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E se a Cruz tiver outro significado?
Se for o símbolo de uma Herança Ancestral.
Nefer, era representado com um Coração estilizado em coração de cordeiro, cravado numa Cruz, colocado sobre a Traqueia.
Se a Cruz for o símbolo da Voz, do som das ideias? (...)
Leite de Vasconcelos, diz que as Giestas Amarelas se chamam Mayas. Curioso, mas curioso mesmo, é que Giesta e Sarça, são ambas da mesma Classe: Magnoliopsida, e da mesma Família: Fabaceae.Sarça ou Giesta? - Qual arderia sem se consumir, na Mata Atlântica?
Esta festa [das Maias], de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara "que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Mayas ou Janeiras e outras coisas contra a ley de Deus..."
Outrosim estabelecem que daqui em diante nesta cidade e em seu termo não se cantem janeiras nem maias , nem a outro nenhum mez do anno , nem se lance cal ás portas sob titulo de janeiro, nem se furtem aguas , nem se lancem sortes. . . [in Panorama, Maio 1840]Hoje não é preciso proibir, basta colocar as coisas "fora de moda". Se ainda envergonhadamente hoje se cantam as Janeiras, das Maias já nem lhe conhecia a existência.
Mas já chama pelas nossas atenções o estrondo da Armada de Ulysses rompendo as correntes do Tejo, e devassando as suas margens no anuo 77 do governo do velho Gorgoris, pai do celebrado Abidis. Poetas famosos, homens de grandes talentos, e até as Aventuras de Telémaco , obra de um espírito sublime, nos instruem, como reduzidas a cinza as altas Torres de Troia. os autores de tanta ruína se botaram a viajar pelo mundo. Ulysses, Rei de Ítaca, reputado perdido, e buscado em muitas partes por seu filho, o dito Telémaco, bem conduzido na pena do ilustre Fenélon; a ele no lo representam embocando o Tejo em uma grossa Armada, que seria formada dos navios de papel em que fala o Profeta lsaías, e saltando em terra com os seus camaradas aventureiros, gostarem tanto dela, que esquecidos da Grécia, determinaram fundar uma povoação, que foi dita Ulysséa, ou Ulyssipo, hoje a famosa Lisboa. Afirma-se, que a eloquência de Ulysses não só moveu a Gorgoris para consentir a fundação; mas a dar-lhe por mulher a sua filha Calypso, que elle tratou como tal em quanto se demorou na Lusitânia. [História Geral de Portugal e suas Conquistas, Damião de Castro, 1786, Pref. pag. XXXI ]
Leite de Vasconcelos, diz que as Giestas Amarelas se chamam Mayas. Curioso, mas curioso mesmo, é que Giesta e Sarça, são ambas da mesma Classe: Magnoliopsida, e da mesma Família: Fabaceae.Sarça ou Giesta? - Qual arderia sem se consumir, na Mata Atlântica?
Esta festa [das Maias], de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara "que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Mayas ou Janeiras e outras coisas contra a ley de Deus..."
Outrosim estabelecem que daqui em diante nesta cidade e em seu termo não se cantem janeiras nem maias , nem a outro nenhum mez do anno , nem se lance cal ás portas sob titulo de janeiro, nem se furtem aguas , nem se lancem sortes. . . [in Panorama, Maio 1840]Hoje não é preciso proibir, basta colocar as coisas "fora de moda". Se ainda envergonhadamente hoje se cantam as Janeiras, das Maias já nem lhe conhecia a existência.
Mas já chama pelas nossas atenções o estrondo da Armada de Ulysses rompendo as correntes do Tejo, e devassando as suas margens no anuo 77 do governo do velho Gorgoris, pai do celebrado Abidis. Poetas famosos, homens de grandes talentos, e até as Aventuras de Telémaco , obra de um espírito sublime, nos instruem, como reduzidas a cinza as altas Torres de Troia. os autores de tanta ruína se botaram a viajar pelo mundo. Ulysses, Rei de Ítaca, reputado perdido, e buscado em muitas partes por seu filho, o dito Telémaco, bem conduzido na pena do ilustre Fenélon; a ele no lo representam embocando o Tejo em uma grossa Armada, que seria formada dos navios de papel em que fala o Profeta lsaías, e saltando em terra com os seus camaradas aventureiros, gostarem tanto dela, que esquecidos da Grécia, determinaram fundar uma povoação, que foi dita Ulysséa, ou Ulyssipo, hoje a famosa Lisboa. Afirma-se, que a eloquência de Ulysses não só moveu a Gorgoris para consentir a fundação; mas a dar-lhe por mulher a sua filha Calypso, que elle tratou como tal em quanto se demorou na Lusitânia. [História Geral de Portugal e suas Conquistas, Damião de Castro, 1786, Pref. pag. XXXI ]
Se déssemos crédito a alguns Authores, seriam os Portuguezes os que achassem esta nova Pedra Filosofal, do caminho às Índias pelo Norte da América(1), em que tanto trabalharam até nossos dias as Nações Marítimas da Europa (...)
