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Direito Sinistro

27.03.12
Tendo colocado aqui o último texto sobre os Painéis de Nuno Gonçalves, notei que a questão sobre a dualidade Poente-Nascente, um aspecto a que dei muita importância na altura, acabou por ter sido negligenciado na maioria dos textos seguintes. 
Talvez por ter insistido demasiado nessa particularidade nos meses iniciais de pesquisa, acabei por negligenciar alguma necessidade de menção nos textos seguintes... No entanto, de nenhuma forma ele deixou de estar presente no meu olhar sobre os mais insignificantes pormenores. Acho que já aqui referi que um pormenor distintivo, nas duas primeiras edições dos Lusíadas de Camões, era justamente a diferença na orientação da cabeça do pelicano, no fronstispício.

A dualidade Poente-Nascente foi assim chamada também para relacionar directamente com a dualidade sobre as duas designações de Vénus - ao amanhecer seria encarado como "portador de luz", ou Lucifer, e ao entardecer era encarado como "fonte de esperança", ou Hespero (de onde surgia a designação das ilhas ocidentais paradisíacas - as Hespérides). Era ainda claramente uma dualidade sempre presente entre o Ocidente e o Oriente, dois destinos diferentes que se colocavam a uma Europa que se via como centro do mundo. Houve uma progressiva deslocação do centro de poder para ocidente, desde um centro babilónico ou persa, passando a um centro cultural helénico e depois romano, caminhando para os centros mais recentes, inglês e americano. 
É uma separação claramente diferente e menos óbvia face à dualidade entre o alto e o baixo, o norte e o sul, entre um topo próximo do céu e uma profundidade infernal.

Poderia também falar-se de uma dualidade Esquerda-Direita, que se foi mantendo como divisão política.
Porém aqui é habitual notar que, em italiano, a Esquerda é Sinistra, e em inglês, a Direita está Certa (right).
Será que a posição escolhida pelos deputados na Assembleia francesa de 1788 foi acidental?... não nos parece! Não foi nenhum acidente, nem nenhum sinistro... simplesmente colocaram-se na posição que já reflectia opções políticas, da mesma forma que ter uma cabeça de águia imperial olhando para a esquerda ou para a direita não seria exactamente um simples acaso nos antigos brasões (a ponto de com os Habsburgos terem surgido mesmo águias bicéfalas).

É claro que muitas das relações são fortuitas, desinformadas, e será por isso fácil contra-argumentar contra qualquer pretensão séria de levar estas relações mais longe... nem todos os brasões foram escolhidos com as suas armas viradas para a esquerda ou para a direita com propósito necessariamente informativo. Aliás, essa desinformação foi-se acentuando com uma progressiva entrada na Idade Moderna.
Para além disso é ainda claro que quem se sentava à esquerda, ficaria voltado para a direita, para nascente, aguardando um novo amanhecer com uma estrela da manhã portadora de luz... ao passo que quem se sentava à direita ficaria olhando o pôr do sol com uma estrela de entardecer sinónimo de esperança. Como se isto não fosse suficientemente sinistro, esta posição dependeria ainda da própria orientação do edifício (e os exemplos de edifícios parlamentares que vimos seguem exactamente esta orientação solar... os lugares da esquerda viram-se a nascente e os da direita a poente)!

Porém, aqui queria acentuar um outro aspecto... o do Direito!
Quando comentei sobre a separação de poderes não coloquei, nem mesmo implicitamente, qualquer referência a esta particularidade relativa ao poder judicial... o poder do Direito.
Vivemos num "Estado de Direito", ainda que cada vez mais nos pareça que vivemos num "Estado Sinistro"... e não apenas "sinistro" no seu aspecto oculto, mas também porque parece caminhar para um inevitável acidente.

Nas sociedades modernas o sistema político acabou por cumprir uma separação de dois poderes, que já comentei (havendo a confusão entre poder executivo e legislativo). Há um poder pseudo-legitimado por uma pretensa eleição partidária, esse constitui o lado sinistro, e há um outro poder que assumidamente não é outorgado pelo povo, que simplesmente se desenvolve numa carreira pelo lado do direito, o poder judicial.
É especialmente interessante ver como o poder desse direito se acentua quando decide investir pelo lado sinistro da governação e pelos seus intérpretes, supostamente eleitos democraticamente. Assim, tem sido curioso verificar como os diversos governos ficam sinistramente presos(!) no estado de direito.
Nem tão pouco falo dos processos mais ou menos caricatos, alguns ridículos, que têm manchado a credibilidade da justiça portuguesa... falo aqui de um imperativo do Direito, que ao se sobrepor, tem tornado os governos praticamente impotentes para alterar cláusulas ou contratos, compromissos feitos em nome de um estado que apenas parece vacilar perante o "corte a direito" que executa a legislação sinistra.

