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Raio ou Corisco

26.07.14
Quando D. João II protesta ao Reis de Espanha, sobre a viagem de Colombo, diz que tais descobertas pertenciam aos seus "domínios da Guiné" e logo prepara Francisco de Almeida uma armada para ir às Caraíbas esclarecer o assunto... 
Podemos ver que a noção da palavra "Guiné" foi evoluindo, passando a circunscrever-se à zona do Golfo da Guiné (que provavelmente seria nome primeiro do Golfo do México, por analogia às paragens caribenhas a que D. João II se referia). 
Finalmente hoje há apenas três países que partilham o nome Guiné acrescido dos sufixos Bissau, Conacri, e Equatorial.

Não vou falar aqui da polémica política actual sobre a Guiné Equatorial e a CPLP.

No entanto, é interessante a informação que surgiu recentemente (desde 2006, altura em que a Guiné Equatorial pediu a adesão): 
- D. João II teria usado em 1493 o título de "Primeiro Senhor de Corisco".
Não encontro outra referência, a não ser a divulgação na internet, começada provavelmente na Wikipedia. Por isso, não sei se tal informação é verdadeira ou não... apesar de ter aspecto de ser.

Corisco é suposto aqui referir-se a uma das ilhas da Guiné Equatorial, próxima de São Tomé, e parece tão pouco importante, que seria improvável D. João II lhe querer dar destaque especial, face às múltiplas posses que acumulava. Assim, se Guiné tinha um sentido lato, Corisco é natural que se referisse a algo diferente da pequena ilha... por muito importante que viesse a ser aí o negócio de escravos feitos nas "razias" dos Bengas, e depois propósito de comércio da Companhia da Ilha do Corisco, fundada após a Restauração em 1648.

Por outro lado, "corisco" é uma designação alternativa para "raio, relâmpago", e se alguém se poderia designar como "Senhor do Corisco" era Zeus, pela sua capacidade divina.
Assim, é compreensível que tanto se queira reduzir o assunto à pequena ilha, descoberta por Fernando Pó, algumas décadas antes, como se poderá pensar que o título que D. João II usava poderia referir-se a maior ostentação... provavelmente de poder de fogo semelhante aos coriscos. 
É até natural que a ilha não tivesse esse nome, e por necessidade de associar o título a uma paragem, na habitual política de ilusionismo, optou-se por designar uma ilha pelo Corisco de D. João II... tal como a ilha do Princípe lhe está associada.

Por outro lado, será bom não esquecer que o Carro dos Deuses, já aqui mencionado a propósito do Alinhamento Piramidal, alinha-se com aquelas ilhas de Ano Bom, Fernando Pó, S. Tomé, etc.
Ora esse Carro de Deuses, mencionado na antiguidade, e associado ao vulcânico Monte dos Camarões, é também uma referência apropriada para Corisco. 
E, se interessam as coincidências nos Camarões, o símbolo do Camaroeiro foi usado por D. Leonor e D. João II, pois o Príncipe seu filho, Afonso, acabou envolto num camaroeiro, ao ser retirado morto da margem do rio Tejo, em Santarém.

Este Carrilhão dos Deuses dos Camarões, tem à sua frente o Golfo dos Mafras.
A opção de usar Carrilhão em vez de Carro é minha, mas Mafras e não Biafras é assim explicado:
Bight of Biafra será em todo este trabalho substituído por golfo dos Mafras. Fizemos um exame bastante rigoroso a tal respeito, e tivemos occasião de ler : golfo de Biafára, golfo de Biafra ou golfo de Biaffra, golfo dos Mafras, das Mafras ou Maffras. 
Que discordâncias ! 
A porção de mar que fica entre o cabo Lopo Gonçalves e o cabo Formoso deve chamar-se golfo dos Mafras. 
A porção de mar que fica entre o cabo Formoso e o cabo de S. Paulo tem o nome de golfo de Benim. 
Tal texto é de Manuel Ferreira Ribeiro, num Relatório de Serviço de Saúde Pública de S. Tomé e Príncipe de 1869, onde justifica a opção porque 
        "O distincto escriptor Alexandre de Castilho formou uma longa lista de nomes portuguezes que os estrangeiros alteraram ou substituíram por outros"

