:

(continua...)

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publicado às 04:25


18 comentários

De AlvorSilves a 26.09.2010 às 01:59

Caro José Manuel,
já me esquecia de um outro dado a que dei relevo e que me fez acreditar mais nessa localização.
Um avistamento do SS Jesmond em 1882...


In March 1882, unlike many alleged sightings of Atlantean ruins before that time, it was well reported in a ship's log and also in the press. It concerned an encounter of a steamship with a uncharted island in heavily traveled sea lanes and the unusual material that was found there by the ship's captain and his crew.

The vessel was named the S.S. Jesmond, a British merchant ship of 1495 tons bound for New Orleans with a cargo of dried fruits from its last port of call in Messina, Sicily. The Jesmond was captained by David Robson, holder of master's certificate 27911 in the Queen's Merchant Marine.

The Jesmond passed through the staringhts of Gibraltar on March 1, 1882, and sailed into the open sea. When the ship reached the position 31° 25' N, 28° 40' W, about 200 miles west of Madeira and about the same distance south of the Azores, it was noted that the ocean had become unusually muddy and that the vessel was passing through enourmous shoals of dead fish, as if some sudden disease or underwater explosion had killed them by the millions. Just before the encountering the fish banks, Captain Robson noticed smoke on the horizon which he presumed came from another ship.

On the following day the fish shoals were even thicker and the smoke on the horizon seemed to be comming from the mountains on an island directly to the west, where, according to the charts, there was no land for thousands of miles. As the Jesmond approached the vicinity of the island, Captain Robson threw out an anchor at about twelve miles offshore to find out whether or not this uncharted island was surrounded by reefs. Even though the charts indicated an area depth of several thousand fathoms, the anchor hit bottom at only seven fathoms.

When Robson went ashore with a landing party they found themselves to be on a large island with no vegetation, no trees, no sandy beaches, bare of all life as if it had just risen from the ocean. The shore they landed on was covered with volcanic debris. As there were no trees, the party could clearly see a plateau beginning several miles away and smoking mountains beyond that.

The landing party rather gingerly headed toward the interior in direction of the mountains, but found that progress was interrupted by a series of deep chasms. To get to the interior would have taken days. They returned to their landing point and examined a broken cliff, part of which seemed to have been split into a mass of loose gravel as if it had recently been subjected to great force.


(continua)

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