Não assumir uma posição "às direitas" pode parecer meio sinistro, ou uma simples brincadeira na língua portuguesa... Porém, vai ficando claro que o compromisso de separação de poderes pouco mais fez do que dar a um lado de corrente maçónica-judaica uma parte do bolo, enquanto que a aristocracia-oligárquica tradicional iria manter a outra parte. De um lado uma faculdade de letras, da cultura, à esquerda, e do outro lado uma faculdade de direito, no efectivo poder...

O lado sinistro fez cair sobre a educação e cultura um véu de encobrimento, e foi nomeando alguns dos seus eleitos como pequenas estrelas - referências de luz... talvez para orientação na grande noite que os levaria a Vénus, portador da luz, e assim à "alvorada" (new dawn...)! A população ganharia uma maior liberdade aparente, já que encaminhada nos seus carreiros/carreiras dificilmente veria a altura dos muros da prisão que se erguiam a direito, mesmo a seu lado. A aparente cedência de poder a uma pretensa eleição popular pouco seria mais do que colocar um caminheiro com um bordão à frente do rebanho de carneiros... sabendo-se exactamente que as ovelhas tresmalhadas se assustariam com os cães, e dificilmente deixaram de seguir o seu caminho a direito, nalguns casos direito ao açougue.

O direito teve uma transição da sua componente canónica, com residência medieval no Vaticano, passando para um direito civil que foi consagrando direitos aos indivíduos que foram esquecendo o seu estatuto de servos da plebe... a missão libertadora que os movimentos maçónicos preconizaram, e que enfiou o barrete frígio em muitas revoluções, foi assim progressivamente cumprida. No entanto, por uma natural descrença na natureza humana, acabou por desistir de levantar o véu da farsa que criou, tendo mesmo pensado em criar uma ilusão de alvorada, como farsa final.
Ora, é praticamente claro que os donos do rebanho não tencionam deixar de encarreirar os carneiros, assumindo que no deslumbre das flores (flower-power) se escondem latidos de lobos disfarçados de cães-pastores, e por isso os seus carneiros não podem deixar de seguir o carreiro a direito...
Lei da Babilónia
Estela menir de diorite (séc XVIII a.C) 
com a forma de um digito indicador 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:33

Direito Sinistro

27.03.12
Tendo colocado aqui o último texto sobre os Painéis de Nuno Gonçalves, notei que a questão sobre a dualidade Poente-Nascente, um aspecto a que dei muita importância na altura, acabou por ter sido negligenciado na maioria dos textos seguintes. 
Talvez por ter insistido demasiado nessa particularidade nos meses iniciais de pesquisa, acabei por negligenciar alguma necessidade de menção nos textos seguintes... No entanto, de nenhuma forma ele deixou de estar presente no meu olhar sobre os mais insignificantes pormenores. Acho que já aqui referi que um pormenor distintivo, nas duas primeiras edições dos Lusíadas de Camões, era justamente a diferença na orientação da cabeça do pelicano, no fronstispício.

A dualidade Poente-Nascente foi assim chamada também para relacionar directamente com a dualidade sobre as duas designações de Vénus - ao amanhecer seria encarado como "portador de luz", ou Lucifer, e ao entardecer era encarado como "fonte de esperança", ou Hespero (de onde surgia a designação das ilhas ocidentais paradisíacas - as Hespérides). Era ainda claramente uma dualidade sempre presente entre o Ocidente e o Oriente, dois destinos diferentes que se colocavam a uma Europa que se via como centro do mundo. Houve uma progressiva deslocação do centro de poder para ocidente, desde um centro babilónico ou persa, passando a um centro cultural helénico e depois romano, caminhando para os centros mais recentes, inglês e americano. 
É uma separação claramente diferente e menos óbvia face à dualidade entre o alto e o baixo, o norte e o sul, entre um topo próximo do céu e uma profundidade infernal.

Poderia também falar-se de uma dualidade Esquerda-Direita, que se foi mantendo como divisão política.
Porém aqui é habitual notar que, em italiano, a Esquerda é Sinistra, e em inglês, a Direita está Certa (right).
Será que a posição escolhida pelos deputados na Assembleia francesa de 1788 foi acidental?... não nos parece! Não foi nenhum acidente, nem nenhum sinistro... simplesmente colocaram-se na posição que já reflectia opções políticas, da mesma forma que ter uma cabeça de águia imperial olhando para a esquerda ou para a direita não seria exactamente um simples acaso nos antigos brasões (a ponto de com os Habsburgos terem surgido mesmo águias bicéfalas).