(1) Referiremos (ainda que sem lhe dar credito) o que dizem dois modernos Escritores a respeito deste nosso pretendido descobrimento. He o primeiro o Duque de Almodovar em a Historia Politica de los Establecimentos Ultramarinos de las Naciones Europeas Tom. IV. pag. 584, onde conta que Lourenço Ferrer Maldonado, Hespanhol de origem, se embarcara em 1588 no Porto de Lisboa, em hum navio de que era Piloto João Martins, natural do Algarve; e dirigindo o seu rumo pelo Nordeste á Terra do Lavrador, passando o Estreito de Davis, desembocou pelos 75 gráos de Latitude em o Mar glacial: depois navegando ao Oeste quarta de Sudueste, se achou em o Estreito de Anian, que dista de Hespanha 1750 legoas, segundo a sua derrota, e desembocou no Mar do Sul pelos 60º. Na ida atravessou o Estreito em Fevereiro, e saiho da sua boca em Março, pelo que padeceo muitíssimo frio, e escuridade: vio grande quantidade de gelo em as margens, porém nunca achou o mar gelado. Na sua volta, que foi em Junho e Julho, teve sempre muito bom tempo, e desde que cortou o Circulo Artico em os 66° 30' até que o tornou a cortar no meio do Estreito de Lavrador , jamais lhe desappareceo o Sol do Orisonte, e sempre sentio bastante calma. O Author que dá esta noticia, diz que se conserva o Roteiro manuscrito donde ella foi extrahida, escrito mui circunstanciadamente, com as correspondentes relações das correntes, marés, e sondas, com as vistas das Costas da Ásia, e dos rumos, e Costas da America &c.
O segundo lugar he tirado de Debrosses na sua Historia da Navegação às Terras Austraes Tom. I, pag. 73. Tratando da passagem da Índia á Europa pelos mares do Norte:
« Não he fora de propósito (diz elle) accrescentar .... o contheudo n' huma Carta escrita a hum Ministro d' huma Corte, que tomava informações sobre hum semelhante facto. Os novos descobrimentos (diz a Carta) que eu fiz sobre a passagem á China pelo Norte da Europa , e de que me pedis a relação, vem a ser, de que hum navio chamado o Padre Eterno, commandado pelo Capitão David Melguer, Portuguez, partio do Japão a 14 de Março de 1660; e navegando ao longo da Costa da Tartaria, correo ao Norte até 84º de latitude; donde continuou a viajem entre Spitzeberg, e a velha Groenlândia, e passando pelo Oeste da Escossia e da Irlanda, chegou á Cidade do Porto; aonde hum Marinheiro do Havre de Grace diz ter visto haverá 28 annos este Navio o Padre Eterno, e o Capitão Melguer que morreo neste tempo, e cujo enterro o Marinheiro prezenceou. Já fiz escrever para Portugal a fim de obter, se for possível, o Jornal desta navegação. &c. »
Se déssemos crédito a alguns Authores, seriam os Portuguezes os que achassem esta nova Pedra Filosofal, do caminho às Índias pelo Norte da América(1), em que tanto trabalharam até nossos dias as Nações Marítimas da Europa (...)
(1) Referiremos (ainda que sem lhe dar credito) o que dizem dois modernos Escritores a respeito deste nosso pretendido descobrimento. He o primeiro o Duque de Almodovar em a Historia Politica de los Establecimentos Ultramarinos de las Naciones Europeas Tom. IV. pag. 584, onde conta que Lourenço Ferrer Maldonado, Hespanhol de origem, se embarcara em 1588 no Porto de Lisboa, em hum navio de que era Piloto João Martins, natural do Algarve; e dirigindo o seu rumo pelo Nordeste á Terra do Lavrador, passando o Estreito de Davis, desembocou pelos 75 gráos de Latitude em o Mar glacial: depois navegando ao Oeste quarta de Sudueste, se achou em o Estreito de Anian, que dista de Hespanha 1750 legoas, segundo a sua derrota, e desembocou no Mar do Sul pelos 60º. Na ida atravessou o Estreito em Fevereiro, e saiho da sua boca em Março, pelo que padeceo muitíssimo frio, e escuridade: vio grande quantidade de gelo em as margens, porém nunca achou o mar gelado. Na sua volta, que foi em Junho e Julho, teve sempre muito bom tempo, e desde que cortou o Circulo Artico em os 66° 30' até que o tornou a cortar no meio do Estreito de Lavrador , jamais lhe desappareceo o Sol do Orisonte, e sempre sentio bastante calma. O Author que dá esta noticia, diz que se conserva o Roteiro manuscrito donde ella foi extrahida, escrito mui circunstanciadamente, com as correspondentes relações das correntes, marés, e sondas, com as vistas das Costas da Ásia, e dos rumos, e Costas da America &c.
O segundo lugar he tirado de Debrosses na sua Historia da Navegação às Terras Austraes Tom. I, pag. 73. Tratando da passagem da Índia á Europa pelos mares do Norte:
« Não he fora de propósito (diz elle) accrescentar .... o contheudo n' huma Carta escrita a hum Ministro d' huma Corte, que tomava informações sobre hum semelhante facto. Os novos descobrimentos (diz a Carta) que eu fiz sobre a passagem á China pelo Norte da Europa , e de que me pedis a relação, vem a ser, de que hum navio chamado o Padre Eterno, commandado pelo Capitão David Melguer, Portuguez, partio do Japão a 14 de Março de 1660; e navegando ao longo da Costa da Tartaria, correo ao Norte até 84º de latitude; donde continuou a viajem entre Spitzeberg, e a velha Groenlândia, e passando pelo Oeste da Escossia e da Irlanda, chegou á Cidade do Porto; aonde hum Marinheiro do Havre de Grace diz ter visto haverá 28 annos este Navio o Padre Eterno, e o Capitão Melguer que morreo neste tempo, e cujo enterro o Marinheiro prezenceou. Já fiz escrever para Portugal a fim de obter, se for possível, o Jornal desta navegação. &c. »