Aquela área da Guiné Equatorial esteve sob administração portuguesa, mas por via das sucessivas derrotas do Marquês de Pombal face aos espanhóis, quer na fronteira portuguesa, quer na fronteira brasileira, acabou por ser cedida ao reino de Espanha, tal como o Uruguai, no Tratado de St. Ildefonso de 1778, por troca com a ilha brasileira de St. Catarina. Assim, não deixa de ser curioso que a parte do Golfo dos Mafras seja perdida por via da política desastrosa do Marquês, quando tanto se pretende remeter as suas falhas para D. João V.

Do tempo da dúvida entre raio ou corisco, relativamente à designação de D. João II, vamos passando sucessivamente a tempos de "raios e coriscos", recentemente alimentados a petróleo, para uma combustão rápida.

Informação Adicional:
A designação "Primeiro Senhor do Corisco" tem a seguinte origem interessante do que pude apurar:

2002 (Fevereiro): Num artigo sobre a Ilha do Corisco, Fernando Garcia Gimeno, escreve a certa altura:
Fué don Juan II de Portugal "Señor de Guinea" , el primer Señor de Corisco, 
>por el año 1493, y el primer español Don Felipe II, que recibió informes de 

... ou seja, apenas diz que D. João II, Senhor da Guiné, foi o primeiro senhor de Corisco, assim como diz que foi depois Filipe II. Não diz que usa o título, apenas diz que tomou posse.

2005 (Março): Numa página aparentemente semi-oficial da Guiné Equatorial surge então algo diferente:
Hacia 1493, don Juan II de Portugal se proclamó 
como Señor de Guinea y el primer Señor de Corisco.
Certamente com origem no texto anterior, é dito agora que D. João II se proclamou Senhor de Corisco, o que altera bastante o significado anterior.

2006 (Abril): Na Wikipedia espanhola aparece esta mesma referência, que depois vai passar na tradução para a Wikipedia portuguesa.... e está feito o caminho de uns se repetirem aos outros.
Neste momento há até livros que já escrevem isso como factual, e quase sempre da mesma forma, respeitando algo do original (a data 1493, Senhor da Guiné, Senhor do Corisco).

Quando se chega a este ponto, de um facto surge um erro de interpretação e daí pode surgir toda uma lenda justificativa.

Uma boa parte da informação é habitualmente papagueada sem cuidado de confirmação.
E o problema é muito velho... quem conta um conto acrescenta um ponto!

Esta sequência que verifiquei não impede ainda assim que D. João II possa ter usado tal título, mas fica muito mais difícil de acreditar dado o registo histórico da internet guardado pelo Google.

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publicado às 07:09


16 comentários

De Amélia Saavedra a 28.07.2014 às 11:09

Ora boas... em relação a todo este alarido sobre a Guiné Equatorial, onde o que se sobressai é a coerência no uso sistemático da incoerência ... leia o interessante editorial do Jornal de Angola (editoriais esses muitas vezes polémicos, principalmente em relação a Portugal)...
http://jornaldeangola.sapo.ao/opiniao/editorial/a_grandeza_da_lingua

De Alvor-Silves a 28.07.2014 às 14:02

"Coerência na incoerência..." é de facto um excelente resumo das mais diversas posturas recentes.

O editorial do Jornal de Angola está bem feito, e toca em diversos problemas da CPLP.

É muito interessante ver agora Angola com determinação para assumir a herança portuguesa. Não acho mal.
As heranças culturais não são genéticas nem territoriais, são também de quem as sente como suas.
Por isso, houve até muitos estrangeiros fora de Portugal que defenderam essa herança cultural mais do que os portugueses.
Quando uns se envergonham ou encolhem, não acho mal que outros avancem.