É claro que muitas das relações são fortuitas, desinformadas, e será por isso fácil contra-argumentar contra qualquer pretensão séria de levar estas relações mais longe... nem todos os brasões foram escolhidos com as suas armas viradas para a esquerda ou para a direita com propósito necessariamente informativo. Aliás, essa desinformação foi-se acentuando com uma progressiva entrada na Idade Moderna.
Para além disso é ainda claro que quem se sentava à esquerda, ficaria voltado para a direita, para nascente, aguardando um novo amanhecer com uma estrela da manhã portadora de luz... ao passo que quem se sentava à direita ficaria olhando o pôr do sol com uma estrela de entardecer sinónimo de esperança. Como se isto não fosse suficientemente sinistro, esta posição dependeria ainda da própria orientação do edifício (e os exemplos de edifícios parlamentares que vimos seguem exactamente esta orientação solar... os lugares da esquerda viram-se a nascente e os da direita a poente)!

Porém, aqui queria acentuar um outro aspecto... o do Direito!
Quando comentei sobre a separação de poderes não coloquei, nem mesmo implicitamente, qualquer referência a esta particularidade relativa ao poder judicial... o poder do Direito.
Vivemos num "Estado de Direito", ainda que cada vez mais nos pareça que vivemos num "Estado Sinistro"... e não apenas "sinistro" no seu aspecto oculto, mas também porque parece caminhar para um inevitável acidente.

Nas sociedades modernas o sistema político acabou por cumprir uma separação de dois poderes, que já comentei (havendo a confusão entre poder executivo e legislativo). Há um poder pseudo-legitimado por uma pretensa eleição partidária, esse constitui o lado sinistro, e há um outro poder que assumidamente não é outorgado pelo povo, que simplesmente se desenvolve numa carreira pelo lado do direito, o poder judicial.
É especialmente interessante ver como o poder desse direito se acentua quando decide investir pelo lado sinistro da governação e pelos seus intérpretes, supostamente eleitos democraticamente. Assim, tem sido curioso verificar como os diversos governos ficam sinistramente presos(!) no estado de direito.
Nem tão pouco falo dos processos mais ou menos caricatos, alguns ridículos, que têm manchado a credibilidade da justiça portuguesa... falo aqui de um imperativo do Direito, que ao se sobrepor, tem tornado os governos praticamente impotentes para alterar cláusulas ou contratos, compromissos feitos em nome de um estado que apenas parece vacilar perante o "corte a direito" que executa a legislação sinistra.

Não assumir uma posição "às direitas" pode parecer meio sinistro, ou uma simples brincadeira na língua portuguesa... Porém, vai ficando claro que o compromisso de separação de poderes pouco mais fez do que dar a um lado de corrente maçónica-judaica uma parte do bolo, enquanto que a aristocracia-oligárquica tradicional iria manter a outra parte. De um lado uma faculdade de letras, da cultura, à esquerda, e do outro lado uma faculdade de direito, no efectivo poder...

O lado sinistro fez cair sobre a educação e cultura um véu de encobrimento, e foi nomeando alguns dos seus eleitos como pequenas estrelas - referências de luz... talvez para orientação na grande noite que os levaria a Vénus, portador da luz, e assim à "alvorada" (new dawn...)! A população ganharia uma maior liberdade aparente, já que encaminhada nos seus carreiros/carreiras dificilmente veria a altura dos muros da prisão que se erguiam a direito, mesmo a seu lado. A aparente cedência de poder a uma pretensa eleição popular pouco seria mais do que colocar um caminheiro com um bordão à frente do rebanho de carneiros... sabendo-se exactamente que as ovelhas tresmalhadas se assustariam com os cães, e dificilmente deixaram de seguir o seu caminho a direito, nalguns casos direito ao açougue.

O direito teve uma transição da sua componente canónica, com residência medieval no Vaticano, passando para um direito civil que foi consagrando direitos aos indivíduos que foram esquecendo o seu estatuto de servos da plebe... a missão libertadora que os movimentos maçónicos preconizaram, e que enfiou o barrete frígio em muitas revoluções, foi assim progressivamente cumprida. No entanto, por uma natural descrença na natureza humana, acabou por desistir de levantar o véu da farsa que criou, tendo mesmo pensado em criar uma ilusão de alvorada, como farsa final.
Ora, é praticamente claro que os donos do rebanho não tencionam deixar de encarreirar os carneiros, assumindo que no deslumbre das flores (flower-power) se escondem latidos de lobos disfarçados de cães-pastores, e por isso os seus carneiros não podem deixar de seguir o carreiro a direito...
Lei da Babilónia
Estela menir de diorite (séc XVIII a.C) 
com a forma de um digito indicador 

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publicado às 07:33

Direito Sinistro

26.03.12
Tendo colocado aqui o último texto sobre os Painéis de Nuno Gonçalves, notei que a questão sobre a dualidade Poente-Nascente, um aspecto a que dei muita importância na altura, acabou por ter sido negligenciado na maioria dos textos seguintes. 
Talvez por ter insistido demasiado nessa particularidade nos meses iniciais de pesquisa, acabei por negligenciar alguma necessidade de menção nos textos seguintes... No entanto, de nenhuma forma ele deixou de estar presente no meu olhar sobre os mais insignificantes pormenores. Acho que já aqui referi que um pormenor distintivo, nas duas primeiras edições dos Lusíadas de Camões, era justamente a diferença na orientação da cabeça do pelicano, no fronstispício.

A dualidade Poente-Nascente foi assim chamada também para relacionar directamente com a dualidade sobre as duas designações de Vénus - ao amanhecer seria encarado como "portador de luz", ou Lucifer, e ao entardecer era encarado como "fonte de esperança", ou Hespero (de onde surgia a designação das ilhas ocidentais paradisíacas - as Hespérides). Era ainda claramente uma dualidade sempre presente entre o Ocidente e o Oriente, dois destinos diferentes que se colocavam a uma Europa que se via como centro do mundo. Houve uma progressiva deslocação do centro de poder para ocidente, desde um centro babilónico ou persa, passando a um centro cultural helénico e depois romano, caminhando para os centros mais recentes, inglês e americano. 
É uma separação claramente diferente e menos óbvia face à dualidade entre o alto e o baixo, o norte e o sul, entre um topo próximo do céu e uma profundidade infernal.

Poderia também falar-se de uma dualidade Esquerda-Direita, que se foi mantendo como divisão política.
Porém aqui é habitual notar que, em italiano, a Esquerda é Sinistra, e em inglês, a Direita está Certa (right).
Será que a posição escolhida pelos deputados na Assembleia francesa de 1788 foi acidental?... não nos parece! Não foi nenhum acidente, nem nenhum sinistro... simplesmente colocaram-se na posição que já reflectia opções políticas, da mesma forma que ter uma cabeça de águia imperial olhando para a esquerda ou para a direita não seria exactamente um simples acaso nos antigos brasões (a ponto de com os Habsburgos terem surgido mesmo águias bicéfalas).

É claro que muitas das relações são fortuitas, desinformadas, e será por isso fácil contra-argumentar contra qualquer pretensão séria de levar estas relações mais longe... nem todos os brasões foram escolhidos com as suas armas viradas para a esquerda ou para a direita com propósito necessariamente informativo. Aliás, essa desinformação foi-se acentuando com uma progressiva entrada na Idade Moderna.
Para além disso é ainda claro que quem se sentava à esquerda, ficaria voltado para a direita, para nascente, aguardando um novo amanhecer com uma estrela da manhã portadora de luz... ao passo que quem se sentava à direita ficaria olhando o pôr do sol com uma estrela de entardecer sinónimo de esperança. Como se isto não fosse suficientemente sinistro, esta posição dependeria ainda da própria orientação do edifício (e os exemplos de edifícios parlamentares que vimos seguem exactamente esta orientação solar... os lugares da esquerda viram-se a nascente e os da direita a poente)!

Porém, aqui queria acentuar um outro aspecto... o do Direito!
Quando comentei sobre a separação de poderes não coloquei, nem mesmo implicitamente, qualquer referência a esta particularidade relativa ao poder judicial... o poder do Direito.
Vivemos num "Estado de Direito", ainda que cada vez mais nos pareça que vivemos num "Estado Sinistro"... e não apenas "sinistro" no seu aspecto oculto, mas também porque parece caminhar para um inevitável acidente.

Nas sociedades modernas o sistema político acabou por cumprir uma separação de dois poderes, que já comentei (havendo a confusão entre poder executivo e legislativo). Há um poder pseudo-legitimado por uma pretensa eleição partidária, esse constitui o lado sinistro, e há um outro poder que assumidamente não é outorgado pelo povo, que simplesmente se desenvolve numa carreira pelo lado do direito, o poder judicial.
É especialmente interessante ver como o poder desse direito se acentua quando decide investir pelo lado sinistro da governação e pelos seus intérpretes, supostamente eleitos democraticamente. Assim, tem sido curioso verificar como os diversos governos ficam sinistramente presos(!) no estado de direito.
Nem tão pouco falo dos processos mais ou menos caricatos, alguns ridículos, que têm manchado a credibilidade da justiça portuguesa... falo aqui de um imperativo do Direito, que ao se sobrepor, tem tornado os governos praticamente impotentes para alterar cláusulas ou contratos, compromissos feitos em nome de um estado que apenas parece vacilar perante o "corte a direito" que executa a legislação sinistra.

Não assumir uma posição "às direitas" pode parecer meio sinistro, ou uma simples brincadeira na língua portuguesa... Porém, vai ficando claro que o compromisso de separação de poderes pouco mais fez do que dar a um lado de corrente maçónica-judaica uma parte do bolo, enquanto que a aristocracia-oligárquica tradicional iria manter a outra parte. De um lado uma faculdade de letras, da cultura, à esquerda, e do outro lado uma faculdade de direito, no efectivo poder...