Há diversos aspectos a ter em conta, para além das "benignas" razões que o Jornal de Angola fez gala de avançar.

1) A língua portuguesa surge na CPLP como uma herança colonial, e será difícil dissociar a sua presença dessa história. O Brasil tem uma percepção algo diferente, porque no processo de independência não houve uma migração massiva dos colonos, como aconteceu nos PALOPs em 1975.
No processo de 1975, apesar da anuência de Portugal, que fechou os olhos ao destino dos territórios ultramarinos, a independência foi encarada como uma vitória contra o colonizador.
No caso do Brasil, após 1820, o processo foi algo inverso - o rei legítimo ficou no Brasil... e foi Lisboa que foi tratada como cidade colonial, impondo-se uma descendência pela invasão de Pedro IV contra Miguel. Até a implantação da República em Portugal esteve ligada a um sinal positivo da República Brasileira.

2) Assim, a definição da CPLP resultava das colónias do Estado Novo, mais Brasil.
Isso era natural, porque a presença da língua portuguesa nas populações africanas só foi sistematizada pela política de Salazar. A monarquia e a 1ª República trataram as colónias com distância, não havia propriamente uma vontade do colonizador em alargar a educação aos colonizados.
É mais com Adriano Moreira que se vai fazer essa ligação. Por isso, a inversão de filosofia permitia ter tropas mistas, e se havia populações que lutavam pelos movimentos independentistas patrocinados pela URSS às claras, e por outros às escondidas, havia populações que foram convencidas nessa portugalidade alargada...
Para isso contribuiu imenso ter um Eusébio.
Que outro estado europeu tinha nas suas equipas de futebol pessoas vindas das colónias que eram tratadas como ídolos? Hoje é comum ver essa multiplicidade racial nalgumas equipas europeias - por exemplo na França, mas à época era afinal o "bolorento" Estado Novo que dava uma chapada aos restantes europeus.

3) Para além da CPLP, há um projecto que interessa mais à Espanha, que é a Comunidade Ibero-Americana.
Portugal e Brasil aparecem ali como excepções numa comunidade de língua castelhana.
A Espanha procurou fazer uma ligação ao império, mas deixou de fora esta Guiné Equatorial, e também as Filipinas.

Há assim um ponto comum entre a Guiné Equatorial e os PALOPs - todos tinham sido excluídos do "clube ibero-americano".
No caso da Guiné Eq. não estava em nenhum, e imagino que esta exclusão incomodasse os outros excluídos...

A ligação ibero-americana deveria passar a ibero-mundial, porque o concentrar na parte americana é esquecer o resto do mundo onde houve influência ibérica. Ou bem que ibero-americana deixa de fora quem não está na América - e aí saem Portugal e Espanha, ou senão parece uma propositada ligação apenas à parte espanhola de Tordesilhas. Assim sendo, acaba até por ter sentido inserir a Guiné Equatorial na parte portuguesa.

De Alvor-Silves a 28.07.2014 às 14:13

4) A referência aos direitos humanos é um problema efectivo, mas o Jornal de Angola contra-ataca bem, com algumas contradições (o problema dos EUA, que praticam tortura numa Guantanamo ilegal e usam também a pena de morte).
Depois, os outros estados da CPLP não se pode considerar que sejam um exemplo de democracias perfeitas...

A diplomacia é uma ligação externa entre estados e o seu uso para se intrometer nas questões internas tem que ser avaliado com objectividade.
É assim desde a Antiguidade, onde havia diplomacia até com estados inimigos.
Excluir a Guiné Equatorial não resolve o problema, é uma postura de quem lava as mãos e não se quer sujar (porque condenar, sem intervir de alguma forma, resume-se a isso). O avanço da moratória sobre a pena de morte é alguma coisa, ainda que pouco. Qualquer estado ocidental sabe como neutralizar adversários e exercer uma oligarquia sem repressão física, pelo menos explícita... os estados africanos estão a aprender, e podem bem avançar para "democracias", sem perderem o poder das suas oligarquias - como aconteceu na Europa.
Como se viu recentemente, o título DDT (dona disto tudo) pode ser usado por uma família privada, seja benzida "dos Santos", ou pelo "Espírito Santo".