O lado sinistro fez cair sobre a educação e cultura um véu de encobrimento, e foi nomeando alguns dos seus eleitos como pequenas estrelas - referências de luz... talvez para orientação na grande noite que os levaria a Vénus, portador da luz, e assim à "alvorada" (new dawn...)! A população ganharia uma maior liberdade aparente, já que encaminhada nos seus carreiros/carreiras dificilmente veria a altura dos muros da prisão que se erguiam a direito, mesmo a seu lado. A aparente cedência de poder a uma pretensa eleição popular pouco seria mais do que colocar um caminheiro com um bordão à frente do rebanho de carneiros... sabendo-se exactamente que as ovelhas tresmalhadas se assustariam com os cães, e dificilmente deixaram de seguir o seu caminho a direito, nalguns casos direito ao açougue.

O direito teve uma transição da sua componente canónica, com residência medieval no Vaticano, passando para um direito civil que foi consagrando direitos aos indivíduos que foram esquecendo o seu estatuto de servos da plebe... a missão libertadora que os movimentos maçónicos preconizaram, e que enfiou o barrete frígio em muitas revoluções, foi assim progressivamente cumprida. No entanto, por uma natural descrença na natureza humana, acabou por desistir de levantar o véu da farsa que criou, tendo mesmo pensado em criar uma ilusão de alvorada, como farsa final.
Ora, é praticamente claro que os donos do rebanho não tencionam deixar de encarreirar os carneiros, assumindo que no deslumbre das flores (flower-power) se escondem latidos de lobos disfarçados de cães-pastores, e por isso os seus carneiros não podem deixar de seguir o carreiro a direito...
Lei da Babilónia
Estela menir de diorite (séc XVIII a.C) 
com a forma de um digito indicador 

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publicado às 23:33

Já há algum tempo tinha preparado um texto para retomar a peça sobre os Painéis de S. Vicente... porém, já referi implicitamente nos comentários que considero uma absoluta perda de tempo qualquer actividade humana com intenções sérias. Numa farsa os personagens sérios são os mais facilmente ridicularizados, porque o seu sentido de seriedade está desalinhado com a comédia ensaiada, aparecendo como absurdos.

Porém, esta supressão do Knol motiva-me a escrever alguma coisa mais neste blog. É claro que a farsa em que vivemos pode vir a ter autores conhecidos, mas em última análise, não passam eles próprios de meros personagens risíveis numa comédia de contornos complexos, que escapam por completo a uma simples inspecção de mortais.

Numa carta de 1844 dirigida a Atanazy Raczyński, o visconde de Juromenha relata sucintamente o que se conhecia da pintura portuguesa antes de 1500. Começava por falar de Jorge Afonso, que pintou parte do Palácio de Sintra, ao tempo de D. João I... e conhecia-se muito pouco mais.
Nessa altura ainda não tinham saído do sótão de S. Vicente de Fora os famosos painéis.
S. Vicente de Fora em estampa - funeral de D. Pedro V
(Ilustração Portuguesa, 1867)

A saída dos painéis do sótão do Mosteiro de S. Vicente de Fora terá causado alguma incomodidade imediata, já que subitamente a pintura quinhentista portuguesa passava quase do zero ao infinito, com a notável cena retratada por Nuno Gonçalves. Parece que os painéis foram descobertos em 1882 por um entalhador Leandro Braga, quando estavam a ser usados como plataformas de andaimes em obras no mosteiro... essa terá sido a "primeira redescoberta" oficial, por ter sido atestada por Columbano Bordalo Pinheiro. Mesmo assim caiu no esquecimento, e terá sido uma "farpa" de Ramalho Ortigão que voltou a trazer os painéis a assunto público em 1895, mas só em 1909 foi autorizada a saída para o Museu de Arte Antiga e o restauro de Luciano Freire.

Desde essa altura os painéis acabaram por fazer parte do imaginário pródigo de especulação, havendo mesmo a tese de que Salazar teria procurado inserir o seu retrato num personagem dos painéis.
Não foi longe desse espírito imaginativo que coloquei a hipótese de retratarem um episódio marcante - a morte do filho de D. João II...

A tese habitual colocava os painéis em 1470-80, encaixando alguns detalhes importantes, que Dagoberto Markl enumerava como impossibilidades de uma datação anterior, em 1445, conforme se pretendeu entretanto admitir. Essa datação de 1470-80 tinha um problema complicado, pois a imagem do Infante D. Henrique aparecia claramente nos painéis, e este teria morrido em 1460... havia ainda assim quem argumentasse que não se tratava do Infante D. Henrique - algo meio ridículo dada a semelhança quase fotográfica entre as duas representações.
Apesar disso, tudo apontava para uma data posterior a 1470, desde os trajos a outros detalhes que pude ler nas críticas de Dagoberto Markl, e que tornam a tese de 1445 facilmente refutável.
Essa tese teria como argumento adicional uma datação dendocronológica... colocando as tábuas num tempo aproximado, com a dúvida inerente ao processo, e não menos óbvia possibilidade da pintura não ter ocorrido exactamente sobre madeira acabada de recolher...