5) Portanto, o problema é mais uma questão de definição do que é a CPLP.
A Guiné Equatorial pode dizer que tem língua oficial portuguesa, como pode dizer que tem chinesa... na prática, não havia nenhuma razão linguística para a sua inclusão, a menos que se pretenda incluir outras comunidades, como as da Índia (Goa), China (Macau), Malásia (Malaca), etc...
A indefinição fragiliza agora a ligação.

Angola usou a sua força para trazer um "amigo" para o clube, e o resto parece desculpa.
O Brasil pode trazer o Uruguai, com igual sentido... mas faria sentido Portugal convidar Andorra, ou Moçambique convidar o Zimbabué?

Se o editorial de Angola parece visar um caminho, é pouco claro, e aparece mais como desculpa do que como visão clara.

Se Angola quiser mesmo tomar a iniciativa de lembrar desse passado português, duvido que a Índia ou a China tenham muito interesse em recordar isso - só se for por algum motivo estratégico.

Aqui, o interessante é Angola caminhar por cima da inércia portuguesa, e pelo menos tem o mérito de mostrar que há um novo herdeiro com pretensão à herança... e por isso, não é de estranhar que os angolanos invistam no seu domínio em paragens portuguesas.

Podemos entrar na conversa de que o poder angolano vem de "dinheiro sujo, tirado ao povo, etc."... enquanto em Portugal há "democracia" e o "dinheiro é limpo (deve ser na lavagem do Monte Branco).
Só que essa conversa tem o lado oposto:
- o poder na sociedade portuguesa imperial dos descobrimentos não era ele também oligárquico e despótico?
- quando colonizámos as sociedades primitivas africanas - não eram algumas comunitárias e mais "democráticas"?

Portanto, não convém esquecer que alguns anjinhos foram mesmo para os anjinhos.

De Amélia Saavedra a 30.07.2014 às 09:10

Bom.. Angola e principalmente o Brasil são potencias em crescimento, ou melhor, emergentes e estão paulatinamente a mostrar que também têm garras afiadas como qualquer outro império (seja ele antigo ou mais recente)... Apesar dos pés de barro deste gigante (Angola) e dos seus petrodólares, a verdade é que este editorial foi uma verdadeira bofetada de luva branca...

De Alvor-Silves a 30.07.2014 às 15:04

Sim, o editorial é bom, mas convém aos jovens perceberem que os esquemas velhos não desapareceram.
Ninguém é forte comprando a sua força... o dinheiro que têm é dado por outros, e os que dão podem deixar de dar, as armas que têm são compradas a outros, que produzem mais e melhores quando quiserem.
Por isso, essas potências emergentes são resultado de um crescimento consentido, e não de um crescimento consolidado.
Para um crescimento consolidado é preciso ser-se auto-suficiente, fazer a própria riqueza e não comprá-la aos outros.

De Amélia Saavedra a 30.07.2014 às 15:18

Tem razão e muita - "Old habits die hard"... :-) mas se formos ver bem... nenhuma nação é verdadeiramente auto-suficiente... a interdependência é a bem dizer muita e tem sido uma constante...

De Alvor-Silves a 30.07.2014 às 23:36

A auto-suficiência é temida, pois isso significa perder o controlo sobre o desenvolvimento sustentado de uma parte, desligada das outras. Foi isso que a Alemanha pretendeu antes da 1ª GG, e faltava-lhe o abastecimento do petróleo.
São poucos os casos de nações auto-suficientes, mas isso é algo fácil de conseguir em grandes extensões territoriais, e com o desenvolvimento técnico, até em bastante pequenas.