De qualquer forma, o mais engraçado acaba por ser a tentativa de justificar os personagens... onde basicamente tudo é possível. Acho que cada cara já deve ter tido pelo menos umas dez possibilidades de ser fulano X ou fulano Y... e não havendo possibilidade de contraditório, tudo encaixa, especialmente recheando o contexto de figuras menores.

O funeral "simbólico" do Infante Santo em 1445 até seria uma possibilidade plausível, não houvessem tantos problemas, e apenas cito um que me parece colocar um ponto final sobre essa hipótese - as figuras reais em primeiro plano (no 3º painel, chamado Painel do Infante) não podem ser Isabel de Coimbra e o D. Afonso V... por uma simples razão... D. Afonso V teria em 1445 não mais que 14 anos!

As diversas argumentações que coloquei em 2009 continuam a fazer todo o sentido, e poderia alongar-me num ou noutro argumento, ou corrigir alguns excessos de entusiasmo, mas dificilmente retiraria muitas virgulas ao que escrevi.

Há um interesse sinistro em manter o assunto como secreto, e apoiar as teses menos consistentes, mas isso também não é nada de novo... faz parte da alimentação da farsa! Continuará a fornecer matéria para argumentação e contra-argumentação inútil ou fútil, mais ou menos ridícula, tanto ou pouco consistente.
Pela minha parte, já dei o que tinha a dar para esse peditório... pouco ou nada me importa saber se esta tese será alguma vez considerada, interessa-me que fez e faz todo sentido num quadro muito mais lato.
A maior crítica será justamente ter procurado ir demasiado ao detalhe e interpretar algumas coisas direccionado numa perspectiva que acabava de descobrir.
Mais do que o detalhe de determinar todos os personagens e particularidades, interessa saber por que razão o quadro teve um destino de ocultação... e aí nenhuma das outras teses "politicamente correctas", logicamente incorrectas, esboça nenhuma resposta convincente... é claro que nem precisa, porque o objectivo continua a ser a ocultação, agora uma ocultação educativa que permite até ousar a sua exposição ao público.
A censura ganhou novos contornos... há muito que deixou de ser feita escondendo ou destruindo as coisas, é feita publicitando o que devemos pensar, e marginalizando eventuais pensamentos dissonantes.
Simples, porque afinal os cérebros são formatados na educação e dirigidos pela informação... quem controla a educação e a informação só tem praticamente que se preocupar com quem pensa por si próprio... manifestamente um pequeno número de pessoas.


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publicado às 05:56

Já há algum tempo tinha preparado um texto para retomar a peça sobre os Painéis de S. Vicente... porém, já referi implicitamente nos comentários que considero uma absoluta perda de tempo qualquer actividade humana com intenções sérias. Numa farsa os personagens sérios são os mais facilmente ridicularizados, porque o seu sentido de seriedade está desalinhado com a comédia ensaiada, aparecendo como absurdos.

Porém, esta supressão do Knol motiva-me a escrever alguma coisa mais neste blog. É claro que a farsa em que vivemos pode vir a ter autores conhecidos, mas em última análise, não passam eles próprios de meros personagens risíveis numa comédia de contornos complexos, que escapam por completo a uma simples inspecção de mortais.

Numa carta de 1844 dirigida a Atanazy Raczyński, o visconde de Juromenha relata sucintamente o que se conhecia da pintura portuguesa antes de 1500. Começava por falar de Jorge Afonso, que pintou parte do Palácio de Sintra, ao tempo de D. João I... e conhecia-se muito pouco mais.
Nessa altura ainda não tinham saído do sótão de S. Vicente de Fora os famosos painéis.
S. Vicente de Fora em estampa - funeral de D. Pedro V
(Ilustração Portuguesa, 1867)

A saída dos painéis do sótão do Mosteiro de S. Vicente de Fora terá causado alguma incomodidade imediata, já que subitamente a pintura quinhentista portuguesa passava quase do zero ao infinito, com a notável cena retratada por Nuno Gonçalves. Parece que os painéis foram descobertos em 1882 por um entalhador Leandro Braga, quando estavam a ser usados como plataformas de andaimes em obras no mosteiro... essa terá sido a "primeira redescoberta" oficial, por ter sido atestada por Columbano Bordalo Pinheiro. Mesmo assim caiu no esquecimento, e terá sido uma "farpa" de Ramalho Ortigão que voltou a trazer os painéis a assunto público em 1895, mas só em 1909 foi autorizada a saída para o Museu de Arte Antiga e o restauro de Luciano Freire.