O comércio global tem esse objectivo de alargar as dependências, e não permitir auto-suficiências perigosas... especialmente perigosas para quem domina e controla o império.
Assim, a primeira coisa que vem a seguir a uma guerra global será uma fome global... porque irão falhar todos os circuitos de distribuição a que nos habituámos. Se isso foi notório na 1ªGG, foi ainda mais na 2ª GG, e será pior depois, porque as pessoas estão habituadas já a um estilo de vida de conforto, baseado em grandes dependências e interligações.

As dívidas impagáveis são outra forma de manter esse controlo total. Se o estado não paga, então o comércio deixa de funcionar, e o país vê-se perante um embargo, onde escasseiam os produtos a que estavam habituados.
Por exemplo, a Argentina estava disposta agora a pagar a sua dívida externa, mas foi considerado nos EUA que não é o valor renegociado e sim um valor quatro vezes superior. Assim, o objectivo é manter toda a pressão sobre a Argentina, para que se não liberte das grilhetas globais. A Argentina é só um exemplo...

De Amélia Saavedra a 31.07.2014 às 11:21

"...porque irão falhar todos os circuitos de distribuição a que nos habituámos."... Há quem diga que este foi um dos principais factores que levou à queda do Império Romano... sem comércio/distribuição/redes de comunicação dificilmente se constrói um império... sem impérios dificilmente temos civilização... e actualmente parece-me que estamos a assistir à queda, se não de um império, de um determinado estilo de vida certamente...

De Anónimo a 31.07.2014 às 13:42

Re: “actualmente parece-me que estamos a assistir à queda, se não de um império, de um determinado estilo de vida certamente...”

O mesmo se passou na queda do império romano do Ocidente, o estilo de vida passou do “pão e circo” para o “avé maria cheia de graça” e podem crer que não teve nenhuma, quando já não chegava para controlar a carneirada mudou-se para o drogas e rocanrroles, já não chega ? estão a acordar ? dêem-lhes glamour e street parade e gays pride (e muita novela basileira nu portugau) e que a alienação continue!

Sim é o FIM do império USA mas pode ser caótico quando acontecer.

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

De Alvor-Silves a 31.07.2014 às 17:37

A primeira coisa que devemos questionar é se o Império Romano caiu... porque Roma manteve-se o centro de todo o poder durante o milénio seguinte, e mesmo depois não deixou de gerir a sua influência... não esqueçamos que há duas hipóteses - ou a maçonaria se liga à judiaria ou ao cristianismo, ou pode haver uma efectiva relação entre todos.

Os EUA são efectivamente o ponto onde concentram hoje os braços de várias entidades, desde as grandes influências judias, maçónicas e de fundamentalismos cristãos... a compor o ramalhete há uma máfia italiana activa.
Dizia-se que Hollywood era controlada por judeus e italianos...

Assim, convém não esquecer que o declínio dos EUA foi opção interna, que começou com a deslocalização da produção industrial para a China, e isso só ocorreu pela aceitação da China na OMC... algo que se sabia ir causar um desequilíbrio económico, pela produção muito mais barata, devido aos custos mínimos com mão-de-obra. O poder económico chinês passou a ser controlado financeiramente... mas isso não significa que não haja aqui um propósito neste declínio aparente, porque os cordelinhos estão na mão da finança.

Por outro lado, o outro factor de poder é a informação, e os EUA controlam-na. Dificilmente um chinês mexe um pauzinho sem que tal seja registado num computador qualquer. Por isso, se virmos um declínio parece-me ser manobra de ilusionismo, para iludir povos e populações... e o ponto principal é saber desde quando o declínio aparente não tem sido usado como uma forma de manter o poder.
A frase "é preciso que tude mude, para que nada mude", mantém a sua actualidade.

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