Desde essa altura os painéis acabaram por fazer parte do imaginário pródigo de especulação, havendo mesmo a tese de que Salazar teria procurado inserir o seu retrato num personagem dos painéis.
Não foi longe desse espírito imaginativo que coloquei a hipótese de retratarem um episódio marcante - a morte do filho de D. João II...

A tese habitual colocava os painéis em 1470-80, encaixando alguns detalhes importantes, que Dagoberto Markl enumerava como impossibilidades de uma datação anterior, em 1445, conforme se pretendeu entretanto admitir. Essa datação de 1470-80 tinha um problema complicado, pois a imagem do Infante D. Henrique aparecia claramente nos painéis, e este teria morrido em 1460... havia ainda assim quem argumentasse que não se tratava do Infante D. Henrique - algo meio ridículo dada a semelhança quase fotográfica entre as duas representações.
Apesar disso, tudo apontava para uma data posterior a 1470, desde os trajos a outros detalhes que pude ler nas críticas de Dagoberto Markl, e que tornam a tese de 1445 facilmente refutável.
Essa tese teria como argumento adicional uma datação dendocronológica... colocando as tábuas num tempo aproximado, com a dúvida inerente ao processo, e não menos óbvia possibilidade da pintura não ter ocorrido exactamente sobre madeira acabada de recolher...

De qualquer forma, o mais engraçado acaba por ser a tentativa de justificar os personagens... onde basicamente tudo é possível. Acho que cada cara já deve ter tido pelo menos umas dez possibilidades de ser fulano X ou fulano Y... e não havendo possibilidade de contraditório, tudo encaixa, especialmente recheando o contexto de figuras menores.

O funeral "simbólico" do Infante Santo em 1445 até seria uma possibilidade plausível, não houvessem tantos problemas, e apenas cito um que me parece colocar um ponto final sobre essa hipótese - as figuras reais em primeiro plano (no 3º painel, chamado Painel do Infante) não podem ser Isabel de Coimbra e o D. Afonso V... por uma simples razão... D. Afonso V teria em 1445 não mais que 14 anos!

As diversas argumentações que coloquei em 2009 continuam a fazer todo o sentido, e poderia alongar-me num ou noutro argumento, ou corrigir alguns excessos de entusiasmo, mas dificilmente retiraria muitas virgulas ao que escrevi.

Há um interesse sinistro em manter o assunto como secreto, e apoiar as teses menos consistentes, mas isso também não é nada de novo... faz parte da alimentação da farsa! Continuará a fornecer matéria para argumentação e contra-argumentação inútil ou fútil, mais ou menos ridícula, tanto ou pouco consistente.
Pela minha parte, já dei o que tinha a dar para esse peditório... pouco ou nada me importa saber se esta tese será alguma vez considerada, interessa-me que fez e faz todo sentido num quadro muito mais lato.
A maior crítica será justamente ter procurado ir demasiado ao detalhe e interpretar algumas coisas direccionado numa perspectiva que acabava de descobrir.
Mais do que o detalhe de determinar todos os personagens e particularidades, interessa saber por que razão o quadro teve um destino de ocultação... e aí nenhuma das outras teses "politicamente correctas", logicamente incorrectas, esboça nenhuma resposta convincente... é claro que nem precisa, porque o objectivo continua a ser a ocultação, agora uma ocultação educativa que permite até ousar a sua exposição ao público.
A censura ganhou novos contornos... há muito que deixou de ser feita escondendo ou destruindo as coisas, é feita publicitando o que devemos pensar, e marginalizando eventuais pensamentos dissonantes.
Simples, porque afinal os cérebros são formatados na educação e dirigidos pela informação... quem controla a educação e a informação só tem praticamente que se preocupar com quem pensa por si próprio... manifestamente um pequeno número de pessoas.


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publicado às 05:56

Já há algum tempo tinha preparado um texto para retomar a peça sobre os Painéis de S. Vicente... porém, já referi implicitamente nos comentários que considero uma absoluta perda de tempo qualquer actividade humana com intenções sérias. Numa farsa os personagens sérios são os mais facilmente ridicularizados, porque o seu sentido de seriedade está desalinhado com a comédia ensaiada, aparecendo como absurdos.

Porém, esta supressão do Knol motiva-me a escrever alguma coisa mais neste blog. É claro que a farsa em que vivemos pode vir a ter autores conhecidos, mas em última análise, não passam eles próprios de meros personagens risíveis numa comédia de contornos complexos, que escapam por completo a uma simples inspecção de mortais.

Numa carta de 1844 dirigida a Atanazy Raczyński, o visconde de Juromenha relata sucintamente o que se conhecia da pintura portuguesa antes de 1500. Começava por falar de Jorge Afonso, que pintou parte do Palácio de Sintra, ao tempo de D. João I... e conhecia-se muito pouco mais.
Nessa altura ainda não tinham saído do sótão de S. Vicente de Fora os famosos painéis.
S. Vicente de Fora em estampa - funeral de D. Pedro V
(Ilustração Portuguesa, 1867)

A saída dos painéis do sótão do Mosteiro de S. Vicente de Fora terá causado alguma incomodidade imediata, já que subitamente a pintura quinhentista portuguesa passava quase do zero ao infinito, com a notável cena retratada por Nuno Gonçalves. Parece que os painéis foram descobertos em 1882 por um entalhador Leandro Braga, quando estavam a ser usados como plataformas de andaimes em obras no mosteiro... essa terá sido a "primeira redescoberta" oficial, por ter sido atestada por Columbano Bordalo Pinheiro. Mesmo assim caiu no esquecimento, e terá sido uma "farpa" de Ramalho Ortigão que voltou a trazer os painéis a assunto público em 1895, mas só em 1909 foi autorizada a saída para o Museu de Arte Antiga e o restauro de Luciano Freire.

Desde essa altura os painéis acabaram por fazer parte do imaginário pródigo de especulação, havendo mesmo a tese de que Salazar teria procurado inserir o seu retrato num personagem dos painéis.
Não foi longe desse espírito imaginativo que coloquei a hipótese de retratarem um episódio marcante - a morte do filho de D. João II...

A tese habitual colocava os painéis em 1470-80, encaixando alguns detalhes importantes, que Dagoberto Markl enumerava como impossibilidades de uma datação anterior, em 1445, conforme se pretendeu entretanto admitir. Essa datação de 1470-80 tinha um problema complicado, pois a imagem do Infante D. Henrique aparecia claramente nos painéis, e este teria morrido em 1460... havia ainda assim quem argumentasse que não se tratava do Infante D. Henrique - algo meio ridículo dada a semelhança quase fotográfica entre as duas representações.
Apesar disso, tudo apontava para uma data posterior a 1470, desde os trajos a outros detalhes que pude ler nas críticas de Dagoberto Markl, e que tornam a tese de 1445 facilmente refutável.
Essa tese teria como argumento adicional uma datação dendocronológica... colocando as tábuas num tempo aproximado, com a dúvida inerente ao processo, e não menos óbvia possibilidade da pintura não ter ocorrido exactamente sobre madeira acabada de recolher...

De qualquer forma, o mais engraçado acaba por ser a tentativa de justificar os personagens... onde basicamente tudo é possível. Acho que cada cara já deve ter tido pelo menos umas dez possibilidades de ser fulano X ou fulano Y... e não havendo possibilidade de contraditório, tudo encaixa, especialmente recheando o contexto de figuras menores.

O funeral "simbólico" do Infante Santo em 1445 até seria uma possibilidade plausível, não houvessem tantos problemas, e apenas cito um que me parece colocar um ponto final sobre essa hipótese - as figuras reais em primeiro plano (no 3º painel, chamado Painel do Infante) não podem ser Isabel de Coimbra e o D. Afonso V... por uma simples razão... D. Afonso V teria em 1445 não mais que 14 anos!

As diversas argumentações que coloquei em 2009 continuam a fazer todo o sentido, e poderia alongar-me num ou noutro argumento, ou corrigir alguns excessos de entusiasmo, mas dificilmente retiraria muitas virgulas ao que escrevi.

Há um interesse sinistro em manter o assunto como secreto, e apoiar as teses menos consistentes, mas isso também não é nada de novo... faz parte da alimentação da farsa! Continuará a fornecer matéria para argumentação e contra-argumentação inútil ou fútil, mais ou menos ridícula, tanto ou pouco consistente.
Pela minha parte, já dei o que tinha a dar para esse peditório... pouco ou nada me importa saber se esta tese será alguma vez considerada, interessa-me que fez e faz todo sentido num quadro muito mais lato.
A maior crítica será justamente ter procurado ir demasiado ao detalhe e interpretar algumas coisas direccionado numa perspectiva que acabava de descobrir.
Mais do que o detalhe de determinar todos os personagens e particularidades, interessa saber por que razão o quadro teve um destino de ocultação... e aí nenhuma das outras teses "politicamente correctas", logicamente incorrectas, esboça nenhuma resposta convincente... é claro que nem precisa, porque o objectivo continua a ser a ocultação, agora uma ocultação educativa que permite até ousar a sua exposição ao público.
A censura ganhou novos contornos... há muito que deixou de ser feita escondendo ou destruindo as coisas, é feita publicitando o que devemos pensar, e marginalizando eventuais pensamentos dissonantes.
Simples, porque afinal os cérebros são formatados na educação e dirigidos pela informação... quem controla a educação e a informação só tem praticamente que se preocupar com quem pensa por si próprio... manifestamente um pequeno número de pessoas.


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